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Estado de Minas M�SICA

Jo�o Bosco e Orquestra Ouro Preto fazem show de lan�amento do CD 'G�nesis'

Apresenta��es dos arranjos orquestrais da obra do cantor e compositor mineiro ocorrem neste s�bado (7/5) em BH e no domingo em Ouro Branco


07/05/2022 04:00 - atualizado 07/05/2022 07:43

Em cima do palco e diante da orquestra ouro preto, o maestro Rodrigo Toffolo rege os músicos
A Orquestra Ouro Preto, que conta com 25 instrumentistas, se apresenta ao lado de Jo�o Bosco, artista que o maestro Rodrigo Toffolo considera uma "orquestra de um homem s�" (foto: �ris Zanetti/Divulga��o)


O maestro Rodrigo Toffolo, regente da Orquestra Ouro Preto (OOP), define o cantor, compositor e violonista Jo�o Bosco como uma orquestra de um homem s�. "Como violonista, faz flutuar melodias com destreza, produzindo agudos e graves em notas que se multiplicam, numa r�tmica particular. A arte dele � perfeita", diz Toffolo.

Do encontro entre essas duas “orquestras” – os 25 instrumentistas da OOP de um lado e Jo�o Bosco de outro – surgiu o projeto “G�nesis”, cujo lan�amento das vers�es em CD e DVD ser� marcado com show neste s�bado (7/5), �s 21h, no Grande Teatro do Sesc Palladium, e no domingo, �s 18h, na Pra�a de Eventos de Ouro Branco. 

Ouro Branco foi uma das localidades por onde o projeto, que reuniu o m�sico de Ponte Nova e a orquestra ouro-pretana, passou. O registro de um concerto feito em setembro do ano passado originou o material agora lan�ado.

Ocorre que a apresenta��o em Ouro Branco fracassou. “Na quarta m�sica, come�ou a chover e tivemos que parar. Por�m prometemos para aquele p�blico que voltar�amos l� algum dia para fazer o show todo. E agora chegou a hora. Domingo estaremos l�, se Deus quiser”, diz Jo�o Bosco. 

Radicado no Rio de Janeiro h� d�cadas, o artista mineiro conta que voltar a se apresentar em seu estado natal, ao lado de uma forma��o orquestral mineira, remexeu com suas mem�rias e emo��es. 

MEM�RIA 
“Tudo isso me remeteu a um grande percurso de mem�ria. Tantos lugares, tantas pessoas, tantas coisas. A gente pode, de uma maneira m�gica, entrar em contato com as pessoas, em pensamento, nesse aspecto, daquilo que foi e daquilo que aconteceu”, ele diz. 

“E tudo isso foi muito bonito, porque muitos nomes, muitos lugares, muitas cores, muitas constru��es, muita coisa que a gente viu e fez ao longo da vida, veio participando dela e acabou junto desse encontro da Orquestra Ouro Preto e mexeu muito com essa quest�o interna.”



Mexeu tanto, diz Jo�o Bosco, que a experi�ncia se pareceu com a de uma sess�o de psican�lise. “E tudo se remexia nessa coisa interna, na qual j� se passaram d�cadas. Isso foi muito bonito, porque eu estava ali, andando pelas estradas de Minas, coisas que fiz muito durante a minha juventude, me deslocando e vendo a paisagem, cada detalhe, durante esses percursos. E conversando com as pessoas dali, daquela regi�o. Aquele papo que voc� tem com as pessoas locais, ap�s o show ou mesmo antes, quando est� ali naqueles preparativos da passagem de som”.

Os encontros, ele comenta, colocavam lado a lado passado e presente. “Houve uma catarse, uma coisa bonita de rela��o, de encontros, de voltar ao lugar de onde se saiu”, conta o m�sico. “Mas acontece que os lugares n�o s�o os mesmos, porque a vida tem esse dinamismo que � muito interessante, quer dizer, os espa�os est�o ali, mas as pessoas s�o outras, as vibra��es s�o outras. Ent�o voc� acaba renovando tamb�m as vibra��es, com os lugares e tudo isso dentro de um fundo musical, com as pessoas assistindo a tudo. E hoje, com esse neg�cio do smartphone, h� uma import�ncia muito grande, com as pessoas fazendo coment�rios pela internet.”

Como o �ltimo concerto da s�rie foi transmitido ao vivo, coment�rios vindos de diversos locais do pa�s n�o tardaram a chegar ao artista, elogiando sobretudo a riqueza do repert�rio. A escolha das m�sicas, segundo Bosco, “foi um parto natural, vamos assim dizer, n�o teve instrumenta��o nenhuma, foi tudo muito espont�neo”. 

