Atriz Liliana Ju�rez vive a protagonista do filme 'Planta permanente', atra��o argentina de domingo (13/8)
As perguntas “Por que mataram Carlos Pizarro Leongomez?” e “Quem o matou?” s�o constantes e sem resposta no longa documental “Pizarro” (2015), do colombiano Sim�n Hern�ndez. Acompanhando Maria Jos�, a filha do ex-l�der do movimento revolucion�rio M-19, na busca de sua identidade e conex�es com o pai assassinado, o filme refaz a trajet�ria pol�tica e de luta do ex-guerrilheiro colombiano na d�cada de 1990.
Inicialmente, o assassinato foi atribu�do ao grupo do narcotraficante Pablo Escobar, mas investiga��es posteriores apontaram que o mandante do crime foi um integrante do Departamento Administrativo de Seguran�a colombiano. A investiga��o n�o foi conclu�da at� hoje.
Document�rio colombiano 'Pizarro' aborda a rela��o de pai e filha. Carlos Pizarro Leongomez foi assassinado e Maria Jos� quer saber por qu�.
“Pizarro” � o filme mais forte da mostra “Novo cinema ibero-americano – Hist�rias que n�o te contaram”, do Instituto Cervantes em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte. Ela entra em cartaz no MIS Cine Santa Tereza nesta quinta-feira (10/8) e segue at� domingo, com exibi��es gratuitas.
“Nosso objetivo � aproximar as culturas dos pa�ses vizinhos do Brasil. Buscamos filmes na linha mais contempor�nea para mostrar o que est� sendo feito por nossos vizinhos e, muitas vezes, serve como di�logo com as preocupa��es cotidianas que a gente vive aqui”, diz Juliana Guimar�es, integrante do Instituto Cervantes.
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Baile de debutante
A mostra come�a com “Miriam mente” (2018), de Natalia Cabral e Oriol Estrada, rodado na Rep�blica Dominicana com apoio financeiro da Espanha.
O longa acompanha Miriam, jovem dominicana prestes a completar 15 anos, que convida o namorado franc�s que conheceu pela internet para dan�ar com ela em seu baile de debutante.
A nacionalidade europeia do rapaz empolga amigas e familiares de Miriam. “Imagine ele chegando com aqueles lindos olhos azuis”, diz a m�e da garota, projetando uma imagem bastante equivocada do rapaz, que � negro.
Al�m de quest�es raciais, o filme levanta discuss�es a respeito das incertezas da adolesc�ncia e da press�o de familiares sobre os jovens.
O mexicano “El otro Tom” (2021), de Laura Santullo e Rodrigo Pl�, ser� exibido na sexta-feira (11/8). A m�e solo Elena corre o risco de perder a guarda do filho depois de suspender o medicamento para hiperatividade do menino devido a graves efeitos colaterais.
“Planta permanente” (2019), do argentino Ezequiel Radusky, encerra a mostra. Na trama, faxineira de pr�dio p�blico ganha popularidade ao ser autorizada a reformar e administrar o refeit�rio dos funcion�rios. Contudo, quanto mais ela ascende social e profissionalmente, mais desperta a inveja dos colegas e de pessoas que considerava como amigas.
'Buscamos filmes na linha mais contempor�nea para mostrar o que est� sendo feito por nossos vizinhos e, muitas vezes, serve como di�logo com as preocupa��es cotidianas que a gente vive aqui'
Juliana Guimar�es, integrante do Instituto Cervantes
Conex�o com Huelva
A mostra foi concebida pelo Instituto Cervantes, em Madri, que colabora com o Festival de Huelva de Cinema Ibero-americano.
“Os filmes trabalham tem�ticas que n�o se passam apenas em um pa�s”, destaca Juliana Guimar�es. “O drama da m�e que corre o risco de perder a guarda do filho por problemas com as institui��es m�dicas n�o � algo que s� acontece no M�xico. S�o situa��es que podem estar presentes no Uruguai, Argentina, Col�mbia e Brasil”, emenda.
“Hist�rias v�o trazer alegria, tristezas ou viol�ncia. � uma fic��o? �, sim. Mas contam um pouco da realidade que a gente est� vivendo nesse momento”, finaliza Juliana Guimar�es.
PROGRAMA��O
• Nesta quinta, (10/8), �s 19h: “Miriam miente” (2018), de Natalia Cabral e Oriol Estrada
• Sexta (11/8), �s 19h: “El otro Tom” (2021), de Laura Santullo e Rodrigo Pl�
• S�bado (12/8), �s 19h: “Pizarro” (2015), de Sim�n Hern�ndez
• Domingo (13/8), �s 19h: “Planta permanente” (2019), de Ezequiel Radusky
>> MIS Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza). Entrada franca, mediante retirada de ingresso no site Sympla
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