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Estado de Minas M�SICA

Alegria do p�blico foi a grande estrela do festival Planeta Brasil

Problemas de organiza��o do festival n�o tiraram o pique da multid�o, que cantou com 50Cent, Baco Exu do Blues, Criolo, Filipe Ret, Marina Sena e TV Tribo


26/09/2022 04:00 - atualizado 26/09/2022 04:03

Esplanada do Mineirão recebeu cerca de 100 mil pessoa
Esplanada do Mineir�o recebeu cerca de 100 mil pessoas no fim de semana, segundo estimativas iniciais do Planeta Brasil (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Se o Planeta Brasil – que prometeu fazer sua “maior edi��o de todos os tempos” – deu um show de desorganiza��o logo na abertura, no s�bado (24/9), o p�blico que enfrentou filas, atraso de apresenta��es e sol quente foi o espet�culo � parte do festival, encerrado no domingo (25/9) j� com os problemas equacionados.

Caso as estimativas da organiza��o se confirmem, cerca de 100 mil pessoas foram � Esplanada do Mineir�o no �ltimo fim de semana. Com entusiasmo contagiante, o p�blico viu o astro preferido de perto e cantou com ele, depois da “dist�ncia for�ada” imposta pela pandemia.
 
Fã de Filipe Ret canta no Mineirão
F� entusiasmada acompanha o show de Filipe Ret (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

Sem fotos de Lauryn

O festival foi encerrado, na noite de domingo, pela cantora americana Lauryn Hill, lenda feminina do rap, com apresenta��o vigorosa. O show, que come�ou com meia hora de atraso, viu o p�blico aumentar gradativamente. Fot�grafos e jornalistas foram proibidos de entrar no espa�o em frente ao palco para trabalhar.


A plateia de Lauryn foi menor do que a de 50 Cent, astro do hip-hop dos EUA da mesma gera��o dela, que cantou na noite de s�bado (24/9), atraindo verdadeira multid�o.

Fã se emociona durante show de Baco Exu do Blues no Mineirão
F� se emociona durante show de Baco Exu do Blues no Mineir�o (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Baco e DV Tribo ovacionados

Coube a Baco Ex� do Blues entregar, no Palco Sul, possivelmente o melhor show do Planeta Brasil. Ontem, o baiano regeu o p�blico de maneira digna de Mano Brown. A plateia pulava, cantava e erguia os bra�os, conforme a batuta de Baco.
Outro momento impressionante da reta final domingueira do Planeta foi a ades�o do p�blico ao show do coletivo DV Tribo, no Palco Urban.

 

Baco Exu do Blues, de costas, faz show no Mineirão
Baco Exu do Blues foi ovacionado no domingo � noite (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 


No come�o da noite, durante apresenta��o de FBC e Vhoor, o coletivo de rap – com Djonga e Oreia ao microfone – fez show, retomando o pique dos bons tempos.


O grupo, que acabou em 2018, reunia Djonga, FBC, Oreia, Clara Lima e Hot Apocalypse, entre outros artistas. Foi ali que surgiu as bases do rap de BH que vem chamando a aten��o do Brasil.


O espa�o em frente ao palco, bastante amplo, ficou pequeno para os f�s, e as rampas de acesso ao local estavam lotadas.
Baile funk no Mineir�o


Animada domingueira funk foi convocada pelo mineiro Vhoor, que mandou para a pista a colagem de samplers de sucessos do miami bass das antigas. Seu parceiro FBC brilhou no palco, cantando as faixas de “Baile”, disco da dupla que estourou nas redes sociais. O pancad�o apimentado de Mac J�lia veio a seguir.


“Ficava na porta desses eventos olhando carro, e agora t� aqui no palco”, disse FBC em dado momento, sob os aplausos da plateia.

 

FBC mostra medalha de São Jorge durante show no Mineirão
FBC exibe o S�o Jorge protetor para o p�blico que dan�ou funk e curtiu o DV Tribo durante seu show (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 


Um pouco mais cedo, o rapper carioca Filipe Rett foi ovacionado pelos f�s, reunindo p�blico compar�vel ao de 50 Cent, no fim da noite de s�bado.


Em outro palco domingueiro, encontro emocionado reuniu o anfitri�o Black Alien e o convidado Marcelo D2, velhos conhecidos dos prim�rdios da banda Planet Hemp.


Al�m de m�sicas das respectivas carreiras solo, Alien e D2 relembraram sucessos do Planet. D2 prestou tributo ao amigo, falando dos 30 anos de parceria e tamb�m lembrando outros nomes seminais em sua trajet�ria: Speed Freaks, Skunk (ambos falecidos) e BNeg�o.

 

Abraço emocionado de Marcelo D2 e Black Alien no Planeta Brasil
Abra�o emocionado de Marcelo D2 e Black Alien (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

Clima de elei��o e vaias para Bolsonaro

A uma semana da elei��o presidencial, a pol�tica compareceu � Esplanada do Mineir�o. O grupo Gilsons, formado por filhos e netos de Gilberto Gil, comandou o coro de “Lula l�” durante seu show. Na apresenta��o de Criolo, a plateia xingou o presidente Jair Bolsonaro e fez o “L” com as m�os. Marcelo D2 puxou coro contra o governador de Minas, Romeu Zema.


