(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas LI��O DE EMPATIA

Professora d� aula enquanto acalma beb�

No v�deo publicado nas redes sociais, a professora D�bora Rufino embala Ester, filha da aluna Nat�lia Nascowight


14/09/2022 09:25 - atualizado 14/09/2022 10:40

A professora de farmacologia D�bora Rufino chamou aten��o nas redes sociais por um v�deo publicado por sua aluna Nat�lia Nascowight. Nas imagens, ela carrega a beb� da estudante, enquanto leciona. A cena aconteceu durante uma aula para alunos dos terceiro e quarto per�odos do curso de enfermagem na UNIP, em Recife.


Nat�lia conta que precisou levar a beb� para a sala de aula, mas que ela estava muito agitada. “Ela mamava e parava v�rias vezes, ficava dando gritinhos e resmungando. At� porque ela estava com sono, coitada”, lembrou a m�e. Com isso, a professora acabou se desconcentrando e resolveu chamar a aten��o da pequena Ester enquanto passava o conte�do para os alunos.  D�bora come�ou a dar aula com voz de beb� e a pequena gostou e at� prestou aten��o. Mas n�o parou por a�: a professora pediu para pegar Ester no colo e  ficou um tempo com ela no bra�o, enquanto a m�e terminava de fazer anota��es. “Ela ficou bem quietinha, prestando aten��o em tudo”, contou. 

Al�m da pequena Ester, Nat�lia tem outros dois filhos: Nathan e L�via. Com a correria da vida de doula e estudante, acontece de precisar levar a filha para a faculdade. “Geralmente deixo pelo menos dois dormindo antes de sair, mas n�o gosto quando ficam os tr�s acordados, a� levo um, geralmente a beb�. Tento n�o levar, mas quando preciso levo sim”, explica.

 

Segundo a m�e, a presen�a dos filhos na sala de aula n�o perturba professores e alunos. “Eles nunca atrapalharam a aula, mas algum imprevisto eu sempre saio da sala. Mas assim com tanto carinho nunca tinha acontecido”, aponta.

M�e e estudante

Nat�lia conta que ser m�e � uma realiza��o pessoal. “Sempre sonhei em ser m�e e planejei todos os meus filhos, o desafio pra mim n�o � ser m�e e estudante, mas simplesmente o fato de ser m�e numa sociedade que n�o respeita m�es e crian�as”, explica.

 

Ela, que � representante de turma, conta que um grupo de alunos fez uma reclama��o � outra representante, alegando que a presen�a da crian�a atrapalha o desempenho nas aulas. “Eu fiquei profundamente chateada, tanto pela reclama��o em si, porque os pr�prios alunos fazem muito mais barulho, quanto pelo fato de terem ido falar com terceiros, sendo que eu al�m de ser tamb�m representante, sou a m�e. Me senti desrespeitada, calada, invisibilizada”, desabafa. 

Aula de empatia

Débora carregando o bebê da aluna, Natália
Para D�bora, acolher o beb� da aluna foi algo natural (foto: Reprodu��o / Instagram)
 

A professora D�bora define o epis�dio como natural. “� uma situa��o que requer uma aptid�o com crian�as, sensibilidade e que o n�mero de alunos com filhos seja reduzido, porque, se todo mundo tivesse com filho, n�o teria como”, avalia. 

 

Ela conta que Ester estava tranquila, mas que queria interagir na sala de aula. Enquanto isso, a turma dispersou do conte�do, prestando aten��o na fofura da crian�a. “Foi quando eu tive a ideia de pegar a beb� para distra�-la, receber a aten��o e poder participar de alguma forma”, contou. 

 

O resto da classe achou engra�ado no come�o, mas logo puderam se concentrar novamente na li��o. “N�o foi a primeira vez que a Nat�lia teve a necessidade de levar os filhos, a crian�a n�o incomodou. Ela estava num ambiente diferente do que � comum para ela, mas era muito mais saud�vel interagir com a crian�a e conseguir chegar � aula com sucesso do que fingir que a crian�a n�o estava l�. Foi a solu��o mais simples e mais tranquila”, avaliou. 

 

A professora, que tem um perfil fechado nas redes sociais, confessa que a sensa��o da fama nas redes � muito nova. “Todos os dias t�m pessoas pedindo para seguir. Foi uma sensa��o muito boa, porque ajuda as pessoas a entenderem que fazer sua parte � uma coisa simples, n�o precisa de muito holofote”, pontua.


Para ela, o ato foi uma forma de ensinar ao pr�ximo o papel da empatia. “Eu queria que as pessoas entendessem que o processo de forma��o do profissional passa pelo nosso crivo de empatia tamb�m. A enfermagem emp�tica, de se colocar no lugar do outro, a educa��o consegue levar a gente a lugares inimagin�veis e a empatia est� nesse lugar, n�o � s� conte�do”, ensina. 

 

Leia tamb�m: Professor viraliza ao compartilhar momentos com os alunos 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)