
O humorista e ator Suliv� Bispo denunciou o caso de racismo sofrido por ele, nesta quinta-feira (09/09), no Aeroporto Internacional de Recife, em Pernambuco. Segundo o artista, o agente do aeroporto o revistou tr�s vezes, exigiu que tirasse o sapato e que soltasse o cabelo para que pudesse passar pelo detector de metais.
Suliv� perguntou ao agente os motivos da abordagem diferente e exigente em compara��o com outros passageiros. “Quando questionei-o sobre o modo exagerado da abordagem ele me disse que era um protocolo de seguran�a”, apontou Suliv� em sua rede social. De acordo com o ator, o agente ainda co�ou o seu couro cabeludo, como se estivesse � procura de algum produto il�cito.
Pra quem � negro o raio-x do aeroporto sempre trar� uma abordagem constrangedora.
%u2014 Suliv� Bispo (@SulivaB) September 9, 2021
Mas nunca tinha sido desrespeitado de forma t�o agressiva como no aeroporto de Recife.
Em outra publica��o, feita em rede social nesta sexta, o ator desabafou sobre o caso e questionou se esse seria um protocolo normal, em que todos os passageiros passam tamb�m.
"O raio-x sempre encontra e enxerga o corpo preto de um jeito diferente", declara Suliv� no v�deo.
Em nota, a assessoria do aeroporto lamentou a situa��o e relata que a dire��o do local vai realizar a abertura de um processo interno para averiguar com mais detalhes o ocorrido.
Caso n�o � isolado

O atleta da sele��o brasileira de v�lei Douglas Souza tamb�m relatou nesta semana um caso de discrimina��o que sofreu em aeroporto. Em viagem que realizava para a It�lia, em decorr�ncia de sua contrata��o para o time italiano Vibo Valentia, Douglas e seu namorado Gabriel sofreram homofobia por parte dos agentes do aeroporto. De acordo com o atleta, o tratamento recebido mudou quando descobriram que Gabriel era seu companheiro e que viajavam juntos.
“Quando eu falei que ele era o meu namorado, a fisionomia do atendente mudou na hora e o tratamento dele tamb�m. Ele perguntou o que o Gabriel ia fazer l� e a� eu falei que ele era meu namorado, mostrei o documento que a gente tem uma uni�o est�vel”, comentou Douglas em sua rede social.
Al�m disso, o atleta mencionou que ap�s a mudan�a de tratamento, os dois ficaram por mais de cinco horas sem orienta��es aguardando o atendimento dos agentes. Douglas tamb�m mencionou perceber casos de racismo com outras pessoas, que tamb�m recebiam tratamento diferente e mais demorado do que outros passageiros.
*estagi�rio sob a supervis�o de M�rcia Maria Cruz