Depois da proje��o nacional obtida em 2020 com o sucesso da m�sica “V�rias queixas”, o trio Gilsons se apresenta pela primeira vez em Belo Horizonte. Neste s�bado (16/4), �s 21h, a estreia mineira de Jo�o Gil, Francisco Gil e Jos� Gil (netos e filho de Gilberto Gil, respectivamente) ser� em grande estilo, no palco do Pal�cio das Artes. Pela primeira vez, o trio tocar� suas can��es alegres e solares no teatro, para o p�blico sentado, com lugar marcado.
“A galera t� superanimada de poder tocar em um dos teatros mais legais do Brasil. Esperamos que o p�blico se entregue, cante junto, n�o se sinta acuado. Nosso show � feito para dan�ar e divertir”, afirma Jo�o Gil.
SURPRESAS � VISTA
O repert�rio compreende todas as nove faixas do �lbum “Pra gente acordar” (lan�ado em fevereiro deste ano), as cinco can��es do EP “V�rias queixas” (2019) e singles que o trio lan�ou em parceria com outros artistas, como “Devagarinho” (com Mariana Volker) e “Algum ritmo” (com a banda Jovem Dion�sio).
“� um show constru�do em cima de todo o nosso repert�rio at� aqui, al�m de algumas surpresas que fazem parte das nossas apresenta��es. A sele��o de m�sicas � bem legal, mostrando um panorama do nosso trabalho. Tamb�m h� espa�o para celebrar nossas principais refer�ncias”, afirma Jo�o.
Formado despretensiosamente em 2018, o trio se juntou porque Jos� Gil foi contratado para fazer apresenta��o autoral e precisava de um grupo para acompanh�-lo. Parceiro dos sobrinhos na banda Sinara, ele n�o pensou duas vezes: convidou Francisco e Jo�o.
“Tocamos v�rios covers e algumas m�sicas autorais. Foi mais ou menos nesse dia que nasceu o Gilsons. A gente ainda n�o tinha dado esse nome, mas foi a partir dali que decidimos gravar 'V�rias queixas' e 'Love, love'”, conta Jo�o.
O nome da banda, que pode ser entendido como a jun��o de Gil com a palavra sons (filhos, em ingl�s), foi ideia de Preta Gil, m�e de Francisco, e nasceu sob a b�n��o de toda a fam�lia, principalmente do patriarca, que Jo�o chama carinhosamente de “Seu Gilberto”.
“Uma turma da fam�lia foi ao primeiro show e, naturalmente, gravaram v�deos postados no grupo que n�s temos com todo mundo. Minha tia Preta botou a maior pilha: 'Voc�s s�o os Gilsons'. No primeiro momento, a gente levou um pouco na brincadeira, mas depois percebeu que fazia muito sentido”, revela.
''A nossa positividade tem muito a ver com a energia, a vibe que a nossa m�sica transmite. Tamb�m entra nisso uma vis�o otimista da vida. � claro que n�o estamos felizes com a pandemia ou at� mesmo com o governo atual, mas gostamos de pensar que as coisas podem melhora''.
Jo�o Gil, cantor e compositor
O primeiro EP do trio, “V�rias queixas”, foi lan�ado no fim de 2019 com quatro can��es autorais, al�m da faixa-t�tulo, regrava��o do grupo baiano Olodum lan�ada em 2012. Prestes a embarcar neste promissor 2020 com a agenda cheia, os Gilsons, assim como artistas do mundo inteiro, colocaram o p� no freio por conta da pandemia da COVID-19.
Com shows cancelados e est�dios fechados, os tr�s viram o sucesso chegar por meio das plataformas de streaming, onde acumulam n�meros de ouvintes cada vez mais robustos.
TRILHA DA QUARENTENA
Para se ter uma ideia, quase 2 milh�es de usu�rios do Spotify ouvem as can��es do trio mensalmente. O hit “V�rias queixas” foi ouvido mais de 56 milh�es de vezes na plataforma.
“Foi um crescimento muito grande, especificamente na internet. A galera ouviu bastante o nosso som. Acredito que muita gente achava nossas m�sicas boas de escutar na quarentena e assim nossos n�meros foram crescendo”, conta Jo�o Gil.
Em contraponto � dura realidade da pandemia, com o n�mero de mortos crescendo diariamente e a demora da chegada das vacinas, o repert�rio dos Gilsons traz mensagens de esperan�a e positividade. Para Jo�o, isso n�o est� somente nos temas, mas tamb�m na maneira como o trio decidiu arranjar e produzir as can��es.
“A nossa positividade tem muito a ver com a energia, a vibe que a nossa m�sica transmite. S�o lugares musicais e linguagens que emocionam e fazem parte da nossa verdade. Tamb�m entra nisso uma vis�o otimista da vida. � claro que n�o estamos felizes com a pandemia ou at� mesmo com o governo atual, mas gostamos de pensar que as coisas podem melhorar. A gente precisa acreditar nisso para que elas de fato melhorem”, ele diz.
A positividade suscitada pelas can��es n�o � alienada, destaca Jo�o. Tanto � que a banda gosta – e incentiva – quando o p�blico se manifesta contra o governo durante os shows.
“N�o tem ningu�m feliz com o que est� a� no momento. Ou at� como as coisas est�o. A gente n�o acha ruim e, na verdade, acaba incentivando sim”, diz.
PROTEGIDOS POR IEMANJ�
Depois do sucesso com can��es que ca�ram no gosto de muita gente, principalmente do p�blico jovem, os Gilsons apostaram na produ��o de seu �lbum autoral, registro que chegou numa data bastante especial – 2 de fevereiro, Dia de Iemanj� –, abrindo alas para o ano que promete ser bastante movimentado.Os rapazes do “Seu Gilberto” se apresentam em BH neste s�bado (16/4), mas j� t�m data para voltar � capital mineira: em 27 de agosto, o trio ser� uma das atra��es do festival Sarar�. Antes disso, faz shows no Recife, em Salvador e em Portugal.
O grupo tamb�m foi confirmado no Palco Sunset, do Rock in Rio, em 10 de setembro, data em que a atra��o principal do Palco Mundo ser� a banda Coldplay.
“� incr�vel poder encontrar pessoalmente o p�blico gigante que antes era s� um n�mero, sem a troca de energia que a gente experimenta no palco. Ver a galera cantando as nossas m�sicas, se divertindo em nossos shows e acompanhando a nossa trajet�ria tem sido muito especial”, afirma Jo�o.
Questionado sobre o fato de os Gilsons serem a continuidade do legado de uma fam�lia t�o presente na m�sica brasileira, ele diz ter muito orgulho do sobrenome que carrega.
“� um privil�gio ter vindo ao mundo como parte dessa turma. Ao mesmo tempo, � uma motiva��o para fazer o nosso trabalho com a nossa cara. Existe um legado ineg�vel, mas ele se reflete no nosso trabalho sob a forma de inspira��o e refer�ncia, assim como nos inspiramos em v�rios outros artistas”, pontua o neto de Gilberto Gil.
GILSONS
Neste s�bado (16/4), �s 21h. Grande Teatro Cemig Pal�cio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Plateia 1: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia-entrada). Plateia 2: R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia). Plateia superior:
R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia). Ingressos � venda na bilheteria do teatro ou na plataforma Eventim. Informa��es: (31) 3236-7400