Roberto Andr�s associa as jornadas de junho � crise do transporte p�blico no Brasil
Acervo pessoal
O urbanista Roberto Andr�s, professor da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lan�a o livro “A raz�o dos centavos” com bate-papo e sess�o de aut�grafos, �s 11h deste s�bado (24/6), na Livraria Quixote (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi).
Publicado pela Editora Zahar, o livro recorda os 10 anos das jornadas de junho de 2013, apostando na abordagem profunda e ampla dos movimentos marcados por pautas difusas e multid�es nas ruas.
Dividido em tr�s partes – “Antes”, “Durante” e “Depois” –, o livro revela o cen�rio em que as revoltas eclodiram, sua rela��o com o hist�rico de urbaniza��o no Brasil e o saldo pol�tico e social dos atos nos anos seguintes.
Roberto Andr�s buscou na hist�ria da urbaniza��o e da estrutura��o do transporte p�blico do Brasil as origens da revolta que eclodiu a partir do aumento da passagem em S�o Paulo e, rapidamente, ganhou todos os estados brasileiros.
Abordando detalhes espec�ficos de junho de 2013, o livro avan�a pelos anos seguintes com a an�lise do espectro pol�tico e dos avan�os na pauta do transporte no pa�s. “A raz�o dos centavos” foi uma das fontes da s�rie especial que o Estado de Minas publicou sobre os 10 anos das jornadas de junho.
“Quando a gente olha para as ruas, para as cidades, a gente enxerga coisas que n�meros macroecon�micos n�o mostram. A ideia do ‘piso alto, teto baixo’, produzido pelos governos p�s-redemocratiza��o, em especial os petistas, � que houve uma eleva��o do piso, a redu��o da pobreza extrema, inclus�o de dezenas de milh�es de pessoas na classe C, maior acesso � educa��o, � cultura e � internet. O pa�s saltou de praticamente nenhum acesso � internet e, em pouco mais de 10 anos, viu mais da metade da popula��o conectada. Tudo isso produziu uma sociedade que passou a elevar suas demandas e expectativas e a aspirar modelos de sociedade e formas de vida distintas”, destacou o urbanista ao EM.
“O teto baixo � justamente porque n�s n�o conseguimos suprir essas aspira��es e houve uma demanda por melhorias na educa��o e na sa�de p�blicas, por uma vida de qualidade nas cidades. Esse � o desencaixe, porque essas coisas foram avan�ando de forma muito lenta”, defende Roberto Andr�s.
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