Atores do grupo maria cutia em cena  do espetáculo Mundos

"Mundos", como atores do Maria Cutia, mostra ao p�blico tradi��es brincantes da Col�mbia, Tonga, Fran�a, Benin, Indon�sia, Jap�o, Holanda e Brasil

Tati Motta/divulga��o
Em um passeio pelos continentes, a pe�a “Mundos” convida o p�blico para embarcar em uma viagem pelas tradi��es brincantes da Col�mbia, Tonga, Fran�a, Benin, Indon�sia, Jap�o, Holanda e, claro, Brasil. Ocupando diversos espa�os da cidade de Belo Horizonte, com trilha sonora executada ao vivo, os atores se aproximam do p�blico e criam um di�logo com a plateia, enquanto realizam um resgate do olhar da inf�ncia.

Na apresenta��o, os atores brincam com imagens de tangram, traca traca, talheres, barcos e mares de tecidos, enquanto os brinquedos se mesclam �s m�sicas t�picas de cada pa�s, ressignificando o contato com estes objetos de forma leve e l�dica. Em cena, artistas tamb�m manipulam uma grande caixa circular que representa a Pangeia e funciona como cen�rio itinerante da pe�a.

� assim que o novo espet�culo do grupo Maria Cutia estreou no palco do Sesc Palladium e agora cumpre agenda de apresenta��es gratuitas, que acontecem fora do eixo Central da capital. Mariana Arruda e Leonardo Rocha, atores e fundadores da companhia de teatro, falam sobre o novo trabalho.

“N�s moramos em uma cidade enorme e, �s vezes, acabamos vendo o teatro s� no Centro, j� que as grandes salas est�o localizadas nesta regi�o. A gente tinha essa vontade de que o teatro chegasse a outros espa�os e  que as pessoas pudessem ver esse espet�culo perto da casa delas, de uma forma mais corriqueira e descompromissada”, explica Mariana.

Trilha sonora

Acompanhados dos m�sicos Tinho Menezes e Felipe Fleury, que se revezam ao vivo com oito instrumentos, al�m de Mariana e Leonardo, Hugo da Silva e D� Jota Torres encaram o desafio de cantar em v�rias l�nguas. Nenhuma das can��es foram traduzidas para o portugu�s e os atores se aventuram nas pron�ncias do congol�s, japon�s e holand�s.

“Durante o processo de cria��o do espet�culo, n�s fomos descobrindo cada uma das m�sicas de forma diferente. Algumas foram diretamente com pessoas que apresentaram essas faixas para gente e outras que vieram atrav�s de pesquisa”, detalha Leonardo.

Os atores contam que estudaram as tradu��es de cada uma das letras, mas o que elas dizem n�o � necessariamente ilustrado nas cenas. Isso porque muitas vezes os os temas que elas tratam n�o possuem liga��o com a cultura brasileira. Os movimentos corporais e a manipula��o dos objetos s�o o fio condutor da encena��o.

“A melodia das m�sicas vai sugerindo essa atmosfera pra gente mais do que as letras. Ent�o, a composi��o em si n�o tem muito a ver com a com o que � mostrado em cena, mas os dois trabalham com esse universo da crian�a”, afirma Mariana.

N�s moramos em uma cidade enorme e, �s vezes, acabamos vendo o teatro s� no Centro... A gente tinha essa vontade de que o teatro chegasse a outros espa�os e que as pessoas pudessem ver esse espet�culo perto da casa delas, de uma forma mais corriqueira e descompromissada

Mariana Arruda, atriz e fundadora do Maria Cutia


Figurino

O grupo se apresenta usando figurinos criados para a apresenta��o e que re�nem recortes de pe�as t�picas de v�rias partes do mundo. Ao lado da banda ao vivo, os atores cantam, enquanto realizam jogos com objetos e brinquedos, em um resgate da crian�a interior de cada um. Ao longo das sete cenas, brinquedos e objetos s�o ressignificados, assumindo novas fun��es.

A dupla afirma que os atores em cena n�o interpretaram personagens infantis, o ator est� em cena como ele mesmo, resgatando o seu olhar brincador e suas pr�prias experi�ncias na inf�ncia.

Ap�s a estreia no teatro, o Maria Cutia, segundo Leonardo, est� animado para levar o espet�culo para a rua: “Agora come�a um processo de descobrir o teatro fora de sala, criar com o p�blico as nuances e os detalhes que s� acontecem ao vivo. Vamos ocupar espa�os totalmente diferentes e com p�blicos diferentes tamb�m”.

Democratiza��o

“Mundos” � a d�cima montagem do grupo que nasceu em Belo Horizonte e atua h� 16 anos pela democratiza��o do teatro, levando os espet�culos para locais p�blicos com o objetivo de realizar trocas com o p�blico. “Ao longo desse tempo fomos nos reinventando, os espet�culos se transformaram com nossos estudos de teatro e o nosso aprofundamento na linguagem da palha�aria e da linguagem musical”, relembra Mariana Arruda.

“A gente come�ou a ideia do Maria Cutia pensando em ir de encontro com o p�blico para brincar mesmo fazendo esse encontro em que todo mundo d� as m�os e se diverte. Esse esp�rito do encontro e do envolvimento da gente com o p�blico se mant�m no nosso trabalho at� hoje”, completa a atriz.

“MUNDOS”
Espet�culo com o grupo Maria Cutia. Entrada gratuita. Nesta sexta (28/4), �s 14h, no Centro Cultural Vila Santa Rita (Rua Ana Rafael dos Santos, 149 – Vila Santa Rita). S�bado (29/04), �s 11h, no  Centro Cultural Venda Nova (Rua Jos� Ferreira dos Santos, 184 – Jardim dos Comerci�rios). 
Outras datas:
.6 de maio, �s 17h, no ZAP 18 (Rua Jo�o Donada, 18 – Santa Terezinha)
.7 de maio, �s 17h, na Casa de Candongas (Avenida Cachoeirinha, 2.221 – Santa Cruz)
.13 de maio, �s 10h30, no Parque Ecol�gico Roberto Burle Marx  (Av. Ximango, 809 – Fl�vio Marques
 Lisboa / Serra do Curral)

*Estagi�ria sob a supervis�o da subeditora Tet� Monteiro