Pablo Neruda morreu num hospital de Santiago do Chile, 12 dias depois de Pinochet assumir o poder atrav�s de um golpe de Estado
Sergio Larrain/O Cruzeiro/Arquivo EM - 1958
O poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973) foi envenenado com clostridium botulinum, bact�ria que causou sua morte em 1973, dois anos ap�s vencer o Nobel de Literatura. � o que conclu�ram os especialistas convidados para formar o terceiro painel dedicado a estudar a causa da morte do escritor.
Neruda morreu em 23 de setembro na Cl�nica Santa Mar�a, em Santiago do Chile, 12 dias depois de Pinochet assumir o poder atrav�s de um golpe de Estado. A causa da morte alegada no atestado de �bito, c�ncer de pr�stata, foi descartada por uma investiga��o aberta pela Justi�a em 2011, mas voltou a ser defendida em 2013 pelo primeiro painel de especialistas que se debru�ou sobre o caso.
Mas a hist�ria volta a mudar. A ag�ncia Efe divulgou um depoimento do sobrinho de Neruda, Rodolfo Reyes, que adianta o resultado da nova investiga��o, conduzida por um painel internacional de cientistas que analisou exames efetuados em laborat�rios da Dinamarca e do Chile.
Segundo o jornal espanhol El Pa�s, as conclus�es ser�o divulgadas oficialmente nesta quarta-feira (15/2), quando o relat�rio ser� entregue � ju�za Paola Paza.
"Posso dizer porque vi os relat�rios", disse Reyes. "Digo isso, como advogado e sobrinho, com muita responsabilidade. A ju�za ainda n�o pode comentar nada ainda, porque ainda n�o tem todas as informa��es". Reyes comenta o resultado da investiga��o que determinou que uma toxina encontrada em 2017 nos restos de Pablo Neruda foi injetada nele.
PROVAS
"� o que esper�vamos, porque o painel de 2017 (o segundo) j� tinha encontrado clostridium botulinum (nos restos do poeta). Mas n�o sabia se era end�geno ou ex�geno, ou seja, se era interno ou externo", disse. "E agora comprovamos que era end�geno e que foi injetado."
A ju�za Paola Plaza dever� analisar as novas provas cient�ficas apresentadas pelo relat�rio e determinar se existe raz�o para abrir um processo judicial sobre a interven��o de terceiros na morte do poeta.
*Para comentar, fa�a seu login ou assine