Visão geral de palco do Fenac

O Fenac realizou etapas classificat�rias em seis cidades mineiras; p�blico assistiu �s apresenta��es dos candidatos e tamb�m a shows de artistas renomados

Fenac/Divulga��o

Depois das etapas classificat�rias que agitaram as cidades de Tiradentes, Perd�es, Coqueiral, Tr�s Pontas, Nepomuceno e El�i Mendes, a 53ª edi��o do Festival Nacional da Can��o (Fenac) chega �s fases semifinal – com apresenta��es dos concorrentes nesta quinta-feira (7/9) e na sexta-feira (8/9). A final ocorrer� no s�bado (9/9), em Boa Esperan�a, no Sul de Minas.

Dos 30 semifinalistas, 24 concorrem na modalidade presencial e seis no on-line. Desse total, 10 m�sicas na categoria presencial e duas na categoria on-line ser�o classificadas para a grande final. Cada semifinalista presencial j� garantiu R$ 2,5 mil e continua concorrendo aos principais pr�mios. Ao todo, o festival entregar� cerca de R$ 215 mil em premia��o, al�m do trof�u Lamartine Babo, conferido ao primeiro colocado.

Ap�s a semifinal, os dois vencedores da disputa on-line ser�o anunciados no s�bado e receber�o R$ 7 mil, o primeiro colocado, e R$ 5 mil, o segundo. Com rela��o �s m�sicas apresentadas presencialmente, a premia��o ser� de R$ 20 mil para a primeira colocada, R$ 15 mil para a segunda, R$ 10 mil para a terceira, R$ 7 mil para a quarta e R$ 5 mil para a quinta. O melhor int�rprete ganhar� um pr�mio de R$ 5 mil e, do sexto ao d�cimo classificados, cada um receber� R$ 3,5 mil; do d�cimo primeiro ao vig�simo, R$ 2,5 mil cada um.
 

Inscri��es de todo o pa�s

Para esta 53ª edi��o do evento, foram inscritas 988 can��es, com a participa��o de quase todos os estados brasileiros e de seis pa�ses. Desse total, 120 foram classificadas. O j�ri foi composto pelo escritor e letrista Murilo Antunes, pelo artista pl�stico Fernando Pacheco e pelo cantor, compositor e guitarrista Wilson Sideral. Criador e organizador do Festival Nacional da Can��o, o empres�rio Gleizer Naves destaca o alcance da iniciativa.

“Eu, como pai do evento, tenho um orgulho imenso de saber que ele � conhecido no Brasil inteiro”, diz. Ele chama a aten��o para a qualidade, sempre em escala crescente, do que � apresentado a cada ano. “O n�vel das m�sicas est� muito alto. O objetivo de dar palco para talentos de todo o Brasil est� sendo atingido. � um pa�s musicalmente riqu�ssimo, e muitos desses talentos normalmente n�o t�m oportunidade de mostrar sua arte”, diz.

Ele diz que o evento � uma vitrine para todos os g�neros musicais. Eles est�o amplamente representados entre os 30 semifinalistas. “� um panorama muito variado, ent�o tem m�sica sertaneja, tem rap, tem rock, tem isso e tem aquilo. Desde que seja m�sica boa, entra na sele��o. O Festival quer ser um canal de amostragem da boa m�sica que produz no pa�s, independentemente de estilos”, afirma.

O Fenac �, tamb�m, um espa�o de interc�mbio, conforme aponta. “� um festival competitivo, mas os artistas trocam muito, eles passam experi�ncia um para o outro e, muitas vezes, depois de participar, acabam trabalhando juntos, criando juntos”, ressalta. Gleizer n�o hesita em afirmar que esta 53ª edi��o � a maior da hist�ria do festival. “Ele virou um grande espet�culo de luzes, de tel�es e de atra��es diversas. Nas seis cidades por onde passamos este ano, todos ficaram encantados.”

Cantora no palco

As duas noites de semifinal ter�o 24 concorrentes no modo presencial e seis no on-line; 12 m�sicas ir�o � final

Fenac/Divulga��o

Tenda de atra��es

Al�m das apresenta��es dos concorrentes, pontualmente a partir das 21h nos tr�s dias, o Fenac conta com uma estrutura que oferece atra��es durante todo o dia, sob uma tenda com capacidade para abrigar 1.500 pessoas, com 600 cadeiras. Trata-se de uma programa��o voltada para crian�as e adultos, com m�sica cl�ssica, instrumental, teatro, dan�a e artes circenses, entre outras.

