Linha Direta: relembre casos marcantes antes da reestreia na Globo

Programa policial que foi ao ar de 1999 a 2007 na Globo sob o comando de Marcelo Rezende e Domingos Meirelles, o Linha Direta ganha uma nova vers�o agora sob o comando do jornalista e apresentador Pedro Bial.

 

Exibido originalmente em 1990 com H�lio Costa � frente, o Linha Direta se notabilizou por ser a forma que a Globo encontrou de enfrentar a guerra de audi�ncia liderada pela Bandeirantes e pela Record com programas com foco na viol�ncia e na criminalidade comandados por Jos� Luiz Datena e pelo mesmo Marcelo Rezende, que havia apresentado a temporada de retomada da atra��o global, em 1999.

 

Com o retorno do programa � grade da emissora, anunciado para o dia 4 de maio, confira abaixo cinco dos casos que ficaram marcados no por seu car�ter violento, curioso ou at� dito sobrenatural.

 

 

• Leia:   Xuxa relembra abuso sexual em document�rio de Pedro Bial

 

 

Cartas de Chico Xavier

Exibido em 2004 como uma forma de testar uma nova linha para a temporada seguinte do programa, o epis�dio narrou a hist�ria de como a Justi�a aceitou cartas psicografadas pelo m�dium mineiro que serviram para absolver dois acusados de assassinato.

 

O caso aconteceu em 1976, quando dois homens que n�o se conheciam foram acusados de assassinato. Jo�o Batista Fran�a foi preso ap�s atirar em seu amigo, Henrique Emmanuel Gregoris, numa brincadeira de roleta russa. No mesmo ano, Jos� Divino Nunes enfrentou acusa��es ap�s atirar acidentalmente em seu amigo, Maur�cio Garcez Henriques.

 

Nos dois casos, o juiz Orimar Pontes aceitou como provas de inoc�ncia cartas psicografadas por Chico Xavier nas quais as v�timas pediam que os acusados fossem perdoados pela fam�lia e pela Justi�a.

 

Em 1980, aconteceu parecido quando Jos� Francisco Marcondes foi preso ap�s matar, tamb�m a tiros, sua mulher, Cleide Maria, ex-miss Campo Grande. Marcondes foi absolvido. Depois um novo j�ri foi convocado, mas o crime j� havia prescrito.

 

 

• Leia:  Agatha Moreira volta ao hor�rio nobre da Globo como vil�

 

 

O vampiro de Niter�i

Exibido em 1999, o caso conhecido como Vampiro de Niter�i se tornou c�lebre, com direito a produ��o de uma s�rie documental a respeito dos fatos ocorridos entre abril e dezembro de 1991, quando Marcelo Costa de Andrade matou 14 meninos de 5 a 13 anos.

 

Depois de mat�-los, ele manteve rela��es sexuais com os cad�veres e lambia o sangue que escorria das v�timas.

 

Andrade fazia parte de uma seita religiosa, e acreditava que ao se relacionar com os cad�veres e lamber o sangue, n�o s� absorveria sua juventude, mas tamb�m n�o os mandaria para o inferno, uma vez que, na sua concep��o, crian�as assassinadas estavam livres de seus pecados.

 

 

• Leia:  Por que a TV Globo aposta cada vez mais em remakes como 'Pantanal' e 'Renascer'

 

Ana L�dia

Exibido em novembro de 2007, o caso da jovem Ana L�dia se tornou um marco na hist�ria de Bras�lia quando, em 1973, ela foi deixada pelos pais no p�tio do Col�gio Madre Carmen Salles e desapareceu.

 

Testemunhas disseram ter visto um homem loiro e alto carregando um livro vermelho levar a garota pela m�o. O corpo da garota de 7 anos de idade foi encontrado no dia seguinte no terreno de uma universidade. Ela estava nua e tinha escoria��es que indicavam que ela havia sido arrastada pelo cascalho.

 

De acordo com a per�cia, a causa da morte foi asfixia por sufocamento. O laudo indicava tamb�m que o assassino havia mantido rela��es sexuais com a jovem depois de morta. � �poca, o irm�o de Ana L�dia, �lvaro Henrique Braga foi apontado como suspeito ao lado de Raimundo Lacerda Duque, um conhecido da fam�lia.

 

Os dois foram inocentados por falta de provas, ao longo da investiga��o, surgiram como suspeitos filhos de pessoas poderosas e com influ�ncia pol�tica.

 

 

• Leia:  Por que a Globo matou a Globeleza ap�s pol�micas que v�o de racismo a nudez

 

 

Ningu�m foi indiciado e o caso n�o foi solucionado. � �poca, em plena ditadura militar, o caso serviu como s�mbolo da impunidade na capital federal.

 

Ana L�dia se tornou nome de uma �rea infantil dentro de um parque na cidade, e algumas pessoas passaram a crer que o esp�rito da garota realiza milagres.

 

M�scaras de Chumbo

Caso exibido em junho de 2004, ficou marcado pelo teor macabro e interesse uf�logo de pessoas que ainda hoje estudam os acontecimentos de agosto de 1966, quando dois homens foram encontrados mortos no alto do Morro do Vint�m.

 

Sem marcas de tiros ou facadas, a dupla carregava m�scaras de chumbo e um bilhete que dizia: "16,30hs est� no local determinado 18,30hs ingerir c�psula, ap�s efeito proteger metais aguardar sinal m�scara".

 

 

• Leia:  

 

 

O caso nunca foi resolvido e a causa da morte tamb�m foi dada como indeterminada ap�s a necropsia. Com o tempo, muitos acreditam que a dupla possa ter sido v�tima de suic�dio involunt�rio causado por uma overdose.

 

Outra linha de argumenta��o, entretanto, acredita que os homens possam ter morrido ap�s contato com extraterrestres gra�as ao depoimento de uma dona de casa que disse ter passado de carro pr�ximo ao Morro do Vint�m e ter avistado uma luz muito forte vinda do c�u.

 

Hoje � sabido que a causa da morte nunca foi revelada porque a necropsia n�o foi realizada, uma vez que as v�sceras dos homens apodreceram no IML.

 

Edif�cio Joelma

Caso mais c�lebre dos oito anos em que o programa esteve no ar, o inc�ndio no edif�cio Joelma foi um epis�dio exibido em junho de 2005 narrando a trag�dia ocorrida em 1974, quando uma falha na instala��o el�trica causou o inc�ndio que matou 189 pessoas e deixou 345 feridos.

 

� �poca, o evento foi noticiado como sendo um entre outros fatos tr�gicos que ocorreram no terreno em que o edif�cio foi constru�do. Em 1948, o professor de qu�mica Paulo Camargo, de 26 anos, matou a m�e e as duas irm�s na casa que ocupava o espa�o e depois cometeu suic�dio.

 

O bombeiro que encontrou os corpos morreu de infec��o cadav�rica, o que aumentou os rumores de que o espa�o era assombrado.

 

Na d�cada de 1980 foi produzido um filme sobre a trag�dia e elenco e equipe t�cnica relataram acontecimentos estranhos durante as grava��es, como o som de gemidos de dor e gritos de desespero.