
“O mercado chin�s n�o era algo que eu imaginava para os pr�ximos anos. Com o pa�s se reabrindo, virou um local que vou desenvolver alguns projetos. Tenho acompanhado, e est� bem frut�fero”, revelou em entrevista exclusiva ao Estado de Minas. Para o DJ, a China � um “lugar fascinante e cheio de pot�ncias sonoras”.
Em 2018, Alok fez uma turn� na China com 15 apresenta��es, com uma plateia de mais de 45 mil pessoas em cada show. “J� estive por l� [China] algumas vezes e consigo perceber a diferen�a cada vez que visito o pa�s. Antes era um mercado bastante restrito”, conta.
O DJ est� com shows marcados pela �sia, mas sem datas em cidades chinesas, por causa da restri��o do governo a artistas estrangeiros, exigindo que eles fiquem em isolamento por dez dias. “Como o pa�s ficou muito tempo fechado, sem receber turistas, isso fez eclodir novos talentos musicais. Hoje tem muitos DJs chineses”, afirma.
Apesar das restri��es, Alok conta que se sente “bastante querido” na China. “Lembro de ficar admirado em ter conseguido chegar l� e ver meu nome nos outdoors”, comenta. O DJ afirma que os f�s chineses s�o diferentes do p�blico brasileiro. “Por exemplo, na hora de pedir uma foto ou aut�grafo, eles esperam a gente chamar ou autorizar para vir”, comenta.
Alok explica que o investimento na �sia n�o estava em seu planejamento original, mas est� “surfando na onda”, conforme a resposta do mercado. Por isso, o continente ter� uma “aten��o maior nos projetos art�sticos nos pr�ximos anos”.
Parcerias internacionais
A m�sica "All by myself'' � o carro-chefe para a nova fase da carreira internacional dele. O trabalho foi lan�ado no �ltimo dia 7 de outubro e j� superou a marca de 6 milh�es de plays. O artista brasileiro pretende gravar um videoclipe para a can��o no Brasil.
“As hist�rias por tr�s de cada uma das m�sicas que fa�o s�o curiosas”, brincou o DJ. E com ‘All by myself’ n�o poderia ser diferente. A can��o come�ou a ser idealizada em 2021, quando a pessoa respons�vel pela estrat�gia dos lan�amentos internacionais de Alok recebeu uma capela com o vocal da Ellie.
“Eu comecei a trabalhar em cima disso, mas parei, achei que n�o estava ficando da forma que gostaria. Tempos depois, revendo meus arquivos eu me deparei com a m�sica novamente”, contou o DJ.
Foi ent�o que ele teve a ideia de usar a melodia da m�sica ‘Enjoy the silence', do Depeche Mode, no trabalho, j� que gosta muito da can��o. “Achei que ficou perfeito”, disse. Logo depois, Alok conseguiu os direitos autorais para usar o sample em ‘All by myself’ e come�ou a remixar.
A m�sica do DJ brasileiro foi inspirada na comunica��o interpessoal das pessoas durante a pandemia. At� o processo de cria��o e produ��o com Ellie e Sigala foi online. “T�nhamos um grupo de WhatsApp, mas muito se deu na troca de emails”, contou Alok.
O brasileiro foi “modulando” partes da can��o para que os parceiros tamb�m ficassem satisfeitos com o trabalho final. “Foi um processo leve, tranquilo”, pontuou. O DJ conta que o Sigala “somou” no processo de mixar o sample de “Enjoy the silence” na batida de “All by myself”.
A can��o ser� o foco do trabalho do artista nos pr�ximos meses. “� uma m�sica que tem potencial mundial, tem o pop da Ellie, mas tem o eletr�nico meu e do Sigala”, afirma.
“Uma coisa interessante foi a Ellie dar a liberdade para fazermos algo com uma pegada mais eletr�nica mesmo, acho que pela experi�ncia dela em trabalho com outros DJs”, revelou. A brit�nica j� trabalhou com Calvin Harris, por exemplo, no hit “Outside”, e Major Lazer em “Powerful”.
Alok afirma que uma apresenta��o ao vivo com os tr�s artistas � dif�cil de acontecer, mas pode virar realidade, a depender do desempenho da m�sica.