Morreu, neste domingo (03/04), em S�o Paulo, a escritora Lygia Fagundes Telles. Nascida na capital paulista em 1923, Lygia era integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Ela recebeu os pr�mios Jabuti, APCA e Cam�es, distin��o maior em l�ngua portuguesa pelo conjunto da obra. Reeditados nos �ltimos dez anos pela Companhia das Letras, os livros de Lygia Fagundes Telles ganharam posf�cios e reprodu��es de entrevistas da autora a diversos ve�culos de comunica��o.
A seguir, algumas frases de Lygia, retiradas das edi��es de romances como “As meninas” e “Ciranda de Pedra” e de livros de contos como “Antes do baile verde” e “A noite escura e mais eu”.
Ela recebeu os pr�mios Jabuti, APCA e Cam�es, distin��o maior em l�ngua portuguesa pelo conjunto da obra. Reeditados nos �ltimos dez anos pela Companhia das Letras, os livros de Lygia Fagundes Telles ganharam posf�cios e reprodu��es de entrevistas da autora a diversos ve�culos de comunica��o.
A seguir, algumas frases de Lygia, retiradas das edi��es de romances como “As meninas” e “Ciranda de Pedra” e de livros de contos como “Antes do baile verde” e “A noite escura e mais eu”.
Escritora do Terceiro Mundo
“Sou do signo de �ries, domic�lio do planeta Marte. A cor do meu signo � o vermelho (a guerra), mas tamb�m aposto no verde. A minha bandeira (se tivesse uma) seria metade vermelha, metade verde, o verde da esperan�a de mistura com a paix�o n�o destitu�da de c�lera, sou uma escritora do Terceiro Mundo.”
Inspira��o
“Existe uma palavra que saiu de moda e, no entanto, � insubstitu�vel na terminologia da cria��o: inspira��o.”
Luta com a palavra
“Uns lutam com as leis, outro com os bisturis. Eu luto com a palavra. � bom? � ruim? N�o interessa, � a minha voca��o.”
Sobre as personagens de ‘As meninas’
“O amor teve uma import�ncia definitiva na estrutura das personagens principais, que s�o jovens e amam e desamam e nesse desandar emocional fui tamb�m me comovendo mas sem perder as r�deas no galope, um galope perigoso porque poderia descambar para o sentimentalismo. Sei que, em estado bruto, as minhas meninas existem, est�o por a�”
Of�cio e condi��o
“Sou escritora e sou mulher – of�cio e condi��o duplamente dif�ceis de contornar, principalmente quando me lembro como o pa�s (a mentalidade brasileira) interferiu negativamente no meu processo de crescimento como profissional.”
Imagens
“Algumas das minhas fic��es se inspiraram na simples imagem de algo que vi e retive na mem�ria, um objeto, uma casa, uma pessoa...”
A loucura do escritor
“O escritor pode ser louco, mas n�o enlouquece o leitor. Ao contr�rio, pode at� desvi�-lo da loucura. O escritor pode ser corrompido, mas n�o corrompe. Pode ser solit�rio e triste e ainda assim vai alimentar o sonho daquele que est� na solid�o.”