(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CINEMA

"Um broto legal" refaz a breve carreira da pioneira do rock Celly Campello

Longa que estreia nesta quinta-feira (16/6) retrata a vida da garota do interior que deixou a fama e a m�sica para se casar


16/06/2022 07:32 - atualizado 16/06/2022 07:33

Vestidos com roupas dos anos 50, os atores Marianna Alexandre e Murilo Armacollo cantam em estúdio de rádio no filme 'um broto legal'
Marianna Alexandre e Murilo Armacollo interpretam os irm�os Celly e Tony Campello no filme de Luiz Alberto Pereira, que estreia hoje (foto: Pandora/Divulga��o)
Celly Campello (1942-2003) entrou para a hist�ria da m�sica brasileira como a pioneira do rock no pa�s – e tamb�m por ter abandonado a carreira no auge para se casar. S�o essas as quest�es que norteiam a cinebiografia “Um broto legal”, que estreia nesta quinta-feira (16/6), em Belo Horizonte.

Dirigido por Luiz Alberto Pereira (“Hans Staden” e “Tapete vermelho”), o filme adota um tom ing�nuo, de novela, para acompanhar tal trajet�ria. O per�odo vai de 1958, quando ela � descoberta em Taubat�, interior de S�o Paulo, e vai at� 1962, quando deixa a m�sica. Nos pap�is principais est�o a estreante no cinema Marianna Alexandre (Celly) e Murilo Armacollo (o irm�o Tony Campello).

Tamb�m nascido em Taubat�, Pereira, de outra gera��o, n�o a conheceu – casada, Celly se mudou para Campinas, onde viveu at� a morte, em decorr�ncia de c�ncer. Mas o cineasta afirma que a hist�ria sempre o acompanhou, desde crian�a. Para escrever o roteiro, a quatro m�os com Dimas Oliveira Jr., ele se valeu principalmente da mem�ria de Tony, hoje com 86 anos.

PESQUISA 

“Fizemos uma pesquisa grande em jornais e revistas de �poca, bem como entrevistas com m�sicos e artistas do acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS-SP). Mas o Tony foi fundamental. Utilizei n�o s� muitas hist�rias que ele contou, como tamb�m objetos”, comenta Pereira. Fotografias e pr�mios que Celly recebeu est�o no cen�rio do filme.

Celly, que desde crian�a cantava, na adolesc�ncia tinha um programa numa r�dio local. Tony, que tinha pretens�es art�sticas, deixou a cidade natal rumo a S�o Paulo. � l� que ele, tocando na noite, � convidado para gravar um compacto com duas faixas. Seriam em ingl�s e Tony achou que pegaria mal ele cantar “Handsome boy” (“Menino bonito”). Tratou de levar a irm� para a capital.



Ainda que as primeiras grava��es de Celly tivessem sido em ingl�s, ela s� estourou mesmo cantando em portugu�s. Primeiramente, com “Est�pido cupido”, seguido de “Banho de Lua” e “Broto legal”, entre outros hits.

O videotape s� chegou ao Brasil em 1960. At� ent�o, n�o havia como armazenar as imagens transmitidas na televis�o. De acordo com Pereira, mesmo ap�s extensa busca, n�o se encontrou nenhuma imagem em movimento de Celly cantando. “N�o s� eu, mas o Tony procura h� muito mais tempo do que eu.”

Em v�deo, h� imagens de Celly participando de dois filmes de Mazzaropi, “Jeca Tatu” (1959) e “Z� do Periquito” (1960) – o ator e cineasta, nascido em S�o Paulo, foi criado em Taubat�, onde realizou v�rios de seus filmes. A carreira de Celly e Tony teve um revival na d�cada de 1970, ap�s o sucesso da novela global “Est�pido cupido” (1976).  

Mas o filme percorre o in�cio da trajet�ria: como dois irm�os do interior se tornaram a cara do rock como express�o jovem no Brasil. Para os pap�is principais, Pereira fez muitos testes. Quando chegou a Marianna, viu que tinha encontrado sua protagonista. “No casting, havia um piano que eu colocava as atrizes para tocar. Quando a vi cantando ‘Est�pido cupido’, vi que era ela mesma.”

S�o v�rias as can��es interpretadas no filme – em est�dio e na TV. Os registros foram feitos por outros cantores. “As m�sicas s�o em playback, tanto que eu n�o precisava que os atores fossem excelentes cantores, mas eles tinham que ter ouvido.” 

Murilo e Marianna j� tinham feito musicais juntos, ent�o j� havia sintonia entre eles, conta o diretor. Tony Campello chegou a assistir a algumas filmagens. “Ele olhava para o Murilo com aquele topete e falava ‘que coisa estranha’ (diante da semelhan�a)”, diz Pereira.

“UM BROTO LEGAL”

(Brasil, 2022, 94min, de Luiz Alberto Pereira, com Marianna Alexandre e Murilo Armacollo) – Estreia nesta quinta-feira (16/6) no UNA Cine Belas Artes (Sala 3, 18h e 20h)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)