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Estado de Minas LITERATURA

Livraria Quixote abriga dobradinha de lan�amento de revistas

Novas edi��es da "Marimbondo" e da "Chama", voltadas para a produ��o de novos autores de BH, ser�o lan�adas nesta sexta (25/11) e s�bado, respectivamente


25/11/2022 04:00 - atualizado 24/11/2022 21:02

Diversos exemplares da revista Marimbondo dispostos em mesa
Fundada h� 10 anos, a "Marimbondo" tem foco nas intera��es entre a literatura e a cidade, em sua sexta edi��o (foto: Rafael Motta/Divulga��o)

Miradas distintas e ao mesmo tempo convergentes sobre o ambiente liter�rio de Belo Horizonte guiam duas publica��es – as revistas “Marimbondo” e “Chama” – que ser�o lan�adas, respectivamente, nesta sexta-feira (25/11) e no s�bado (26/11), na Livraria Quixote.

Criada pelas jornalistas Carol Macedo e J�lia Moys�s em 2012, a “Marimbondo” chega � sua sexta edi��o. J� a “Chama”, surgida em 2016, por iniciativa da tamb�m jornalista Fl�via Denise, est� na terceira edi��o. Ambas re�nem textos diversos tanto de suas editoras quanto de autores convidados ou pessoas que se apresentam dispostas a contribuir.

O novo n�mero da “Marimbondo” traz como eixo tem�tico as intera��es poss�veis entre a literatura e a cidade. “Quando a gente fala dessa intera��o, podemos pensar numa literatura que pertence � cidade, que � produzida pela cidade ou que versa sobre a cidade. Pedimos aos colaboradores que contemplassem esses tr�s sentidos ou outros tantos que quisessem propor”, diz Carol.

De pé, Flávia Denise segura exemplar da revista chama
Fl�via Denise � a idealizadora e editora da revista "Chama", que chega � sua terceira edi��o (foto: Revista Chama/Divulga��o)

Outros olhares 

A editora observa que o processo de produ��o da “Marimbondo” � singular, na medida em que a revista nasce enquanto vai sendo feita. “A gente pode chegar com um tema, uma abordagem, mas, nas conversas, eventualmente surgem outras quest�es, outras pautas, e, �s vezes, o jornalista convidado pode entregar uma coisa que vai por outro caminho”, aponta.

Cada edi��o tem um ponto de partida, segundo Carol, para que se tente, em alguma medida, fazer uma esp�cie de cartografia do tema proposto. Ela ressalva, no entanto, que existe a inten��o de n�o focar em uma �nica dire��o. “Temos um primeiro esqueleto, mas, a partir dos encontros, os olhares diversos s�o verdadeiramente somados”, afirma.

Como de costume, a sexta edi��o da “Marimbondo” tamb�m conta com editores convidados – no caso, Renato Negr�o, poeta e artista da palavra e da imagem, e Pedro Kalil, doutor em teoria da literatura e literatura comparada (UFMG), professor e escritor. “Juntos, compartilhamos reflex�es sobre literatura e sobre a cidade, nossas inquieta��es e perguntas sobre o que vimos, lemos e ouvimos nos �ltimos tempos”, destaca a editora.
 
Ela considera que, ao longo desses 10 anos de publica��o, a “Marimbondo” conseguiu manter os dois pilares propostos logo no momento de sua concep��o. Um deles � a abordagem dos temas levantados de forma alentada, com um tempo pr�prio, que possibilita a reflex�o e o aprofundamento.

O outro pilar � a interse��o de editorias. “�s vezes a gente quer falar de alguma manifesta��o cultural e isso envolve economia, pol�tica, direito � cidade, ent�o pensamos nesses atravessamentos”, diz. Segundo a editora, no pr�ximo ano, outros dois n�meros da revista vir�o � luz, orientados pelos temas arquitetura e boemia.

Convoca��o p�blica

Diferentemente da “Marimbondo”, a revista “Chama” chega a um assunto prevalente a partir dos textos enviados. Fl�via Denise explica que � feita uma convoca��o p�blica nos meios liter�rios de Belo Horizonte, para que as pessoas apresentem textos sobre os assuntos que bem entenderem. A sele��o do que entra na publica��o � que estabelece sua tem�tica.

“A gente faz a leitura, v� quais textos est�o legais para publicar e identifica nesse conjunto quais abordagens est�o emergindo. � um modo de fazer que d� muito mais trabalho, porque a gente tem que entender o fio condutor dos textos, mas isso nos d� uma amplitude maior de possibilidades”, pontua.

Para esta edi��o, a curadoria da “Chama” recebeu mais de 250 propostas e, desse conjunto, 20 foram selecionadas. Anticapitalismo e estranhamento foram os temas prevalentes, expressos sob diferentes formas. Eles comportam, segundo a editora, olhares sobre os �ltimos anos vividos no Brasil e no mundo, marcados por pandemia, guerra, crise financeira, avan�o da extrema direita e situa��o de crise clim�tica, entre outros.

Vitrine liter�ria 

Fl�via Denise acredita que a revista vem cumprindo o prop�sito para o qual foi criada, que � dar visibilidade para a pujante produ��o liter�ria de Belo Horizonte, que tem se tornado mais vis�vel ao longo dos �ltimos anos, mas ainda carece de canais de escoamento. “Hoje eu entendo que a cidade tem uma cena liter�ria muito rica e diversa, mas que ainda est� um pouco escondida”, diz.

Ela aponta que a cria��o da “Chama” foi “uma coisa meio interesseira”, que ia ao encontro de seu desejo de ler autores da capital que tivessem contato com a sua realidade. “Eu tinha a vontade de que as pessoas pudessem publicar. A revista liter�ria tem um car�ter experimental, � o espa�o para contar hist�rias, e a ideia era oferecer espa�o para que isso se realizasse”, afirma.

“MARIMBONDO” E “CHAMA”

Lan�amento das revistas liter�rias, respectivamente nesta sexta-feira (25/11), das 18h �s 21h, e s�bado (26/11), a partir das 13h, na livraria Quixote (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi).







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