SUCESSOS 
O repert�rio traz sucessos como “O b�bado e a equilibrista”, “Cors�rio”, “Bala com bala” e “De frente pro crime”, entre outros. Jo�o Bosco aproveita tamb�m para fazer um tributo ao letrista, compositor, cronista e m�dico carioca Aldir Blanc (1946-2020), um dos seus principais parceiros.

A defini��o das m�sicas foi feita em acordo com o maestro da Orquestra Ouro Preto. “O Rodrigo tamb�m, pela hist�ria dele l� em Ouro Preto, pela fam�lia dele, pelos pais, tios e tudo mais… essas m�sicas diziam algo para ele tamb�m. Ele me mandou uma lista de can��es e a �nica coisa que a gente fez foi, com muito pesar, tirar uma ou outra. Isso por causa do tempo, que poderia ficar muito extenso”, comenta Jo�o Bosco.

Ele conta que recebeu muitos e-mails, “inclusive de v�rios m�sicos que viram naquilo um Brasil que eles sempre imaginaram. E, �s vezes, um Brasil at� que eles mesmos, nas suas mensagens, torciam para que esse pa�s permanecesse e se preservasse, no sentido da sua busca, da sua luta, para uma situa��o mais digna para todos os brasileiros. Aquela coisa evolutiva com que todos n�s sonhamos e esperamos que aconte�a algum dia”.

"Ali (na turn�), se relacionando com aquelas pessoas e produzindo em cada uma delas um tipo de rea��o e de gosto. Cada um com a sua Madeleine de Proust, experimentando os sabores do tempo, e cada uma pensando na sua pr�pria hist�ria. E tamb�m na hist�ria dela (a m�sica) relacionada com outros que a gente nem sequer conheceu"

Jo�o Bosco, cantor, compositor e violonista



Para o m�sico, � importante neste momento manter uma vis�o positiva do pa�s. “O que a gente quer para a nossa na��o � isto: algo positivo, que a gente possa, mesmo batalhando, trabalhando, sentir que � positivo e que isso vai gerar frutos no futuro e que por isso vale o esfor�o. A gente n�o pode perder o otimismo nunca.”

ARRANJOS 
Nas apresenta��es de “G�nesis”, Jo�o Bosco foi acompanhado de Kiko Freitas (bateria) e Guto Wirti (baixo) e do produtor musical, arranjador, instrumentista, regente e compositor Nelson Ayres, que respondeu pelos arranjos.

“Mandei as can��es tocadas de viol�o e voz para ele senti-las, n�o para tirar de registro que j� tem a�. Mandei aquela coisa de voz e viol�o, �ntimo, pessoal, para ele que estava l� naquele momento de pandemia mais agudo. Ele estava recolhido em Ubatuba (SP) e p�de, ent�o, pensar sobre essas m�sicas, esse tempo no qual elas est�o ligadas. E tamb�m o fato de elas, de certa maneira, estarem na vida do pr�prio Nelson, que, quando jovem, passou por elas.”

Nos shows deste fim de semana, o repert�rio ser� interpretado na �ntegra. “� um repert�rio extenso, mas ningu�m nunca reclamou. O ‘G�nesis’, como diz o t�tulo, � um parto, o in�cio de algo de uma rela��o que acabou se firmando, de forma muito bonita, tanto que, j� no final da nossa turn�, est�vamos muito pr�ximos uns dos outros, porque, enfim, o 'G�nesis' � isso. Quer dizer, acabou com a gente falando de coisas que aconteceram e que ainda acontecem.”

No momento, Bosco conta que est� trabalhando, fazendo show e, de vez em quando, pensa em uma composi��o. “Fico na procura, conversando com amigos que s�o muito preciosos para mim, trocando ideias. Pergunto como � que eles est�o, como est�o se sentindo. Isso para ver tamb�m, para medir, porque esses dois anos passados foram muito duros. Ent�o, poder conversar com os outros sobre isso � bom para a gente sentir e entender como estamos. Mas, enfim, o desejo � sempre o mesmo, ele permanece. Digo o desejo de ir atr�s da m�sica.”

JO�O BOSCO E ORQUESTRA  OURO PRETO
Lan�amento do CD e DVD “G�nesis”. Neste s�bado (7/5), �s 21h, no Grande Teatro do Sesc Palladium – Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro. Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). Informa��es: (31) 3270-8100. Domingo, �s 18h, na Pra�a de Eventos – Rua Juscelino Coelho, Centro, Ouro Branco, com entrada franca


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