Fotomontagem com três notícias internacionais

ABC News, dos Estados Unidos, destaca que Rita Lee foi ''uma das primeiras figuras p�blicas no Brasil a popularizar temas feministas''

Fotomontagem/Reprodu��o
Ve�culos de comunica��o brit�nicos, estadunidenses e at� mesmo �rabe repercutiram a morte de Rita Lee, aos 75 anos, na noite de segunda-feira (8/5). A cantora estava tratando um c�ncer de pulm�o desde 2021. As reportagens falam de sua obra e a qualificam como Rainha do Rock brasileiro — ep�teto solene que virou codinome, embora a artista tenha flertado com a psicodelia, o pop rock, a MPB, a bossa nova, entre outros estilos. 
 
Nessa toada, a intitulada “Queen of Rock” pela ABC News, dos Estados Unidos, destaca que Lee foi “uma das primeiras figuras p�blicas no Brasil a popularizar temas feministas, como infundir a letra de sua m�sica de 1979 ‘Mania de Voce’ com sexualidade feminina e prazer”. 
 
A reportagem ainda pontua que, eventualmente, a popularidade da artista se estendeu para al�m do Brasil. Nesse sentido, a ABC cita apresenta��es feitas em Portugal, Inglaterra, Espanha, Fran�a e Alemanha. J� a revista norte-americana Rolling Stone destacou que Rita Lee come�ou a encontrar mais ouvintes nos Estados Unidos no final dos anos 1990 e in�cio dos anos 2000. 
“Em 1988, o jornal brit�nico Daily Mirror revelou que o ent�o pr�ncipe Charles admirava sua m�sica ‘Lan�a Perfume’ e a considerava sua cantora favorita. Ela ganhou um Grammy Latino na categoria Melhor �lbum de L�ngua Portuguesa em 2001, por seu �lbum 3001”, escreve a ABC. 
 
Al Jazeera, principal canal de TV de not�cias do Oriente M�dio, publicou reportagem em seu site mostrando Rita Lee como uma cantora que abordava “quest�es relacionadas ao feminismo e ao sexo em uma �poca em que tais assuntos eram tabus”. 
 
A publica��o resgata uma fala da artista em entrevista � edi��o brasileira da Rolling Stone em 2008: “N�o nasci para casar e lavar cuecas. Eu queria a mesma liberdade dos meninos que brincavam na rua com seus carrinhos de brinquedo.”
 
O tamb�m estadunidense Washington Post destaca Rita Lee como cantora e compositora elogiada por sua versatilidade, “tocando pelo menos cinco instrumentos: bateria, viol�o, piano, gaita e harpa”. 

Tamb�m apresentada como Rainha do Rock na publica��o, o jornal atrela a imagem de Rita ao feminismo e cita sua passagem pelos Mutantes. “Cores e criatividade, al�m de ironia e irrever�ncia, foram marcas registradas de Dona Lee desde o in�cio”, afirma. 
 
revista Variety completa: “Em sua m�sica, Lee fala sobre diversos temas pol�ticos, que ajudaram a introduzir ao p�blico brasileiro ideias feministas, como sexualidade da mulher e prazer. Ela tamb�m era uma ativista pelo direito dos animais.”
 
Chamada de lend�ria musicista brasileira, Rita Lee aparece no jornal brit�nico The Guardian como uma “artista pioneira e �cone feminista, que vendeu mais de 55 milh�es de discos durante uma carreira de seis d�cadas”. Nesse sentido, a BBC menciona o �lbum Fruto Proibido com a banda Tutti Frutti como um “cl�ssico da m�sica brasileira”.
 
O ve�culo do Reino Unido ainda destaca o fato da artista ter brincado com a sua morte em uma autobiografia lan�ada em 2016. “J� imagino as palavras de carinho que aqueles que me detestam v�o proferir. (...) Nas redes sociais, alguns dir�o: Ah, pensei que ela j� tinha morrido”, resgata a reportagem de trecho do livro. 
 
Outro tabloide brit�nico, o Daily Mail, optou por “�cone do movimento art�stico Tropic�lia”, que — conforme apresenta a reportagem — surgiu em desafio a uma ditadura militar a partir de 1964, e seu trabalho � �poca era frequentemente censurado.