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Estado de Minas POUQUINHO

Bemti e o indie folk com viola caipira e sotaque mineiro

Cantor nascido na menor cidade do Brasil, Serra da Saudade, no Centro-Oeste de Minas, tem emergido na cena alternativa e j� lan�ou seu segundo �lbum


14/12/2021 16:12 - atualizado 14/12/2021 16:21

Nascido na menor cidade do Brasil, Serra da Saudade, no Centro-Oeste de Minas, o cantor Bemti vem emergindo na cena alternativa com som indie folk pautado pelo toque da viola caipira. Empolgado para falar sobre seu segundo disco solo, o “Logo ali”, lan�ado em 2021, ele participou do Pouquinho podcast e revelou bastidores do �lbum e quais foram suas inspira��es.

O primeiro contato com a m�sica veio na tradicional Folia de Reis, uma festa cat�lica que celebra a Adora��o dos Magos ao nascimento de Jesus Cristo. “Tenho umas mem�rias muito fortes da minha inf�ncia de Folia de Reis. Isso influenciou diretamente no meu trabalho, pois a viola caipira � o meu instrumento principal. Tenho essa mem�ria dos meus av�s tocando em folia, de estar na fazenda da minha av� nas f�rias e ter aquelas prociss�es, imagens e sons muito bonitos”, conta Bemti.

Mais tarde, a m�e tamb�m teve o papel de influenciar no gosto musical do cantor quando escutava grandes artistas, como Z� Ramalho e Elton John. Toda essa jun��o despertou a vontade de fazer faculdade de audiovisual e, aos 18 anos, Bemti se mudou para S�o Paulo.

“Fiz audiovisual na Universidade de S�o Paulo (USP). Eu morria de medo de S�o Paulo antes e meus amigos me ‘obrigaram’ a vir para c�. Acabou que tr�s semanas j� estava totalmente adaptado. Ia de um lado para o outro e acabei criando uma rede muito forte de amigos e profissionais tanto de audiovisual como de m�sica”, relembra.
 
 

Evolu��o

Antes de chegar na carreira solo, ele passou pela banda Falso Coral, que criou mais maturidade musical. “Eu era muito inexperiente em quest�o de palco e foi um processo muito bonito da banda da gente entender muito sobre isso de rodar, planejar lan�amentos, shows, ter recep��o e correr atr�s. Foi um aprendizado muito forte”, destaca. Ele ainda acrescentou que o trabalho que tem hoje deriva dessa experi�ncia que teve com o grupo.

Desde ent�o, ele j� colocou dois �lbuns para o mundo: “Era dois”, de 2018, e o recente “Logo ali”. “Em rela��o � voz, est� muito diferente do primeiro disco de alcance e execu��o. Tem v�rias m�sicas que eu n�o conseguiria cantar no primeiro disco, que eu canto agora. De tema tamb�m, o ‘Era dois’ era um disco de t�rmino, de ruptura. Agora o ‘Logo ali’ � sobre aguentar, sobre jornadas, essas experi�ncias pessoais atravessadas por essa sensa��o de mundo acabando. Tem tamb�m a quest�o de arranjo, que no segundo est�o muito mais complexos do que o primeiro”, observa.

Al�m disso, Bemti tamb�m refletiu sobre o momento que o pa�s enfrenta e criticou o atual governo pela falta de incentivo � arte. “A gente est� em um momento ruim, principalmente para quem � profissional da cultura, est� no caos. � a pandemia junto de um governo de extrema direita que odeia a arte, artistas e est� desmantelando tudo que � fomento cultural”, aponta.

“As letras acabam refletindo. ‘Canto cerrado’, por exemplo, que abre o disco, � uma m�sica sobre como a arte � um combust�vel para aguentar e lutar contra a escurid�o, o fogo e a destrui��o”, acrescentou.

Podcast Pouquinho

O Pouquinho � um podcast do jornal Estado de Minas e do Portal Uai, produzido e apresentado por Natasha Werneck e Luiza Rocha, que v�o levar aos f�s um pouco mais de conversa com artistas ou bandas que adoram. A inten��o � abordar essa pluralidade cultural do pa�s e contemplar a diversidade brasileira.

Confira os epis�dios anteriores:


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