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Estado de Minas novidades na cozinha

Massas feitas a m�o e sem pressa reaproximam cozinheiro de ra�zes italianas

Administrador de empresas, Eug�nio Anastasia fundou a Casa Cilentana para fazer o que acredita: um trabalho totalmente artesanal


14/02/2021 04:00 - atualizado 15/02/2021 09:53

Berinjela à parmegiana(foto: Carlos Hauck/Divulgação)
Berinjela � parmegiana (foto: Carlos Hauck/Divulga��o)
 
“S� vendo o que gosto de comer.” A fala � de quem cozinha por prazer. Para se realizar e fazer o outro feliz. Eug�nio Anastasia j� teve restaurante em Belo Horizonte, mas h� tr�s anos a hist�ria � outra. Fundador da Casa Cilentana, delivery de massas artesanais, ele cuida pessoalmente de cada preparo, trabalha sem pressa e segue fiel �s suas ra�zes. “O v�nculo com a cozinha tradicional italiana me acompanha a vida inteira, mas estou sempre aberto a inova��es”, destaca.
 
Administrador de empresas, Eug�nio sempre gostou de cozinhar e chegou a abrir um restaurante, o Caf� It�lia, na Rua Gr�o Mogol, ainda na d�cada de 1980. Mas a experi�ncia acabou sendo frustrante. “Uma coisa � cozinhar, a outra � ter um restaurante. Percebi que estava administrando, e n�o cozinhando, que � o que gosto de fazer. Vendi o neg�cio, mas continuei cozinhando em casa, para a fam�lia.”
 
A Casa Cilentana surgiu sem querer. Um amigo pediu para ele fazer a lasanha de calabresa, um prato do seu antigo restaurante. Depois a irm� encomendou um almo�o para as amigas, e assim n�o parou mais. “De repente, juntei a fome com a vontade de comer: fazer algo que me deixava feliz e fazer as outras pessoas felizes”, comenta.
 
Eug�nio se define como um artes�o da cozinha. Seu prop�sito com a Casa Cilentana � fazer artesanato puro, jamais uma comida industrializada, respeitando ao m�ximo os ingredientes. Ele se recusa a usar batedeira, faz a massa na m�o. “Apesar de ser mais trabalhoso, consigo perceber na hora em que estou sovando, pela textura, se a massa est� no ponto certo. Como a m�quina vai saber?” Da mesma forma os molhos. Enquanto cozinha, vai provando, sentindo textura e sabor, at� chegar ao seu agrado.
 
Ravióli de pesto com queijo canastra e molho de tomate(foto: Carlos Hauck/Divulgação)
Ravi�li de pesto com queijo canastra e molho de tomate (foto: Carlos Hauck/Divulga��o)

Trabalhando em casa, o cozinheiro participa de todos os preparos, do in�cio ao fim. Eug�nio brinca que cozinha como quem est� come�ando a namorar e quer impressionar o outro com a comida. “A minha cozinha � livre, vai de acordo com o que estou sentindo, sen�o vira ind�stria. A proposta � ser fiel �s minhas ra�zes, a mim mesmo e a quem est� comendo, entregando uma comida feita a m�o, com carinho e sem pressa.” Apesar dos pedidos, ele ainda n�o quer abrir outros pontos de vendas.
 

V�rias gera��es de cozinheiros

 
O nome Casa Cilentana faz refer�ncia � origem do seu av� paterno, que nasceu na cidade de Pisciotta, regi�o de Cilento, Sul da It�lia. O ingrediente mais famoso de l� � a mu�arela de b�fala. O interesse pela cozinha vem de gera��es e rendeu muitos neg�cios na cidade. Os tios Theodoro e Anella Peluso abriram a antiga f�brica de massas Pastif�cio Peluso, onde ele se lembra de brincar entre sacos de fari- nha. Os restaurantes Prov�ncia di Salerno e Anella tamb�m s�o da fam�lia.
 
O pai amava cozinhar, mas s� em casa. Nunca passou pela cabe�a dele fazer da paix�o um meio de vida. Com ele, Eug�nio aprendeu a receita da massa que faz at� hoje, s� que com s�mola italiana de grano duro. “Papai n�o admitia usar massas prontas. Como n�o existia essa facilidade de importa��o, ele usava s� farinha de trigo”, conta. Atualmente, apenas as massas com dobras, como o capeleti, precisam de uma pequena quantidade de farinha de trigo. As outras s�o feitas com 100% de s�mola.
 
Agnolotti de muçarela de búfala com molho de tomate(foto: Carlos Hauck/Divulgação)
Agnolotti de mu�arela de b�fala com molho de tomate (foto: Carlos Hauck/Divulga��o)
 
Talharim, fettuccine e papardelle s�o as op��es de massas frescas. O trio de talharim colorido (tradicional, espinafre e beterraba), chamado de triz, se destaca. Para acompanhar, molhos ao sugo, bolonhesa e funghi. Pensando nos vegetarianos, ele ainda incluiu no card�pio a receita s� com tomate e especiarias (o tradicional tem acr�scimo de carne). Entre as massas recheadas, capeletti de frango, ravi�li de pesto com queijo canastra ou de ab�bora com castanha-do-par� e canelone de espinafre.
 
A lasanha de calabresa resgata uma mem�ria do restaurante de outro tio, o C� Luigi, que ficava na Avenida Crist�v�o Colombo. Ele fazia a lasanha tradicional e colocava lingui�a por cima. “Me lembrei dessa lasanha, que gostava muito, e resolvi fazer a minha lasanha com molho de lingui�a calabresa, bem condimentado e muito saboroso”, descreve. O mesmo molho recheia uma das op��es de rondeli.
 
Alguns pratos extrapolam as refer�ncias familiares, como a berinjela � parmegiana, que entrou no card�pio por insist�ncia dos clientes, que vivam pedindo lasanha de berinjela. “Fiz testes, mas n�o achava legal, porque soltava muita �gua. Fiquei pensando numa maneira de contornar isso e resolvi empanar.” Ele n�o imaginava que fosse agradar tanto, mas ela � hoje o prato mais vendido. As rodelas s�o empilhadas e intercaladas com queijo e molho de tomate.
 

Servi�o

Casa Cilentana
(31) 98446-8880

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