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Estado de Minas EDUCA��O

Vergonha: Brasil n�o ensina o seu estudante a ler

Especialistas advertem que alunos voltam � escola incapazes para a leitura, ap�s aulas on-line promovidas durante a pandemia


05/03/2022 04:00 - atualizado 04/03/2022 22:55

Menino sorri e mostra a tela de celular para a câmera
Crian�as tomam contato com as letras por meio de celulares e aplicativos (foto: Fabio Toreto e Sabriny Orechio/divulga��o)

''Quando a gente fala de um projeto de leitura, a gente fala de um projeto que est� formando a pessoa capaz de ler as letras, mas tamb�m de ler o mundo, de ter pensamento cr�tico''

Denise Ramalho, coordenadora da pesquisa ''O Brasil que l�''

 


Durante a pandemia, alunos tiveram aulas on-line, mas voltaram para a escola sem saber ler e escrever. O alerta vem de Denise Ramalho, coordenadora da pesquisa “O Brasil que l�”, que chama a aten��o para o abandono do ensino p�blico e de seus estudantes.

O levantamento sobre h�bitos de leitura foi realizado em 2020 por iniciativa do Instituto Interdisciplinar de Leitura e da c�tedra Unesco de Leitura da PUC Rio em parceria com Ita� Cultural e a consultoria JCastilho.

A pesquisa detectou a aus�ncia do governo federal em iniciativas voltadas para �rea, por meio do Plano Nacional de Livro e da Leitura (PNLL), cabendo a projetos volunt�rios a miss�o de atender, com recursos pr�prios, cerca de 220 mil pessoas.

“Quando a gente fala de um projeto de leitura, a gente fala de um projeto que est� formando a pessoa capaz de ler as letras, mas tamb�m de ler o mundo, de ter pensamento cr�tico e de se colocar como cidad�o que entende como ler o que est� � sua volta”, explica Denise Ramalho.

Os dados da pesquisa ser�o apresentados em webin�rio marcado para as pr�ximas ter�a e quarta-feira (8 e 9/3), das 14h30 �s 16h, no canal do Ita� Cultural no YouTube.

Ser� abordado o uso da tecnologia para impulsionar a leitura durante a pandemia. Por meio do Facebook, Instagram e YouTube, v�m sendo divulgadas obras liter�rias, realizadas videoconfer�ncias e promovidos eventos on-line.

O perfil dos mediadores que coordenam projetos voltados para a leitura � majoritariamente de professores, bibliotec�rios e contadores de hist�rias. Registraram-se 382 programas de 24 dos 27 estados – com exce��o do Acre, Sergipe e Alagoas.

Pai segura criança no colo e mostra a ela aplicativo de leitura exibido no tablet
Projetos digitais de forma��o de leitores se voltam tamb�m para a fam�lia (foto: Fabio Toreto e Sabriny Orechio/divulga��o)


A maioria das iniciativas vem do Rio de Janeiro (71), estado seguido por S�o Paulo (65), Minas Gerais e Santa Catarina (39, cada). Representando 47,81% e 19,84%, respectivamente, das a��es analisadas, o Sudeste e o Sul registram a preponder�ncia de programas urbanos, enquanto iniciativas voltadas para as �reas rurais se destacam nas regi�es Norte e Nordeste.

Um desses projetos � o aplicativo mineiro de leitura Bamboleio, desenvolvido pelas primas Roberta e Tanira Malta. Trata-se de uma biblioteca digital, que est� dispon�vel nas lojas de apps. Compat�vel com tablets e smartphones, ele pode ser espelhado em telas de televis�o para exibi��o coletiva.

Roberta Malta explica que o Bamboleio surgiu em 2019, destinado a crian�as e fam�lias. Durante a pandemia, ela e Tanira liberaram o acesso ao aplicativo, que ganhou nova dimens�o social ao atender ONGs e escolas.

O Bamboleio tamb�m oferece atividades de forma��o em literatura para educadores. “Nunca disponibilizamos s� o aplicativo. A gente faz dois encontros para falar de literatura, curadoria e sobre como a literatura apoia a educa��o. Depois, h� reuni�es de acompanhamento para a gente saber como foi a pr�tica”, explica Roberta Malta.

O convite para participar da pesquisa “O Brasil que l�” chegou ao Bamboleio por meio das redes sociais. Tanira e Roberta, por iniciativa pr�pria, se inscreveram no projeto. Para elas, � essencial participar de editais de incentivo voltados para o incentivo � leitura.

A modalidade on-line permite ao Bamboleio chegar a todo o pa�s. Roberta Malta revela que o aplicativo mineiro tem repercuss�o na Bahia, Par�, Distrito Federal e S�o Paulo, al�m de Minas Gerais.

* Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria


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