
“Fiquei provocando meu pai para compor, al�m de tamb�m resgatar algumas coisas que ele comp�s e n�o tinha gravado ainda. Pesquisei toda a obra dele”, diz Rodrigo. “S�o in�ditas, antigas ou recentes. Tamb�m temos parcerias com nomes da m�sica contempor�nea de S�o Paulo, m�sica instrumental dele no piano. � um panorama do que ele fez e faz, s� que nos dias de hoje.”
Benito quase n�o saiu de seu apartamento desde o in�cio da pandemia. Chegou a raspar o cabelo e a barba. N�o gostou e voltou ao antigo visual. “O pessoal elogiou, mas parecia uma bola sete”, brinca. Com o avan�o da vacina��o, est� mais seguro para voltar aos palcos. Em 14 de novembro, canta no Teatro Bradesco, em S�o Paulo; no dia de seu anivers�rio, tem show no Vivo Rio, na capital fluminense.
Benito quase n�o saiu de seu apartamento desde o in�cio da pandemia. Chegou a raspar o cabelo e a barba. N�o gostou e voltou ao antigo visual. “O pessoal elogiou, mas parecia uma bola sete”, brinca. Com o avan�o da vacina��o, est� mais seguro para voltar aos palcos. Em 14 de novembro, canta no Teatro Bradesco, em S�o Paulo; no dia de seu anivers�rio, tem show no Vivo Rio, na capital fluminense.
“Nestes quase dois anos, estamos com saudades do palco. Faz falta o abra�o, o aplauso, a presen�a do p�blico”, diz Benito. E o que vai ter no show? “O que meu pai quiser”, resume Rodrigo.
“A gente faz o trabalho da gente. � um trabalho simples dentro do contexto musical brasileiro. Mas temos muitos valores, aqueles eternos, e n�o estamos preocupados em fazer coisas complicadas. A gente nem sabe fazer isso”, afirma Benito, ao comentar o novo disco.
Em 2022, mais novidades: Rodrigo e R�mulo Fr�es preparam um disco com v�rios artistas celebrando Benito – entre eles, Criolo, Dem�nios da Garoa e Roberta S�.
O quase octogen�rio celebra a carreira que construiu. No mercado fonogr�fico desde os anos 1970, mas em atividade desde a d�cada de 1960 na noite do Rio de Janeiro, de Santos e S�o Paulo, este talvez seja o momento de maior transforma��o da forma como ele faz m�sica.
“Aurora” lembra muito pouco do que se conhece do Benito de “Retalhos de cetim”. A voz continua grave, diferenciada. Por�m, h� a roupagem contempor�nea idealizada por Rodrigo e Fr�es. H� a percuss�o mais contida, valendo-se da sonoridade da madeira do viol�o.
Bem no come�o, Benito improvisa “Concierto de Aranjuez”, de Joaqu�n Rodrigo, mostrando sua habilidade com as cordas. No fundo, sopros bem-encaixados, percuss�o e at� mesmo sintetizadores.
Desapareceu a levada conhecida como “samba-joia”. N�o se sabe se voltar�. Mas a reinven��o de Benito di Paula, embora ele se mantenha fiel �s ra�zes, � boa para ele pr�prio, para os f�s e para quem ainda vai conhecer seu trabalho.