Musical sobre cantoras ic�nicas estreia em BH nesta sexta (28/4)

Apresentar um grande desfile de sucessos eternizados por cantoras de diferentes �pocas e estilos, que abarca quase um s�culo de m�sica. Essa � a proposta do espet�culo “Elas brilham – Vozes que iluminam e transformam o mundo – Doc.musical”, que chega a Belo Horizonte nesta sexta-feira (28/4) e cumpre temporada, com um total de cinco sess�es, at� o pr�ximo domingo, no Grande Teatro do Sesc Palladium.

Em cena, sete atrizes-cantoras interpretam m�sicas lan�adas por mulheres que se destacaram em diferentes g�neros. Ao longo de sete blocos, obras ic�nicas de �ngela Maria, Aretha Franklin, Tina Turner, Elis Regina, Whitney Houston, Madonna e Beyonc� s�o costuradas, por meio de registros documentais, com can��es que ficaram famosas nas vozes de v�rias outras cantoras – o que justifica o “Doc.musical” do subt�tulo do espet�culo.

Trata-se de um modelo c�nico h�brido, concebido pelo diretor e produtor Frederico Rede e pelo roteirista Marcos Nauer. Antes de chegar a “Elas brilham”, eles apostaram nesse misto de teatro, musical e document�rio, com o uso de recursos audiovisuais, no espet�culo “60! D�cada de arromba” e “70! D�cada do Divino Maravilhoso”. Atualmente, a dupla est� trabalhando numa encena��o que focaliza a d�cada de 1980.

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“S�o projetos paralelos. Tem esse que conta a hist�ria da m�sica brasileira e mundial, com um recorte temporal, por d�cadas, e tem o ‘Elas brilham’, que trabalha o mesmo mote a partir de um conceito – no caso, a voz feminina – e com um recorte de g�neros musicais”, diz Nauer. Ele explica que o espet�culo que chega a BH neste fim de semana surgiu de uma vontade sua de falar das grandes vozes femininas que tocam e tocaram o cora��o das pessoas.

G�neros musicais

“Parti para uma pesquisa pensando em como contar sobre a voz da mulher durante um per�odo longo de tempo. Chegamos, eu e Frederico, em um consenso, que � esse: falar, por meio de diversas formas de express�o, dos grandes g�neros musicais, destacando as mulheres que brilharam em cada um e como transformaram a m�sica mundial”, destaca.

Ele observa que, considerando as cantoras que s�o o eixo de cada bloco e aquelas que s�o citadas ou lembradas por meio de registros – hist�ricos ou atuais –, tem-se um painel muito ecl�tico, que “vai do soul de Aretha Franklin ao rock de Rita Lee; de Elis Regina �s composi��es de Dona Ivone Lara; da voz eterna de Whitney Houston aos hits de Madonna; do feminejo de Mar�lia Mendon�a at� o pop de Anitta, Iza e Beyonc�”.

O espet�culo abarca, no total, cerca de 70 n�meros musicais, segundo o roteirista. Ele observa que n�o se trata de covers; n�o h� propriamente uma interpreta��o de personagens. As mulheres do elenco – Sabrina Korgut, Ivanna Domenyco, Jullie, D�bora Pinheiro, Ludimillah Anjos, Analu Pimenta e Ester Freitas – se express�o com suas pr�prias vozes, sem tentar emular as homenageadas.

“S�o sete mulheres que t�m uma identidade pr�pria bastante autoral. O espet�culo foi criado coletivamente com essas atrizes-cantoras. A escolha dos repert�rios que apresentam partiu da viv�ncia de cada uma, da proximidade com a obra de cada homenageada, tendo como orienta��o apenas contemplar g�neros distintos. E, dentro de cada g�nero, a gente conhece a hist�ria de outras cantoras, como Rita Lee, Gal Costa ou Clementina de Jesus”, diz Nauer.

Ele chama a aten��o para o fato de que, mais do que um tributo �s cantoras, “Elas brilham” reverencia todas as mulheres que tiveram destaque em diferentes �reas de atua��o. “A� entra tamb�m a parte documental, com v�deos lembrando de grandes poetisas, ativistas, cientistas, enfim, grandes mulheres que mudaram a forma de a gente pensar o mundo”, diz o roteirista. Ele destaca que, num dado momento, as pr�prias atrizes-cantoras se colocam em cena despidas de qualquer papel ou da responsabilidade de defender o repert�rio de uma grande cantora.

“As atrizes d�o depoimentos, se apresentam ao p�blico, contam suas hist�rias, falam de sua forma��o e do porqu� estarem ali, para que as pessoas saibam tamb�m quem s�o essas mulheres. � um momento muito forte do show, de muita entrega”, comenta.