Bar�o Vermelho festeja 40 anos com novos EPs e abre seu palco para novatos
Banda gravou hits, can��es do lado b e a pr�pria vers�o de 'Exagerado', de Cazuza. Grupo seleciona roqueiros para abrir sua turn� em v�rias partes do Brasil
Maur�cio Barros, Rodrigo Suricato, Guto Goffi e Fernando Magalh�es avisam que banda est� "de vento em popa" nos palcos do Brasil (foto: Marcos Hermes/Divulga��o)
Completando 40 anos de estrada, o Bar�o Vermelho est� a todo vapor. E manda para as plataformas digitais o EP “Blues e baladas”, acompanhado de “Ac�stico”, “Cl�ssicos” e “Sucessos”, formando a cole��o que ser� lan�ada separadamente pela NBV, empresa da banda carioca.
O tecladista Maur�cio Barros conta que “Blues e baladas” traz sucessos que n�o podem faltar de maneira alguma nos shows. “S�o blues e um set ac�stico com m�sicas que a banda n�o toca h� algum tempo. Deve ser o EP mais cultuado pelo f� hard do Bar�o”, comenta.
O recorte traz m�sicas como “Guarda essa can��o” (Dulce Quental e Frejat), do disco “Carne crua”, lan�ado em 1994, e “Down em mim”, com letra de Cazuza.
A atual forma��o re�ne Rodrigo Suricato (guitarra, viol�o e voz), Fernando Magalh�es (guitarra e viol�o) e Guto Goffi (bateria), al�m de Maur�cio Barros (teclados e vocais).
''N�o � f�cil voc� se reinventar. O Bar�o estava h� aproximadamente 15 anos sem lan�ar um disco de m�sicas autorais. Ent�o, voc� pega a� uma gera��o que ficou distante da obra da banda. Ela conhece a obra do Cazuza, conhece o Bar�o, mas ficou uma coisa l� atr�s''
Maur�cio Barros, tecladista
Festa de anivers�rio no palco
A banda festeja suas quatro d�cadas a partir do primeiro disco, “Bar�o Vermelho”, lan�ado em 1982 pela gravadora Som Livre. “Resolvemos partir para uma turn�, correndo o Brasil para celebrar a data. Estivemos recentemente em BH, mas em show fechado. Vamos tentar nova data para voltar � capital mineira, desta vez em show aberto”, diz o tecladista.
Uma das apresenta��es ao vivo da banda foi transformada em s�rie de quatro epis�dios exibida recentemente pelo Canal Bis. “Tem o segmento ac�stico neste show e os outros el�tricos. Dividimos a parte el�trica em tr�s EPs. J� lan�amos o de sucessos, que teve a presen�a do Frejat cantando ‘Pro dia nascer feliz’”, explica o tecladista.
“Cl�ssicos” vai chegar agora em outubro. “Esse tem nosso lado B e alguns hits. Em dezembro, vamos reunir os tr�s EPs e lan�ar o ‘Bar�o 40 ao vivo’, que ter� faixa extra de b�nus track”, informa Barros.
A maioria das faixas foi composta pelos integrantes da banda, mas h� tamb�m hits vindos de outros autores, como � o caso de “Amor, meu grande amor”, de Angela Ro Ro e Ana Terra, que o grupo gravou e regravou.
De Cazuza, o novo projeto traz “Exagerado”, que a banda nunca havia registrado. “V�nhamos tocando esta can��o em alguns shows e agora resolvemos grav�-la, com um arranjo muito bacana”, conta ele.
Cazuza (1958-1990), ali�s, era destaque do Bar�o de Vermelho em sua primeira fase, ao lado de Frejat, Guto Goffi, D� Palmeira e Maur�cio Barros. “Infelizmente, o Cazuza n�o est� mais aqui. A gente se sente muito � vontade para represent�-lo e tocar as m�sicas dele. Nada mais natural do que manter as can��es dele mais vivas do que nunca”, comenta Barros.
Bar�o d� uma for�a aos novos talentos do rock
O tecladista revela uma novidade nesta celebra��o dos 40 anos. O Bar�o vai oferecer espa�o em seu palco para novas bandas de todas as partes do pa�s.
“Abrimos nossas m�dias sociais para que elas se inscrevam e possamos escolher uma para abrir os nossos shows. Queremos dar espa�o para a nova gera��o, que nem sempre tem esse espa�o, e tamb�m para que elas toquem com estrutura bacana, para um p�blico maior”, explica Barros.
� uma forma que os veteranos encontraram de divulgar os novatos. “Abrimos nossos stories nas m�dias sociais, nos quais divulgamos as bandas (#euqueroabriroshowdobarao). Vamos levar esses grupos para a turn� ‘Bar�o 40’. Em todos os lugares onde formos tocar, faremos a promo��o. Escolheremos uma banda local para abrir o nosso show”, diz o tecladista.
Maur�cio espera que outros artistas e grupos adotem essa ideia. “Poderia virar algo constante, dando espa�o para novos talentos n�o s� de rock, mas de qualquer estilo”, explica. O tecladista refor�a que projetos assim s�o comuns no exterior, “seja no jazz, rock, folk ou na m�sica country.”
Guto Goffi, Frejat, Cazuza, Maur�cio Barros e D� Palmeira na capa do primeiro disco do Bar�o Vermelho (foto: Reprodu��o)
Reinven��o p�s-Cazuza e Frejat
Maur�cio Barros diz que foi um desafio para a banda perder Cazuza, em 1985, e Frejat, em 2017, quando ambos decidiram se dedicar �s respectivas carreiras solo.
“N�o � f�cil voc� se reinventar. O Bar�o estava h� aproximadamente 15 anos sem lan�ar um disco de m�sicas autorais. Ent�o, voc� pega a� uma gera��o que ficou distante da obra da banda. Ela conhece a obra do Cazuza, conhece o Bar�o, mas ficou uma coisa l� atr�s. Primeiro, passamos isso com o Cazuza. Foi um baque, a gente j� estava ensaiando um repert�rio com ele. Chegamos a ensaiar 'Exagerado' para gravar no nosso quarto disco e a� ele saiu”, relembra.
Depois disso, Frejat assumiu os vocais, com sucesso. Mas o cantor e compositor tamb�m decidiu pela carreira solo. “A gente compreendeu, sab�amos que essa era a escolha dele”, diz Maur�cio. “Chamamos o Rodrigo Suricato e ele topou, disse que era superf� da banda. Ele at� costuma dizer que o Bar�o n�o � a banda preferida dele, mas o time dele.”
Maur�cio observa que Suricato, que chegou em 2017, trouxe “frescor para a alma do Bar�o”, refor�ando que al�m da “grande capacidade vocal”, ele tamb�m “toca guitarra muito bem”.
Outra “aquisi��o” importante foi Fernando Magalh�es, em 1987. “O Frejat disse no document�rio 'Por que a gente � assim', lan�ado pela Conspira��o h� alguns anos, que n�o conseguia ouvir mais o som do Bar�o sem a guitarra do Fernando”, comenta Barros.
O tecladista diz que tantas mudan�as, apesar de dif�ceis, fazem parte da hist�ria da banda. E avisa: “Estamos de vento em popa, muito felizes mesmo, de novo na estrada.”
(foto: Reprodu��o)
“BLUES E BALADAS”
• EP da banda Bar�o Vermelho
• Dispon�vel nas plataformas digitais
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