Jovens 'estreiam' na Sala Minas Gerais e se encantam com a Filarm�nica

Nesta semana, a Sala Minas Gerais tem sido palco de estreia para muita gente. Eduarda Emanuelle de Souza Pio, de 14 anos, por exemplo. Aluna do nono ano da Escola Municipal Hilton Rocha, no bairro Mangueiras, na regi�o do Barreiro, ela pisou pela primeira vez na “casa” da Orquestra Filarm�nica de Minas Gerais.

 

Quem tamb�m estreou foi Jos� Soares, regente associado da Filarm�nica. Pela primeira vez desde que entrou para a orquestra, em 2020, ele � o maestro respons�vel pelo programa “Concertos did�ticos”.

De ter�a-feira (23/5) at� esta quinta (25/5), sete mil crian�as e adolescentes de 161 escolas e institui��es sociais de 11 cidades mineiras assistem a concertos (cinco ao todo) com o tema “O mundo m�gico da orquestra”.

“Concertos did�ticos”, que integra a s�rie de projetos educacionais desenvolvidos pela Filarm�nica, j� levou, desde 2008, 63 mil estudantes para conhecer de perto a m�sica de concerto.

Antes de chegar na sala, Emanuelle achava que tinha uma ideia do que encontraria. “Mas quando a gente chega, v� que � outra coisa”, disse ela, que se impressionou com a harpa. “Sempre quis ver uma de perto, pois j� tinha visto em filme”, acrescentou.

Tamb�m se surpreendeu com Jos� Soares. “A gente tem uma vis�o de que maestro � mais s�rio, mais calado. Ele, n�o. Interagiu com a gente, fez umas din�micas, n�o era o que eu esperava.”

Na mesma plateia, Arthur Raniel Pereira de Souza, de 12, aluno do s�timo ano da Escola Municipal Vinicius de Moraes, no Tirol, tamb�m na regi�o do Barreiro, sabia o que iria encontrar. Foi a segunda vez que ele participou do programa.

“N�o gostava muito (de m�sica de concerto) mas, depois que vim aqui, comecei a amar mesmo. A sala � muito bem projetada para o som”, afirmou Arthur.

Que o diga o maestro Jos� Soares. Para mostrar como a magia funciona, ele montou programa que conta uma hist�ria. “N�o � que seja uma historinha, mas a partir da pergunta ‘existe magia na orquestra?’, vamos respondendo atrav�s da apresenta��o dos instrumentos. A ideia � mostrar que os m�sicos se juntam para que fa�am algo em comum com seu trabalho.”

O mesmo repert�rio � apresentado nos cinco concertos. A abertura se d� com a fanfarra composta por Alfred Newman para o est�dio 20th Century Fox. “J� que vamos contar uma hist�ria, o que � melhor do que a m�sica que come�a um filme?”, diz Soares.

Na sequ�ncia, o concerto destaca dois trechos de “Peer Gynt”, de Grieg: “Amanhecer” e “No sal�o do Rei da Montanha”. “S�o trechos muito conhecidos, a segunda virou at� funk”, acrescenta Soares, que, em suas pesquisas, descobriu uma vers�o de “No sal�o do Rei da Montanha” criada pelo MC Nau.

Os instrumentos da orquestra s�o apresentados durante a execu��o de “O quebra-nozes”, de Tchaikovsky. O clima de conto de fadas continua com a valsa de “A bela adormecida”, tamb�m do compositor russo.

A magia em si aparece na parte final do repert�rio, quando s�o executados a virtuos�stica “O aprendiz de feiticeiro”, de Paul Dukas, inclu�da no cl�ssico “Fantasia”, de Walt Disney, e o “Tema de Edwiges”, que John Williams comp�s para a saga “Harry Potter”.

Como bem disse Arthur Raniel, depois da experi�ncia com a Filarm�nica na Sala Minas Gerais, “� magia mesmo.”

No pr�ximo domingo (28/5), �s 11h, a Filarm�nica realiza na Sala Minas Gerais mais uma edi��o da s�rie “Concertos para a juventude”, com entrada franca. Jos� Soares rege programa que destaca a harmonia e o contraponto em uma orquestra, com obras de Bach, Buxtehude, Mozart, Beethoven, Wagner e Debussy. Os ingressos on-line j� se esgotaram mas no dia do concerto, a partir das 9h, ser�o distribu�dos mais 200 entradas na bilheteria da sala, que fica na Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto. A apresenta��o ser� transmitida ao vivo pelo canal da Filarm�nica no YouTube, pela Rede Minas de Televis�o e pela r�dio MEC 87,1 FM (BH).