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Estado de Minas LUTO

Morre cineasta Geraldo Sarno aos 83 anos no Rio de Janeiro

Estava internado no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, no Rio


23/02/2022 12:47

Geraldo Sarno
Diretor e roteirista baiano morre aos 83 anos (foto: Ag�ncia Brasil/Reprodu��o )
O diretor e roteirista baiano Geraldo Sarno, que morreu ontem � noite (23) aos 83 anos, estava internado no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, na zona sul do Rio. Em nota, a unidade lamentou a morte do cineasta e disse que a pedido da fam�lia n�o podia divulgar mais informa��es sobre o falecimento.

“O Hospital Copa D'Or lamenta a morte do paciente Fid�lis Geraldo Sarno na noite desta ter�a-feira (22) e se solidariza com a fam�lia e amigos por essa irrepar�vel perda. O hospital tamb�m informa que n�o tem autoriza��o da fam�lia para divulgar mais detalhes”, relatou.

Conforme o projeto Mem�ria do Cinema Document�rio Brasileiro: hist�rias de vida do Centro de Pesquisa e Documenta��o de Hist�ria Contempor�nea do Brasil (CPDOC), da Funda��o Getulio Vargas (FGV), que fez uma entrevista com ele no dia 28 de agosto de 2015, Sarno nasceu em Po��es, na Bahia, em 6 de mar�o de 1938. Ele era filho de comerciantes italianos e no meio do sert�o convivia com uma comunidade de imigrantes.

“Ent�o, meu h�bito de a minha inf�ncia foi falar italiano, em casa, dialeto calabr�s e trequin�s, Trecchina era a cidade da minha m�e, e da porta para fora, o sert�o, da porta para fora, o sert�o com a garotada e tal”, disse na entrevista ao projeto do Centro de Pesquisa.

Segundo o CPDOC, o interesse do artista pelo cinema surgiu nas sess�es que frequentava nas tr�s salas de cinema de sua cidade, onde tamb�m ia o diretor Glauber Rocha, levado pela m�e L�cia Rocha. M�e e filho moravam em uma cidade pr�xima. Mas foi durante uma viagem a Cuba, para onde foi em 1962, indicado pela Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE), que resolveu estudar a arte durante um ano. Mesmo rec�m formado em Direito e aprovado em primeiro lugar no concurso p�blico para oficial judici�rio do Tribunal Regional do Trabalho de Salvador, o diretor e roteirista quis continuar em Cuba para estudar cinema.

Os seus primeiros filmes, Viramundo (1965) e Auto da Vit�ria (1966) serviram de inspira��o para trabalhar temas da cultura popular do sert�o nordestino, o que tamb�m est� presente em trabalhos seguintes com o Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de S�o Paulo (IEB-USP), como Os Imagin�rios (1970), e ao Instituto Nacional de Cinema, como O Engenho (1970), sob produ��o de Thomas Farkas.

Nos anos 1970, a partir dos filmes-verbetes, como ficaram conhecidos, entrou na reflex�o sobre a cultura negra do litoral, com Ia� (1976) e na fic��o, com o filme Coronel Delmiro Gouveia (1978). Nos anos 90 come�ou a ministrar cursos de cinema e realizou uma s�rie de document�rios.

Sarno atuou ainda, de acordo com o CPDOC, no mercado editorial, publicando Glauber Rocha e o Cinema Latino-americano (1994) e Cadernos do Sert�o (2006). “� reconhecido como um diretor que aborda a cultura popular, a hist�ria nacional e suas problem�ticas de uma maneira reflexiva e emblem�tica”, informou o projeto da FGV.

O cineasta recebeu em 2008 o pr�mio de melhor dire��o no Festival de Bras�lia, com o filme Tudo Isto me Parece um Sonho, que conta a hist�ria do general pernambucano Ign�cio Abreu e Lima. Ao lado de Simon Bol�var, o general participou de batalhas a favor da liberta��o da Col�mbia, Venezuela e Peru da Coroa Espanhola no s�culo 19.


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