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"Candy", com Jessica Biel, � boa op��o para os f�s de true crime

S�rie da Star+ reconstitui um assassinato brutal envolvendo mulheres de duas fam�lias num (aparentemente) pacato sub�rbio norte-americano


05/08/2022 04:00 - atualizado 04/08/2022 19:54

As atrizes Melanie Lynskey e Jessica Biel sentadas em cadeiras dobráveis, entreolham-se em cena de Candy
A conviv�ncia entre Candy e Betty, vizinhas com estilos de vida opostos, termina tragicamente (foto: STAR/DIVULGA��O)

Candy Montgomery parece ter tudo. Dona de casa em Wylie, sub�rbio de Dallas, Texas, no final dos anos 1970, � bem casada, tem dois filhos, muitas amigas, influ�ncia na igreja local. Magra e atl�tica, joga v�lei semanalmente. 

Betty Gore � seu oposto. Tamb�m casada, com duas filhas, a ca�ula rec�m-nascida, n�o conseguiu perder os quilos nem da primeira gravidez. Muito r�gida, foi demitida da escola local e n�o faz amigos facilmente. Vive em casa, basicamente, para a fam�lia, e incomoda-se com as viagens constantes do marido.

Esta � a carta de apresenta��o de “Candy”, miniss�rie rec�m-chegada � plataforma Star+ que reconstitui um crime chocante. Dezenas de machadadas em uma dona de casa do sub�rbio? H� mais de 40 anos o assassinato de Betty Gore, ocorrido em 13 de junho de 1980, povoa o imagin�rio dos norte-americanos. J� foram feitos livros e document�rios e, neste ano, duas s�ries de fic��o.



“Candy”, que traz Jessica Biel no papel-t�tulo, � a primeira delas. A HBO promete, tamb�m para 2022, “Love and death”, estrelada por Elizabeth Olsen e com Nicole Kidman como produtora. 

True crime 

O epis�dio piloto de “Candy” � um primor – e uma pena que o ritmo n�o seja mantido nos quatro subsequentes. Aparentemente, � um dia normal na vida qualquer nota dos moradores de Wylie. Betty (Melanie Lynskey, irrepreens�vel) est� chateada de novo porque Allan (Pablo Schreiber) vai viajar. O beb� chora sem parar. A irrita��o e frustra��o dela chegam ao ponto de Betty ligar o aspirador de p� para abafar o choror�.

Enquanto isso, a fam�lia Montgomery est� movimentada como sempre. Candy (Biel) termina o almo�o do marido Pat (Timothy Simons), enquanto as crian�as tomam o caf� da manh�. Uma terceira crian�a, Christina (Antonella Rose), aparece � mesa. � a filha de Betty, melhor amiga de Becky (Aven Lotz), a primog�nita de Candy e Pat. 

A m�ezona tem que correr, pois precisa assistir a uma apresenta��o das crian�as e lev�-las para a aula de nata��o. Nesse meio tempo, deve passar na casa de Betty para pegar o mai� de Christina. 

Este in�cio � contado de forma lenta, com muita aten��o aos objetos de cena – o aspirador, o jornal, o tic tac do rel�gio. � tudo t�o ordin�rio e comum que fica logo claro que alguma coisa muito grave vai acontecer. E nesta espera vemos nuances das personagens. 

Candy chega � casa de Betty �s 10h – o combinado era que ela iria ao meio-dia. A contragosto, a dona da casa deixa a outra passar. E s� mais tarde, quando o tempo avan�ar, veremos Candy voltando para o carro. Cabelo molhado, cabe�a sangrando e com sangue nas m�os. 

Totalmente em choque, ela vai para a pr�pria casa, toma banho, coloca a roupa para lavar. Momentos depois, a vemos chegando atrasada ao ensaio das meninas – mas consegue lev�-las para a nata��o. E Christina com o mai� que Candy havia levado para casa.

Este � s� o primeiro epis�dio. Detalhes do crime e, principalmente, as motiva��es de Candy, s� ser�o apresentadas mais tarde. Drama policial com narrativa n�o linear, a miniss�rie vai e volta no tempo. Os epis�dios 2 e 3 trazem a vida dos Gore e dos Montgomery dois anos antes.

Vamos descobrindo as rela��es entre as personagens e o porqu� de a amizade entre Candy e Betty ter azedado. Ficamos sabendo ainda que Candy, muito antes de se tornar uma assassina, n�o era a mulher modelo que pintava para os outros. E que Betty chegou a ter uma vida antes de virar escrava do lar. 

Os dois �ltimos epis�dios tratam mais do crime e do julgamento de Candy – Justin Timberlake, marido de Jessica Biel, faz uma participa��o como o xerife encarregado do caso. O tom da s�rie muda consideravelmente na parte final, virando quase uma par�dia da vida suburbana da classe m�dia americana. O julgamento � um circo de horrores, com teorias escalafob�ticas criadas pelo histri�nico advogado de defesa (o �timo Ra�l Esparza) da r�. 

“Candy” termina de maneira d�bia. N�o deixa claro se a assassina � uma narcisista doente ou se teve um acesso de loucura. A v�tima tamb�m � apresentada de maneira d�bia: era realmente uma mulher inst�vel ou simplesmente estava numa fase infeliz?

“CANDY”
Miniss�rie em cinco epis�dios, dispon�vel no Star .


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