Trabalhadores envolvidos na produ��o cinematogr�fica fizeram diversos atos de protesto em Hollywood
MARIO TAMA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
O sindicato de roteiristas dos Estados Unidos (Writers Guild of America, WGA) e os est�dios de Hollywood alcan�aram um princ�pio de acordo que pode acabar com a greve de v�rios meses no setor.
"Alcan�amos um acordo provis�rio, o que significa um princ�pio de acordo sobre todos os pontos do acordo, que est� sujeito � reda��o do texto final do contrato", disse afirma uma carta que o sindicato enviou aos membros e � qual a AFP teve acesso.
"Podemos dizer, com grande orgulho, que este acordo � excepcional, com ganhos significativos e prote��es para roteiristas em todos os setores", afirma a carta, que n�o revela detalhes da negocia��o.
"Para ser claro, ningu�m retornar� ao trabalho at� que seja especificamente autorizado pelo sindicato. Ainda estamos em greve. Mas, a partir de hoje, suspendemos os protestos do WGA", afirma a carta.
Um comunicado curto conjunto da WGA e da AMPTP, grupo que representa os est�dios e as empresas de "streaming", confirmou o acordo.
- Greve dos atores -
Milhares de roteiristas de cinema e televis�o interromperam os trabalhos em maio, para reivindicar melhores sal�rios, b�nus maiores pela cria��o de programas de sucesso e prote��o contra o uso de Intelig�ncia Artificial (IA)
Protestos foram organizados nos �ltimos meses diante de est�dios como Netflix e Disney. Em julho, o sindicato dos atores (SAG-AFTRA) tamb�m anunciou uma greve, o que deixou praticamente vazios os geralmente lotados sets de filmagens de Hollywood.
O SAG-AFTRA felicitou o WGA pelo princ�pio de acordo e elogiou a "incr�vel for�a, resist�ncia e solidariedade dos protestos".
"Estamos ansiosos para revisar o acordo provis�rio da WGA e da AMPTP, mas seguimos comprometidos em alcan�ar os termos necess�rios para os nossos membros", afirmou o sindicato dos atores.
As negocia��es entre os est�dios e os roteiristas estavam paralisadas h� semanas, mas nos �ltimos dias um novo senso de urg�ncia parece ter sido injetado no processo, com a participa��o de executivos de alto escal�o de Netflix, Disney, Universal e Warner Bros Discovery.
Entre as reivindica��es, os roteiristas afirmam que seus sal�rios n�o acompanharam a infla��o e que a ascens�o do streaming diminuiu os pagamentos "residuais", que eles recebem quando uma s�rie em que trabalharam vira um grande sucesso.
A categoria tamb�m exigiu restri��es ao uso de IA, devido ao temor de que a ferramenta poderia ser utilizada para substitu�-los parcialmente na elabora��o de roteiros de filmes e s�ries, o que reduziria ainda mais seus sal�rios.
- US$ 5 bilh�es-
O jornal Financial Times divulgou um relat�rio do instituto Milken que, no in�cio de setembro, calculava o custo da greve para Hollywood em 5 bilh�es de d�lares (24,5 bilh�es de reais).
Com 146 dias, a greve do WGA supera com folga a paralisa��o de 100 dias dos roteiristas entre o fim de 2007 e in�cio de 2008, que custou US$ 2,1 bilh�es para a economia da Calif�rnia.
E mesmo que a greve dos roteiristas termine, o mesmo n�o acontecer� necessariamente com a paralisa��o dos atores.
N�o h� relatos de negocia��es entre os est�dios e o SAG-AFTRA, que tem 160.000 filiados.
"N�s continuamos em greve em nosso contrato de e continuamos a pedir aos CEOs dos est�dios e streamings e � AMPTP que retornem � mesa para alcan�ar o acordo justo que nossos membros merecem e exigem", afirmou o SAG-AFTRA.
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