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Estado de Minas HIST�RIA

Exposi��o no MIS-BH convida a comparar a BH de ontem e de hoje

Cinejornais produzidos entre as d�cadas de 1950 e 1970 estar�o lado a lado com reportagens atuais sobre temas como o carnaval na capital mineira


12/11/2021 04:00 - atualizado 12/11/2021 07:25

Foto de 1954 mostra o presidente Getúlio Vargas com o governador JK e extensa comitiva no Aeroporto da Pampulha
Em 1954, Get�lio Vargas � recebido pelo governador Juscelino Kubitschek no Aeroporto da Pampulha (foto: Eug�nio Silva/O Cruzeiro/Arquivo EM)
Na primeira metade do s�culo 20, antes de a TV alcan�ar a popularidade que tem hoje, um dos maiores meios de comunica��o eram os cinejornais. O filme curto que reunia uma esp�cie de resumo de not�cias era exibido nos cinemas, antes de cada sess�o. Atualmente, os cinejornais s�o considerados um documento hist�rico valioso para compreender o passado.

� com o intuito de tornar parte desse material acess�vel que o Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS-BH) inaugura nesta sexta-feira (12/11) a exposi��o gratuita "Cinejornais em Belo Horizonte", a primeira mostra in�dita do centro cultural desde o in�cio da pandemia.

Planejada como uma forma de dar visibilidade a itens que comp�em o acervo do MIS-BH (que conta com 605 cinejornais, ao todo), a mostra � um prato cheio para os interessados em revisitar momentos hist�ricos da capital mineira, dos mais relevantes aos triviais, como a visita do c�lebre ator norte-americano Kirk Douglas (1916-2020), em 1963.

"Essa exposi��o � o resultado de um trabalho de pesquisa desenvolvido pelos t�cnicos que atuam no museu", explica Jana�na Melo, diretora de Museus da Funda��o Municipal de Cultura de Belo Horizonte. "Ao longo deste ano, a equipe se debru�ou, bastante atenta, �s produ��es de cinejornais, que eram utilizados no contexto de desenvolvimento da divulga��o jornal�stica." 

"Passamos por um momento t�o duro e nos foi necess�ria essa pausa para o cuidado, at� mesmo para permitir que a cidade superasse a pandemia. � uma alegria e uma supera��o poder abrir as portas e mostrar para o p�blico uma pesquisa feita com tanto empenho"

Jana�na Melo, diretora de Museus da Funda��o Municipal de Cultura de Belo Horizonte


AGENDA 

Segundo ela, o material que o MIS-BH det�m abrange o per�odo entre as d�cadas de 1920 e 1980. A exposi��o � composta por uma parcela desses cinejornais produzidos entre as d�cadas de 1950 e 1970.

"Era a maneira como as pessoas se informavam, para al�m dos jornais impressos e do r�dio. Para n�s, s�o documentos estruturadores para pensar e acessar as a��es da cidade, o desenvolvimento dela e a agenda � qual ela correspondia no per�odo em que os cinejornais foram produzidos", afirma Jana�na.

Com o objetivo de repassar ao p�blico as informa��es relevantes, os cinejornais eram produzidos por companhias privadas ou pelo pr�prio Estado. Al�m do car�ter informativo, as produ��es tamb�m serviam muitas vezes como propaganda. Entre os assuntos mais comuns figuram inaugura��es de obras, pontos tur�sticos, festas populares e outros eventos.

"A exposi��o est� organizada com v�rios retroprojetores, que exibir�o os cinejornais. Tamb�m estamos com uma instala��o que mostra frames que relacionam acontecimentos do passado com o presente. E vamos mostrar um pouco de como � feita a preserva��o dos filmes no MIS", diz Jana�na.

Em fevereiro de 1963, o ator Kirk Douglas dá autógrafos a vários fãs no Aeroporto da Pampulha
Em fevereiro de 1963, o ator Kirk Douglas d� aut�grafos a f�s no Aeroporto da Pampulha (foto: Jos� Nicolau/O Cruzeiro/Arquivo EM )

EIXOS 

O material exposto est� dividido nos eixos "Carnaval", "Os rios urbanos" e "As aus�ncias". A mostra pretende apresentar um panorama das pr�ticas discursivas em torno desses temas, promovendo tamb�m um di�logo entre a �poca em que os cinejornais em quest�o foram produzidos e os dias de hoje. Por isso, alguns dos temas que aparecem nos cinejornais ser�o contrastados com imagens e manchetes da produ��o noticiosa atual, mais precisamente entre 2015 e 2020.

O visitante poder� analisar, por exemplo, como era a festa momesca em Belo Horizonte nos anos 1960 e 1970, a sucess�o de obras que eliminaram os rios urbanos da paisagem no processo de urbaniza��o e no planejamento da cidade, ou como os cinejornais tinham como foco uma classe muito espec�fica de pessoas, geralmente homens de fam�lias “tradicionais” e ligados � pol�tica.

"� um convite para se debru�ar sobre essas estrat�gias de produ��o de informa��o e tamb�m uma oportunidade de reconhecer as mudan�as que os discursos inevitavelmente sofrem. A proposta � que os visitantes venham abertos para uma reflex�o cr�tica sobre esses acontecimentos do passado, mas sem deixar de olhar para o presente", afirma Jana�na. 

Segundo ela, a exposi��o ganha um significado maior por ser inaugurada neste momento em que os eventos culturais est�o voltando � normalidade. "Passamos por um momento t�o duro e nos foi necess�ria essa pausa para o cuidado, at� mesmo para permitir que a cidade superasse a pandemia. � uma alegria e uma supera��o poder abrir as portas e mostrar para o p�blico uma pesquisa feita com tanto empenho." 

REGENERA��O 

Para Jana�na, a mostra "Cinejornais em Belo Horizonte" funciona tamb�m como um convite para o p�blico se reconectar com a capital mineira. "Ela se enquadra nesse processo de regenera��o. A proposta � olhar para o ontem e identificar o que h� de comum com o hoje, mas tamb�m n�o deixar de ter em mente o porvir. � o resultado de muito esfor�o de uma equipe que trabalhou muito."

Para a visita��o da exposi��o � exigido o cumprimento dos protocolos sanit�rios.  As visitas podem ser feitas de quarta-feira a s�bado, das 11h �s 18h, somente mediante agendamento pr�vio, com retirada de ingressos por meio do portal da Prefeitura.

"Esse foi o protocolo que n�s adotamos durante o contexto da pandemia. O agendamento contribui para que as visitas aconte�am de forma mais organizada e contribui para que o centro cultural receba os visitantes da melhor maneira poss�vel. Aos poucos, estamos ampliando o n�mero de agendamentos. Essa medida � muito positiva, n�o s� para o p�blico, que pode se organizar da melhor maneira, mas tamb�m � de suma import�ncia para o desenvolvimento das a��es nos museus", afirma Jana�na.

"O agendamento nos ajuda a mapear o comportamento do p�blico e, a partir disso, pensar as programa��es e construir novas agendas para melhor atender ao fluxo de visitantes", ela acrescenta.

CINEJORNAIS EM BELO HORIZONTE 

Abertura nesta sexta-feira (12/11), a partir das 11h, no Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte – MIS BH (Av. �lvares Cabral, 560, Lourdes). Visita��o gratuita, de quarta-feira a s�bado, das 11h �s 18h, com agendamento pelo site.


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