Exposi��o "Patrim�nio vivo - Cultura e tradi��o" ter� ateli� ao vivo

Criada h� 55 anos, a Funda��o de Artes de Ouro Preto (FAOP) re�ne, em sua origem, grandes nomes da cultura brasileira. Foi oficializada em novembro de 1968, pelo ent�o governador Israel Pinheiro, a pedido de um grupo de intelectuais, Vinicius de Moraes e Affonso �vila, entre eles. Em atividade a partir de 1969, teve como primeiro presidente o escritor Murilo Rubi�o.

Na �poca, o casal de artistas Annam�lia Lopes e Nello Nuno, rec�m-chegado � cidade hist�rica, fundou uma escola de artes, Rodrigo Melo Franco de Andrade, que se integrou � FAOP. Pouco tempo depois, em 1971, o restaurador Jair Afonso In�cio criou o primeiro curso para forma��o em conserva��o e restauro do pa�s –primeiramente como curso livre e, a partir de 2002, como curso t�cnico.

� esta hist�ria que come�ar� a ser apresentada nesta quarta-feira (25/10), no Centro Cultural Banco do Brasil, na Pra�a da Liberdade. Dividida em duas fases, a exposi��o "Patrim�nio vivo – Cultura e tradi��o" apresenta a atua��o da institui��o na produ��o, conserva��o e divulga��o art�stica.

A primeira fase, que fica em cartaz at� 20 de novembro,  leva o nome de "Ateli� vitrine – Caminhos da conserva��o restaura��o". Um ateli� com equipe t�cnica da FAOP estar� trabalhando em acervos de papel, pintura e escultura.

"O p�blico vai poder acompanhar o processo (de conserva��o e restaura��o) para entender como se d� o trabalho, as caracter�sticas envolvidas em cada �rea", explica Gabriela Rangel, diretora da Escola de Artes Rodrigo Melo Franco de Andrade.

A mostra trar� tamb�m obras j� restauradas pela equipe. Haver� ainda uma parte com trabalhos de artistas que est�o ligados � pr�pria trajet�ria da FAOP, os j� citados Nello Nuno (que d� nome � galeria de arte da funda��o) e Annam�lia Lopes, bem como Fernando Lucchesi, M�nica Sartori, Fani Bracher, Carlos Wolney e Jarbas Juarez.

"Este conjunto de artistas esteve presente na movimenta��o cultural que aconteceu em Ouro Preto a partir da d�cada de 1970, junto ao Festival de Inverno da UFMG", acrescenta Gabriela.

Em meados dos anos 1970, a FAOP criou o Concurso Nacional de Pres�pios, que � realizado anualmente desde ent�o. Os trabalhos melhores colocados s�o incorporados ao acervo da institui��o. A partir de 29 de novembro, o CCBB vai exibir parte deste acervo, explorando a diversidade de materiais e t�cnicas para a cria��o dos pres�pios. O edital para a edi��o 2023 do concurso ser� publicado em breve.

A FAOP ocupa tr�s edifica��es em Ouro Preto. A mais antiga delas, no Bairro do Ros�rio, a mais conhecida do visitante da cidade, � onde se localiza a Galeria Nello Nunes. O laborat�rio de restaura��o e conserva��o tamb�m fica nesta endere�o. Casar�o do Bairro de Ant�nio Dias, em frente � pra�a de mesmo nome (e antiga resid�ncia de Guignard), sedia o n�cleo de artes e of�cios, onde funcionam os cursos livros.

O terceiro pr�dio, a chamada Casa Bernardo Guimar�es, no Bairro Cabe�as, �, al�m da sede administrativa da FAOP, o n�cleo de conserva��o e restaura��o. Com dois anos e meio de dura��o, o curso t�cnico funciona neste espa�o, que tamb�m recebe a Biblioteca Murilo Rubi�o.

"Como institui��o estadual, a FAOP trabalha na implementa��o de pol�ticas p�blicas na �rea cultural", comenta Gabriela. A funda��o, por meio de parceria com o munic�pio de Paracatu, criou em 2021 uma unidade na cidade do Noroeste do estado. Nesta quinta (26/10), ser� inaugurada, na antiga cadeia da cidade, a unidade da FAOP em Guaxup�, no Sul de Minas. 

Professores da FAOP, Rachel Falc�o e Ricardo Mac�do promovem nesta sexta (27/10), �s 10h, no Centro Cultural UFMG (Avenida Santos Dumont, 174, Centro), a aula aberta "Da imagem: Varia��es". O encontro vai at� as 12h. Interessados devem se inscrever pelo sympla.com.br

Exposi��o sobre a Funda��o de Arte de Ouro Preto (FAOP), no Centro Cultural Banco do Brasil (Pra�a da Liberdade, 450, Funcion�rios). Fase 1 – “Ateli� vitrine – Caminhos da conserva��o restaura��o”. Abertura nesta quarta (25/10). At� 20/11. Fase 2 – “Acervo de pres�pios”. De 29/11 a 8/1. Visita��o de quarta a segunda, das 10h �s 22h. Entrada franca. Mais informa��es: ccbb.com.br/bh.