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Estado de Minas ARTES C�NICAS

Mutir�o de humoristas comemora a volta ao palco neste domingo (31/10)

BH Comedy Club re�ne Geraldo Magela, Bruno Costoli, Diego Matias, Joel de Carvalho, Rossini Luz e Daniel Gerth no teatro do Centro Cultural Unimed


31/10/2021 04:00 - atualizado 31/10/2021 07:41

Humorista Geraldo Magela, o Ceguinho, sorri para a câmera
Geraldo Magela, o Ceguinho, vai contar casos sobre perrengues enfrentados por deficientes visuais durante o confinamento (foto: Rog�rio de Souza e Silva/divulga��o)
Levar leveza e um pouco de humor ao p�blico. Essa � a proposta do BH Comedy Club para este domingo (31/10), ao reunir artistas de diferentes gera��es no teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Bruno Costoli, Diego Matias, Geraldo Magela (o Ceguinho), Joel de Carvalho, Rossini Luz e Daniel Gerth se revezar�o no palco por 15 minutos cada, em performances que ser�o disponibilizadas posteriormente no canal do coletivo no YouTube.

Criado em janeiro de 2020 por Gabriel Andrade e Bruno Berg, o primeiro clube de com�dia da capital tem 33 mil inscritos em seu canal no YouTube. Antes da pandemia, realizava eventos presenciais no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte. Com a reabertura dos espa�os culturais, o coletivo passou a se apresentar no centro cultural da Unimed, no Minas T�nis. Em 26 de setembro, Thiago Carmona fez o primeiro espet�culo. Hoje ser� a vez de Geraldo Magela.

“� legal, porque voc� 'pega' modelos de humor diferentes. Cada um tem uma caracter�stica”, afirma Magela ao comentar a proposta do Clube, prometendo levar para o palco a experi�ncia dos cegos durante o isolamento social.

“� um pres�dio domiciliar sem tornozeleira. Conto coisas bem interessantes que aconteceram, acho que o pessoal vai gostar”, adianta Ceguinho.

Veterano da cena belo-horizontina, o humorista Geraldo Magela,de 63 anos, ficou conhecido pelos casos e piadas sobre a sua pr�pria experi�ncia de n�o enxergar. Ele chamou a aten��o do pa�s ao participar de “A pra�a � nossa”, programa do SBT/Alterosa.



Impedido de subir ao palco, o humorista diz ter se reinventado durante a pandemia. Escreveu a autobiografia “Um cego de olho no futuro” (ainda sem data de lan�amento) e gravou 10 epis�dios de “Cegos, loucos e mancos” para o SBT, que ainda n�o foram ao ar.

No per�odo do confinamento, ele apostou nas redes sociais e produziu tr�s lives com textos in�ditos em seu canal de YouTube, recolhendo contribui��es financeiras via chat. Tamb�m criou perfis nas plataformas Tik Tok e Kawaii para compartilhar seu trabalho.

“A princ�pio, fiquei muito apreensivo. Mas acabou que me reinventei, ent�o foi muito bom”, diz Ceguinho. “Os espet�culos sumiram, mas acabou que trabalhei mais do que se estivesse fazendo show”, afirma, contando que pretende manter a produ��o de conte�do on-line.

Ceguinho n�o faz show presencial h� um ano e meio. Para ele, � fundamental divertir as pessoas neste momento. “Isso sempre foi importante, agora mais ainda. O pessoal ainda est� sob o efeito negativo da pandemia. Pessoas esgotadas, estressadas em casa”, observa.

BARES

Bruno Costoli, de 36 anos, faz parte da nova gera��o de humoristas mineiros. Come�ou a atuar profissionalmente em 2009 e integra o grupo Desculpa Qualquer Coisa, que completou 10 anos. No in�cio de carreira, ele se apresentava em bares da Grande BH. Afirma que, aos poucos, o mercado mudou e comediantes come�aram a ocupar o palco.

“A gente (do coletivo Desculpa Qualquer Coisa) tomou a decis�o de fazer no teatro, principalmente quando come�amos a gravar v�deos. Bar n�o � ideal para v�deo de stand up, ali tem muitas distra��es. N�o � ambiente t�o controlado quanto o do teatro”, compara.

Bruno Berg, outro integrante do coletivo, elogia a iniciativa do BH Comedy Club. “Ter shows com frequ�ncia � muito bom para a cidade”, afirma. 

Neste domingo, o humorista se apresenta pela primeira vez na capital desde o in�cio da pandemia. Promete show leve, provavelmente sem piadas sobre o presidente Bolsonaro e o coronav�rus. “S� de fazer o povo esquecer um pouquinho tudo o que est� acontecendo, j� � interessante. No Brasil, ent�o, nem se fala”, acredita.

Ao contr�rio de v�rios colegas, Costoli n�o se adaptou �s lives. “Claramente, n�o � a mesma coisa”, diz, afirmando que o formato n�o � t�o interessante quanto o presencial. “A falta da risada e do retorno do p�blico faz muita diferen�a.”

O artista apostou na produ��o de v�deos para as redes sociais, o que lhe trouxe remunera��o por alguns trabalhos “Consigo gravar 15 v�deos num dia e postar. A grava��o do stand up deve ser no palco, com p�blico. Chegamos a fazer v�rios testes, mas n�o � a mesma coisa. Ter v�deo bom e bem-feito de stand up � muito dif�cil”, observa.

O evento de hoje indica a retomada do humor mineiro, passado o per�odo mais cr�tico da pandemia. O teatro do Minas T�nis Clube receber� outros espet�culos do BH Comedy Club em 21 e 28 de novembro e 19 de dezembro.

''Claramente, (live) n�o � a mesma coisa. A falta da risada e do retorno do p�blico faz muita diferen�a''

Bruno Costoli, humorista



O humorista Bruno Costoli aparece em cena, segurando o microfone, em frente a réplica de uma cabine de votação
Bruno Costoli afirma que o mercado do humor mudou e talentos da internet atraem p�blico para o teatro (foto: Thiago Costoli/divulga��o)

APOIO

Para Ceguinho, talentos locais deveriam ser mais valorizados pelo p�blico. “Poderia ser melhor, temos muitos artistas aqui. N�o sei dizer o motivo, mas � uma pena, o pessoal n�o vai ao teatro como deveria. �s vezes, chega um artista de fora que faz muito sucesso e atrai p�blico bem expressivo”, destaca.

“Muitos humoristas de S�o Paulo e do Rio de Janeiro fazem humor um pouco mais �spero, pesado. Em Minas, n�o. Em geral, nosso humor � muito qualificado”, diz Ceguinho, apontando o alto pre�o de ingressos e do aluguel de espa�os tamb�m como empecilhos. “O empres�rio, o patrocinador mineiro, � muito 'p� atr�s'. H� grande dificuldade de conseguir patroc�nio.”

Apesar das dificuldades, Bruno Costoli acredita que o mercado de stand up vai crescer em Minas, destacando que artistas surgidos na internet podem atrair p�blico para os shows. “Em termos de interesse, de busca na internet e rede social, (o movimento) est� crescendo e ainda vai crescer muito mais”, conclui.

BH COMEDY CLUB

Neste domingo (31/10), �s 19h. Centro Cultural Unimed-BH Minas, Rua da Bahia, 2.244, Lourdes. Classifica��o: 14 anos. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). � obrigat�rio o uso de m�scara . Ingressos � venda no site Eventim e na bilheteria do teatro. Informa��es: https://linktr.ee/bh.comedyclub

*Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria 


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