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Estado de Minas ARTES C�NICAS

Priscila Fantin e Bruno Lopes s�o vi�vos em busca de um novo amor em pe�a

Casal volta a se apresentar em BH nesta sexta (29/7) e s�bado (30/7) com "Precisamos falar de amor sem dizer eu te amo"


29/07/2022 04:00 - atualizado 28/07/2022 19:12

Os atores Priscila Fantin e Bruno Lopes sentados em poltronas da cor cinza, cada um em um canto do palco, riem, em cena de 'Precisamos falar de amor sem dizer eu te amo'
"Precisamos falar de amor sem dizer eu te amo" estreou em 2018, em Mo�ambique, com renda revertida para um projeto humanit�rio (foto: Abner Palma/Divulga��o)


“Precisamos falar de amor sem dizer eu te amo" � o nome da pe�a que os atores Priscila Fantin e Bruno Lopes apresentam nesta sexta (29/7) e s�bado (30/7), �s 21h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas, no Minas T�nis Clube.  

No palco, eles interpretam Pilar e Bento, dois jovens vi�vos que decidem procurar por novos parceiros em um aplicativo de paquera. O espet�culo, escrito pelo dramaturgo Wagner D'�vila, orbita em torno dos dilemas e d�vidas com que a dupla se depara neste in�cio de relacionamento e at� mesmo a plateia participa da reflex�o.

"Trata-se de uma com�dia rom�ntica", explica o dramaturgo. "A gra�a est� nas situa��es que os personagens vivem. Eles s�o divertidos por natureza e contam suas hist�rias com verdade. N�o � um espet�culo de piadas. E a beleza de tudo reside no fato de que os dois j� passaram pelo luto e est�o retomando suas vidas, ent�o a com�dia entra como um sopro de esperan�a."

O autor embarcou no projeto a convite dos atores. Priscila Fantin e Bruno Lopes estavam em busca de um texto que pudessem interpretar juntos, a convite do Centro Cultural Brasil Mo�ambique. Na �poca, em meados de 2018, o dramaturgo j� tinha em m�os o argumento da pe�a e o apresentou para a dupla, que gostou da ideia de cara.

"Eu j� conhecia o Bruno [Lopes] de outros trabalhos, ent�o n�s j� t�nhamos trocado artisticamente. Como eles estavam � procura de um texto que pudesse ser interpretado por um casal, resolvi apresentar este. Tinha muita vontade de falar de dois jovens que, ap�s lidar com o luto, se conhecem nesse universo digital e exploram os dilemas e as quest�es que surgem diante disso", conta Wagner D'�vila.

A pe�a estreou em Mo�ambique e todo o valor dos ingressos adquiridos pelo p�blico foi revertido para o Instituto Hakumana, que cuida de crian�as soropositivas. O dinheiro arrecadado proporcionou a compra de medicamentos e a constru��o de banheiros e salas de aula.

Turn� 

Ap�s a temporada no pa�s africano, Priscila Fantin e Bruno Lopes embarcaram de volta para o Brasil para rodar com o espet�culo pelo pa�s. Em Belo Horizonte, a montagem foi apresentada pela primeira vez em 2019.

Wagner D'�vila assina o texto da pe�a, mas a dire��o fica por conta de Priscila e Bruno. O dramaturgo conta que conseguiu acompanhar boa parte do desenvolvimento do espet�culo e elogia os atores-diretores.

"Eles s�o muito generosos. Tivemos uma troca muito grande ao longo de todo o processo de desenvolvimento do espet�culo para conseguir construir olhares e impress�es sobre o texto e sobre a narrativa. Essa pe�a � algo que n�s criamos juntos, da maneira mais afetiva poss�vel. Os dois s�o extremamente criativos e acho que � isso que ajuda a tornar esse espet�culo o sucesso que ele �", afirma.

Al�m de parceiros no palco, Priscila Fantin e Bruno Lopes s�o um casal na 'vida real' e, segundo Wagner, isso contribui para que o espet�culo fosse ainda mais veross�mil, embora cada um deles seja "bastante diferente de seus personagens".

"Eu tenho a sorte de escrever para pessoas que conhe�o pessoalmente. A maior parte dos textos que j� escrevi foram encomendados. E eu sempre bato um papo com as pessoas para entender o universo delas, saber as facilidades e o que pode ou n�o funcionar em determinado arranjo dramat�rgico. Neste espet�culo n�o foi diferente", ele conta.

"A afinidade entre os dois, que eles compartilham com os personagens, � algo imprescind�vel para o espet�culo. E a intimidade entre eles tamb�m. Mas tudo � visto de forma muito natural por quem est� assistindo, j� que eles interpretam pessoas que n�o se conhecem a priori. E o espet�culo tamb�m tem a quebra da quarta parede, o que contribui para uma aproxima��o com o p�blico", analisa.

"Somos muito ref�ns do amor num vi�s rom�ntico. O amor pode estar na simplicidade, sem necessariamente estar nas paix�es. � um olhar mais genu�no sobre os outros. Precisamos ter um olhar menos idealizado do amor e das rela��es e desprend�-lo das coisas"

Wagner D'�vila, dramaturgo



Luto

Escrito e desenvolvido antes da pandemia, "Precisamos falar de amor sem dizer eu te amo" parte do luto para apresentar uma hist�ria de amor. Passada a pandemia da COVID-19, um per�odo em que a morte foi encarada pelo mundo todo, Wagner D'�vila acredita que o texto ecoa de forma diferente hoje.

"Eu fui assistir � reestreia em S�o Paulo, passado o isolamento. Como autor, vi como essa pe�a fala de uma valoriza��o da vida e da troca entre as pessoas. N�s todos vivemos o luto de forma t�o cruel e massante nos �ltimos anos que v�-lo sendo tratado com leveza parece muito importante", ele defende.

"Como esse sentimento se tornou algo t�o universal, as pessoas est�o cada vez mais dispostas a embarcar numa hist�ria que fale abertamente sobre isso. Ainda mais se a proposta � dar risada disso", acrescenta.

Questionado sobre o significado do t�tulo "Precisamos falar de amor sem dizer eu te amo", o autor conta que ele surgiu durante uma conversa com uma amiga que tamb�m passava por um processo de luto. O significado � uma esp�cie de ren�ncia ao amor rom�ntico.

"Somos muito ref�ns do amor num vi�s rom�ntico. O amor pode estar na simplicidade, sem necessariamente estar nas paix�es. � um olhar mais genu�no sobre os outros. Precisamos ter um olhar menos idealizado do amor e das rela��es e desprend�-lo das coisas. � aquela coisa, bem clich�, de amar sem ver a quem. Que tem tudo a ver com o projeto humanit�rio para o qual essa pe�a nasceu", ele explica.

"PRECISAMOS FALAR DE AMOR SEM DIZER EU TE AMO"

Nesta sexta (29/7) e s�bado (30/7), �s 21h, no teatro do Centro Cultural Unimed-BH,  Rua da Bahia, 2.244, Lourdes. Ingressos: R$ 60 e R$ 40 (meia), � venda no site Eventim e na bilheteria da casa. Mais informa��es: (31) 3516-1360 


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