Em carta aberta publicada pela Folha de S�o Paulo no dia 28 de novembro de 2020, J� Soares pediu para o presidente Jair Bolsonaro ‘continuar fazendo humor e n�o a guerra’.
Na �poca, as falas de Bolsonaro sobre as amea�as de barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos em caso de descontrole de queimadas na Amaz�nia repercutiram na internet.
Bolsonaro chegou a afirmar que apenas uma solu��o diplom�tica poderia n�o ser suficiente e que “quando acaba a saliva tem que ter p�lvora”.
J� Soares, ent�o, ironizou uma poss�vel guerra contra os Estados Unidos e “recomendou” a constru��o de abrigos antia�reos em todo o territ�rio brasileiro para proteger a popula��o.
“Algu�m j� deve t�-lo informado que os Estados Unidos s�o uma na��o nuclear. Urge espalhar por todo territ�rio abrigos antia�reos. Na constru��o estamos bem servidos: basta formar um pool liderado pela Odebrecht”.
J� ainda pediu para que Bolsonaro recuasse no confronto, mas de maneira sutil para que n�o parecesse covardia ou provoca��o, e pediu para o presidente continuar fazendo humor e deixar os conflitos de lado.
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Desde o in�cio do mandato de Bolsonaro na Presid�ncia, J� escrevia cartas abertas como cr�ticas a posicionamentos e falas do presidente. Em uma delas, J� chama Bolsonaro de “o rei dos animais” e, em outra, critica a obsess�o de Bolsonaro pelo kit covid. “Que import�ncia tem a ci�ncias diante da sua imperial ignor�ncia?”.
J� Soares morreu aos 84 anos em S�o Paulo na madrugada desta sexta-feira (05/08). Ele estava internado desde 25 de julho no Hospital S�rio-Liban�s para tratar de uma pneumonia.