O criador e organizador do Fenac pontua que, sempre ao final das apresenta��es dos concorrentes, uma atra��o convidada ocupa o palco principal. Entre os artistas que fizeram show no Fenac neste ano est�o Ana Ca�as, Paulinho Pedra Azul, Sidney Magal, Toninho Horta, Beto Guedes, RPM e Engenheiros Rock Brasil.

Convidado para ser o padrinho desta 53ª edi��o do festival, Wilson Sideral foi a atra��o da primeira etapa classificat�ria, em Tiradentes, e ser� tamb�m o respons�vel por fechar a maratona de shows, ap�s a grande final, no s�bado. Segundo Gleizer, o m�sico, que � natural de Alfenas – cidade vizinha de Boa Esperan�a –, tem uma rela��o pr�xima com o Fenac.

“A m�e dele, Maria das Gra�as, foi minha amiga. Ela morreu prematuramente, mas participou do j�ri do festival durante muitos anos. Sideral conta que, quando ainda era s� o Festival de Boa Esperan�a, ele costumava ir com o pai e com a m�e. Quando o convidamos para ser padrinho e para fazer os shows de abertura e de encerramento, ele aceitou de uma forma muito emocionada”, conta.

Ele destaca que n�o s� para os concorrentes, mas tamb�m para os artistas convidados, o Festival Nacional da Can��o � um evento muito aguardado, porque representa um polo de reverbera��o do trabalho. Trata-se de um evento que “pegou”, nas palavras do organizador. “A popula��o das cidades que comp�em o circuito fica esperando, os artistas ficam esperando, ent�o � uma explos�o de alegria quando acontece”, diz, acrescentando que, para esta edi��o, foram contratados aproximadamente 40 espet�culos diferentes.

“Quando terminou o contrato da �ltima etapa, em El�i Mendes, muitos artistas ficaram lamentando n�o participar da etapa final, em Boa Esperan�a. Houve quem se dispusesse a se apresentar sem cach�, pedindo apenas a hospedagem. A gente pensa a programa��o com o intuito de dar oportunidade ao maior n�mero poss�vel de grupos e artistas, porque s�o muitos que t�m dificuldade de encontrar espa�o para mostrar o trabalho”, explica.
 

Candidatos famosos

A avalia��o que Gleizer faz desses 53 anos de realiza��o do Fenac � positiva o suficiente para a mais otimista das proje��es. Ele aponta que, desde suas primeiras edi��es, o evento cumpriu a fun��o de dar oportunidade para artistas e ajudar a alavancar carreiras. “Tem muita gente que j� concorreu e ficou famosa depois, e tamb�m tem quem, j� desfrutando de reconhecimento, faz quest�o de participar”, diz.

Ele cita nomes como Tadeu Franco, que lan�ou a m�sica “N�s dois” no festival, e Marcus Viana, que foi o vencedor da segunda edi��o. “O mais bacana � ver, nessa trajet�ria, a quantidade de pessoas que puderam mostrar seu trabalho. O Fenac revela o Brasil como o grande celeiro de talentos que ele �. A m�dia, no geral, n�o d� espa�o para esse pessoal, ent�o, muitas vezes, � dif�cil que esses artistas consigam realmente aparecer. Nosso evento d� essa oportunidade e, ao mesmo tempo, mostra essa riqueza musical absurda que existe no Brasil”, diz.

Al�m de incluir uma cidade a mais em rela��o ao ano passado (Tiradentes estreou no circuito), outra novidade da edi��o 2023 do Fenac foi a separa��o das modalidades presencial e on-line, que foi adotada antes da pandemia, em 2019, como forma de possibilitar a participa��o de artistas de localidades distantes – outros pa�ses, inclusive, desde que com m�sicas cantadas em portugu�s. A partir da ado��o do formato on-line, o evento j� recebeu inscri��es vindas de pa�ses como Portugal, Estados Unidos, Inglaterra, Chile, Uruguai e Ucr�nia.

“Em 2019, tivemos essa inscri��o da Ucr�nia, que acabou ficando em terceiro lugar. Desde ent�o, meu pessoal vinha mantendo contato com essa orquestra de c�mara que veio se apresentar, insistindo para que se inscrevessem de novo. Durante a guerra, perdemos esse contato, n�o conseguimos mais falar com eles. Estamos achando que o est�dio, que era a sede dessa orquestra, pode ter sido destru�do. Essa � uma das tristezas da guerra”, afirma o organizador.

53º FESTIVAL NACIONAL DA CAN��O 

Semifinais, nesta quinta-feira (7/9) e na sexta-feira (8/9), �s 21h, e final, no s�bado (9/9), tamb�m �s 21h, na Pra�a do F�rum, em Boa Esperan�a, seguida de show com Wilson Sideral. Acesso gratuito.