Criolo deu seu recado contra o racismo. “Rap, samba, funk: m�sica preta! S� pra lembrar, porque depois que faz sucesso, querem embranquecer”, disse ele, aludindo � marcante presen�a de artistas negros no Planeta Brasil.

 

o cntor Criolo
Criolo falou contra o racismo, dizendo que tentam ''embranquecer'' os negros depois que eles fazem sucesso (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 


A presen�a feminina do hip-hop foi marcada pela presen�a de MC Carol no palco de Criolo,no s�bado. Ela fez quest�o de se apresentar, apesar de o atraso do show mineiro p�r em risco sua agenda em S�o Paulo, mais tarde.


Nas redes sociais, a artista afirmou que seu respeito por Criolo � maior do que “qualquer contratante”, e observou: “Mesmo estando no meu total direito de simplesmente n�o subir ao palco quando o combinado n�o � cumprido”.

50 Cent mandou bem, apesar do empurra-empurra

Fechando o s�bado, 50 Cent, refer�ncia do hip-hop americano, cantou os sucessos de sua carreira. N�o poupou cita��es a Dr. Dre e Eminem. Entregou o show t�o esperado e mostrou que � um dos maiores do rap, aos 47 anos.


Amparado por imensa estrutura, com a qual os outros artistas n�o contaram – um palco foi montado sobre o palco –, 50 Cent atraiu o p�blico mais numeroso da abertura do festival. Por�m, houve empurra-empurra antes da apresenta��o, quando seguran�as tiraram as pessoas que estavam � frente do palco, onde foram ver o show do americano Ty Dolla $ign.


Por exig�ncia de 50 Cent, ningu�m mais poderia ficar naquele espa�o, nem os jornalistas, assim como ocorreu com Lauryn Hill. A impress�o era de que todo o esquema armado em torno do astro reverberava a equa��o antip�tica de ego e megalomania. Para se ter uma ideia, enquanto ele estava no camarote, a circula��o de v�rios acessos nas proximidades foi interrompida.

 

o rapper 50 Cent
50 Cent apresentou sucessos de sua carreira e atraiu o maior p�blico de s�bado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

Sem Poze do Rodo

A plateia fez a festa nos shows de Duda Beat, Marina Sena, Vanessa da Mata, Iza, Anavit�ria, Natiruts, J�o, Sidoka, Lagum e Chico Chico. Cerca de 100 artistas foram anunciados para os seis palcos. Problemas de organiza��o no primeiro dia levaram ao cancelamento de artistas ligados � produtora Manistream, entre eles o MC Poze do Rodo, destaque da nova gera��o do funk e do rap.

O gramado do est�dio, coberto por placas, se transformou em gigantesca rave, onde tocaram KVSH, Cat Dealers, Chemical Surf e Gui Boratto, entre muitos outros.


Destacaram-se tamb�m atra��es internacionais como Sticky Fingers, que fez show animado no s�bado, Julian Marley e o rapper americano Ty Dolla $ign.

 

Marina Sena no palco
Estrela do pop nacional, a mineira Marina Sena abriu o domingo no Planeta Brasil (foto: Planeta Brasil/divulga��o)
 

Fila na orla da lagoa

Apesar dos perrengues de s�bado, Matheus Vin�cius, desenvolvedor de sistemas, afirmou que o festival “foi show”.


“Estava meio cheio no Djonga, ent�o a gente desceu para dar uma respirada para depois ir curtir os outros. Planet Hemp curti demais, achei muito bom. Criolo n�o deu para ver porque o hor�rio n�o batia. S� a quest�o da entrada � que deixou muito a desejar. Cheguei cedo, prometeram abrir o port�o ao meio-dia, a gente foi entrar quase 15h. Ficamos numa fila que estava chegando na orla da Pampulha”, contou ele.

A funcion�ria p�blica Renata Batista lamentou ter perdido o show do Planet Hemp, no s�bado � tarde. “Eles tocaram mais cedo do que estava previsto. Tinham avisado que poderia haver mudan�a de hor�rios, mas isso deveria ter sido comunicado de modo mais claro”, disse.

A agr�noma Karine Silva veio do interior s� para ver os shows, sobretudo o de 50 Cent. “Estou apaixonada pelo Planeta Brasil, � minha primeira vez. Sou apaixonada pelo 50 Cent, tamb�m sou encantada com Criolo, encantada com Djonga”, revelou.

 

Duda Beat canta no palco
Duda Beat abriu o festival no s�bado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

Vendas casadas

O festival chegou � 10ª edi��o com estrutura impressionante e boa qualidade de som. Os problemas marcaram o s�bado, mas ontem o p�blico p�de aproveitar com tranquilidade os shows. Por�m, teve de pagar caro pela comida e pela bebida, o que n�o � surpresa em eventos do g�nero.

Para adquirir cerveja a R$ 15, por exemplo, era necess�rio comprar o copo a R$ 10, apesar da proibi��o da venda casada de produtos.


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