Linda Ramalho lan�a EP com "Eternas ondas", can��o de seu pai Z� Ramalho

Filha mais nova do paraibano Z� Ramalho, a cantora e compositora carioca Linda Ramalho, de 28 anos, lan�a nas plataformas digitais o EP “Adrenalina”. O disco traz tr�s m�sicas autorais – “Nothing to hide”, “Same bad” e “Adrenalina” –, al�m de “Eternas ondas”, m�sica composta por seu pai, sucesso na voz do cearense Fagner, em 1980.  Com  Linda (voz), participaram das grava��es Jo�o Guilherme (contrabaixo), Caco Braga (bateria) e China (guitarra).

Produzido pelo pr�prio Z� Ramalho, Linda conta que isso foi marcante. “Quando gravei ‘Nothing to hide’ sa� do est�dio com amigos, cheguei em casa ao amanhecer. Meu pai acordou, escutou a faixa e bateu na porta do meu quarto. Quando abri, ele estava com o maior sorriso. E, de bra�os abertos, me disse: ‘Voc� fez um lance incr�vel, est� a sua cara, parece bandas como Sex Pistols e Nirvana’. Nunca o vi t�o orgulhoso e, naquele momento, fui a pessoa mais feliz do mundo.”

Linda lembra que as duas m�sicas compostas em ingl�s foram feitas durante a pandemia. Ela ressalta que “Nothing to hide” � uma can��o sobre pessoas t�xicas, que querem sugar a energia das outras. “J� ‘Same bad’ fala sobre como foi dormir tanto tempo, sempre na mesma cama, naquele per�odo pand�mico, no qual ficamos confinados em nossas casas, nos nossos quartos e sem poder sair.”

Quando comp�e, Linda, geralmente, faz a letra primeiro, depois pega o viol�o para compor a melodia. “No caso de ‘Nothing to hide’, foi o contr�rio. Acontece muito das melodias virem � minha cabe�a, antes de dormir e foi o que aconteceu. Depois, fui desenvolvendo o tema, coisa que geralmente fa�o em conjunto com o baixista Jo�o Guilherme, que tamb�m � meu professor de viol�o e teoria musical. J� a melodia de ‘Adrenalina’ � dele. Na verdade, eu j� tinha a letra pronta e mostrei pra ele que foi compondo a melodia ao viol�o. � uma parceria nossa.”

Linda conta que, antes do EP, ela j� havia feito duas lives, com a participa��o do Z� Ramalho. “Na primeira, cantamos ‘Voa voa’, que � uma m�sica dele que eu j� tinha feito uma releitura de rock. Na segunda, a gente fez ‘Ch�o de giz’.”

Sobre releituras, a artista admite que gosta. “Na verdade, sempre gostei. H� alguns anos tive uma banda chamada Linda and The Spacehearts, na qual pegava m�sica punk e grunge e cantava do meu jeito, fazendo algumas modifica��es nos arranjos. Comecei minha carreira musical com essa banda. Nunca fiz cover, porque isso � imitar o original. Na vers�o, voc� faz a sua interpreta��o, ou seja, d� a sua roupagem.”

Segundo Linda, “o grande lance” � pegar as m�sicas de Z� Ramalho e fazer uma vers�o rock. “S� que isso tem que ser muito bem pensado, n�o � sair por a� fazendo qualquer coisa. Cada m�sica tem seu estilo, por exemplo, estamos fazendo um arranjo de punk rock para a can��o ‘Beira-mar’. J� em ‘Frevo mulher’ estamos pensando em fazer um ska. Essas duas n�o est�o dispon�veis no EP, mas j� est�o no nosso show. ”

A artista revela que ainda pretende gravar um �lbum, cujo nome j� est� escolhido: "Linda Ramalho canta Z� Ramalho". “Gosto de todas as can��es do meu pai, por�m mais de ‘Frevo mulher’ e ‘Galope rasante’. Nessa �ltima, a nossa vers�o est� muito legal. Tive uma fase que a minha preferida era ‘Garoto de aluguel’, mas esse �  um projeto mais para o futuro. Agora estou focada no lan�amento do EP. Gravei, recentemente, o clipe de ‘Adrenalina’ que sair� em breve. O lance � fazer v�deos, pois tem mais intera��o com a gera��o TikTok.”

Ela revela tamb�m que n�o tem a pretens�o de fazer uma releitura de “Avohai”. “N�o pretendo porque acho que essa can��o s� fica bem na voz dele, � ele ali. Quando tentei cantar, observei que n�o encaixou. Quando vou tirar uma m�sica do meu pai, gosto sempre de perguntar para ele a origem da letra. No caso de ‘Eternas ondas’, o baterista e o baixista fizeram o backing vocal, subindo suas vozes no refr�o. Mas meu pai falou: ‘Voc�s t�m que gravar de novo, mas agora fazendo o vocal para baixo' e ficou muito melhor mesmo."

.EP de Linda Ramalho

.4 faixas

.Dispon�vel nas plataformas digitais