Belafonte sorri no Festival Internacional de Berlim, em 2011

Belafonte no Festival Internacional de Berlim, em 2011

John MACDOUGALL / AFP
Harry Belafonte, o astro que introduziu os ritmos caribenhos na m�sica americana e defensor dos direitos dos negros, morreu nesta ter�a-feira (25) em Manhattan, aos 96 anos, informou a imprensa local.

Nascido no Harlem, filho de m�e jamaicana e pai franc�s da Martinica, o ator e int�rprete de calipso passou a maior parte de sua inf�ncia na Jamaica antes de retornar a Nova York, uma mistura de culturas que influenciou sua m�sica e sua luta pela igualdade racial.

O calipso de Belafonte, um g�nero de m�sica caribenha que bebia das influ�ncias da �frica Ocidental e da Fran�a, o levou � fama durante a prosperidade e crescimento das cidades ap�s a Segunda Guerra Mundial.

Seu terceiro �lbum, com o t�tulo "Calypso", de 1956, foi o primeiro LP a vender mais de um milh�o de c�pias nos Estados Unidos.

O �lbum inclu�a a m�sica que virou a can��o emblem�tica de Belafonte, "Day-O (The Banana Boat Song)". Baseada em uma melodia popular jamaicana, Belafonte canta com sotaque caribenho: "Stack banana 'til de morning come / Daylight come and we wan go home".

Harry Belafonte em entrevista concedida em Paris, em 1976

Harry Belafonte em entrevista concedida em Paris, em 1976

PRESSENS BILD / AFP

Belafonte ironizou as sugest�es de que a can��o era simplesmente uma m�sica de dan�a para que as pessoas se sentissem bem e a classificou de rebeli�o dos trabalhadores que exigiam sal�rios justos.

Ainda no in�cio da carreira, Belafonte n�o fugiu das pol�micas. Em 1957 ele protagonizou o o filme "Ilha nos Tr�picos", no qual interpretou um pol�tico em uma ilha fict�cia envolvido em um relacionamento inter-racial.