Criador da Barbie levava vida regada a coca�na e fez uma das filhas ref�m

Esta hist�ria provavelmente n�o vai chegar aos cinemas —o criador da Barbie, Jack Ryan, ajudou a desenvolver m�sseis e levava uma vida regada a coca�na e orgias. Ele tamb�m fez uma de suas filhas ref�m durante um epis�dio com a pol�cia, de acordo com um podcast que rev� a vida do designer.

Engenheiro formado em Yale, Ryan participou na cria��o dos m�sseis Sparrow e Hawk, que lan�aram as bases para o sistema de m�sseis Patriot, uma das armas de defesa a�rea mais avan�adas do arsenal do Pent�gono, o departamento de Defesa dos Estados Unidos. Nesta �poca, em meados da d�cada de 1950, ele trabalhava para a Raytheon, uma gigante do ramo aeroespacial.

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Em seguida, ele foi para a Mattel, a fabricante da Barbie, onde chegou ao cargo de vice-presidente de pesquisa e design. Em julho de 1959, Ryan registrou uma patente detalhando seu conceito para o que se tornaria a boneca de brinquedo mais conhecida do mundo —ele obteve a aprova��o do registro dois anos mais tarde.

Al�m da boneca tema de um dos filmes mais comentados do ano, Ryan, que morreu em 1991, aos 64 anos, tamb�m criou a popular cole��o de carrinhos Hot Wheels.

"Meu pai bebia e usava drogas, coca�na, e ele era paran�ico", disse Ann Ryan, uma das filhas do designer, em entrevista recente ao jornal The New York Post. "Ele achava que as pessoas estavam atr�s dele, que o estavam ouvindo eletronicamente. Ele acreditava que as pessoas o estavam espionando e, em um momento particularmente delirante, alegou que estavam 'movendo as paredes'. Ele n�o estava em boa forma."

Ann, de 68 anos, criou um podcast intitulado "Dream House", ou a casa dos sonhos, onde fala sobre como foi ter crescido com o criador da boneca mais famosa do mundo. Ela tamb�m est� escrevendo um livro sobre sua vida.

De acordo com o podcast, Ryan vivia numa mans�o suntuosa em Los Angeles onde dava 300 festas por ano para convidados vip de Hollywood, algumas das quais inclu�am orgias, mesmo que ele morasse l� com suas duas filhas e sua primeira mulher, Barbie.

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Em sua entrevista ao New York Post, Ann contou que um dia recebeu um telefonema de um amigo de seu pai que trabalhava na mans�o. Segundo ela, sua irm�, Diana, havia entrado numa cozinha onde descobriu uma panela no fogo aquecendo c�psulas de armamento.

Diana teria achado que seu pai pretendia explodir a mans�o, e ent�o ligou para a pol�cia, que foi para a casa e, ao chegar, viu que ele fazia a filha de ref�m. Foi sua irm� que, ao chegar no meio da confus�o, convenceu Ryan a soltar a arma e liberar a filha.

Ryan foi levado sob cust�dia e logo internado num centro m�dico para avalia��o e tratamento psiqui�trico. A partir da�, disse Ann, ele entrou em um programa de desintoxica��o num hospital particular em Santa Monica.

De acordo com Ann, incidentes com armas n�o eram incomuns quando seu pai, que mantinha um estoque de rev�lveres debaixo da cama, estava drogado de coca�na. Ele atirava em algumas das janelas de vidro com chumbo em seu quarto e abria buracos no teto, pensando que as pessoas que queriam peg�-lo estavam no s�t�o e no telhado.

Na primavera de 1977, Jack deixou a Mattel, ent�o a maior empresa de brinquedos do mundo, como designer-chefe —ele foi for�ado a sair por Ruth Handler, que geria a empresa junto a seu marido. Depois disso, ela lan�ou uma campanha alegando que a Barbie foi ideia dela, e n�o deu a Ryan os cr�ditos pela cria��o.

Ele processou a empresa para recuperar milh�es de d�lares em royalties que a Mattel havia parado de pagar a ele.