
A atriz In�s Peixoto � a sexta de uma fam�lia de 10 irm�os. Ela foi a primeira filha que puxou os olhos claros da m�e e, por isso, como homenagem, foi batizada com o mesmo nome dela. “N�s duas somos In�s. Mam�e vai completar 90 anos e � um exemplo em todos os sentidos”, celebra. A velha tradi��o de passar o Dia das M�es com a fam�lia e a matriarca dos Peixoto ser� mantida no domingo apesar de o cl� n�o estar completo. “Gosto muito de passar essa data ao lado da minha m�e, dos meus filhos. Ultimamente, tem ficado complicado reunir todo mundo porque dois dos meus filhos est�o morando fora, mas, certamente, vamos fazer algo aqui em casa, ou seja, o t�pico almo�o de domingo”, revela.
A integrante do Grupo Galp�o � m�e de Tiago, de 35 anos, fruto do seu primeiro casamento; de Jo�o, de 27, que � filho da atriz Wanda Fernandes (que faleceu em 1994) com o ator Eduardo Moreira, atual marido de In�s, mas que foi criado por ela; e ainda de B�rbara Luz, de 16, da rela��o com Eduardo e que est� seguindo os passos dos pais. “A gente brinca que s�o os meus, os seus e os nossos (risos). Tiago tinha 10 anos quando me casei com o Eduardo. Ent�o, ele se tornou uma refer�ncia paterna muito forte pra ele. E o Jo�o eu crio desde os 4 anos. N�o h� distin��o. S�o todos meus filhos. Mas pena que Tiago est� morando em Los Angeles, e o Jo�o, em S�o Paulo, e n�o estar�o aqui no dia 12. Mas todo dia � Dias das m�es, n�o �?”, comenta a atriz de 58 anos, que est� na reta final da novela O s�timo guardi�o.
In�s tem ternas recorda��es desta data e avalia como � interessante ver o ciclo da vida. “A B�rbara falou uma coisa certa vez que nunca esqueci. Ela disse � av� que a considerava uma m�e tamb�m, j� que na cabe�a dela, quando eu estava dentro da minha m�e, ela j� existia tamb�m na minha barriga”, salienta. A artista faz quest�o de lembrar as mudan�as e conquistas pelas quais as mulheres passaram ao longo do tempo, incluindo o olhar sobre a maternidade. “Na �poca da mam�e, a mulher tinha como destino casar e criar os filhos. Minha m�e tinha o sonho de ser pediatra, mas, infelizmente, n�o o realizou”, observa. J� a gera��o da atriz rompeu com muita coisa e ela ressalta o fato de ter o poder de escolha. “Eu escolhi ter uma profiss�o. Trabalhava, casei, tive uma fam�lia. E a minha filha tem todo o incentivo do mundo para ser o que quiser, inclusive, se quer ou n�o ser m�e, o que antes era meio que imposto � mulher. A maternidade � sagrada, mas n�o pode significar a ren�ncia dos outros desejos e projetos”, defende.
A tamb�m atriz Cynthia Paulino, de 49 anos, � outra que vai reunir tr�s gera��es para celebrar: ela, a m�e Dulcineia, de 72, e a filha �nica, Linda, de 24. No entanto, n�o curte muito a comercializa��o excessiva nessa �poca e, assim como a colega In�s Peixoto, acredita que a maternidade carrega os dois lados da moeda. “Essa enxurrada de propaganda romantizando algo que n�o � t�o rom�ntico, �s vezes � cansativo. Ser m�e � muito mais um desafio do que qualquer outra coisa”, opina. No entanto, Cynthia n�o deixa de celebrar o momento e brinca que at� hoje presenteia Linda – fruto do casamento com o ator Luiz Arthur – no Dia das Crian�as.
“A gente at� faz piada com isso. Eu cobro dela a minha lembrancinha no Dia das M�es, mas sabemos que tudo isso � uma grande bobagem. O importante � estar perto”, frisa. Ela se recorda com carinho das apresenta��es e das surpresas que preparava na escola para Dulcineia quando crian�a. “A gente fazia festinha, paninho de prato e escrevia cart�o, o que, hoje em dia, � cada vez mais raro. Sempre tive esse cuidado de fazer algo especial para a minha m�e. At� hoje eu bordo, costuro, para dar algo exclusivo a ela”, revela. Cynthia Paulino acredita que depois que se tornou m�e passou a compreender mais as atitudes da pr�pria m�e e entender o real significado da maternidade. “Inventaram que se a mulher n�o for m�e, n�o ser� completa. N�o � exatamente assim. E mais do que isso, compreender que m�e n�o deve e nem tem que ser perfeita. Tem que ser verdadeira”, defende.
Capacidade de transformar
M�e aos 44 anos, a artista pl�stica Adriana Le�o exalta o poder transformador da maternidade. Francisco, que completa 9 anos em julho, transformou sua vida. “Muda tudo. A rela��o com o tempo, a maneira de ver e pensar o mundo, a energia da casa. O foco � o filho. Voc� ouvir uma figurinha te chamando de mam�e � muito gostoso”, enfatiza ela, que n�o programou nada para domingo, mas acredita que ser� algo mais tranquilo e caseiro. O primeiro Dia das M�es ao lado do filho foi inesquec�vel, mas o de dois anos atr�s tamb�m a marcou. A fam�lia decidiu assistir a um concerto da Orquestra Filarm�nica de Minas Gerais celebrando as m�es. “A apresenta��o foi na rua, em frente � sede da Orquestra, e tocaram o tema de Star wars. Meu filho adora e foi maravilhoso. A gente nunca se esqueceu desse dia”, conta. Adriana trabalha muito em casa e por isso at� colocou uma mesinha em sua sala que, vira e mexe, � ocupada pelo garoto. “Ele gosta muito de desenhar, j� ganhou um concurso de desenhos na escola, mas ainda n�o sei se vai seguir o meu caminho. Mas o est�mulo est� ali e o ambiente em casa favorece”, acredita.
M�e de Jorge, de 7 anos, e Helena, de 3, a cantora Marina Machado, de 46, vai passar o domingo trabalhando, mas num programa que tem tudo a ver com o Dia das M�es. Mari e Celi est�o na Cidade!, � um show que ser� apresentado no Sesc Palladium ao lado de Celinha Braga, dedicado aos pequenos e aos av�s. O repert�rio traz m�sicas que fazem parte da mem�ria afetiva das artistas. “� um espet�culo que fala de amor, de fam�lia, e de uma maneira leve e com humor. Mesmo eu n�o estando com minha m�e (Ros�lia) no dia, � uma homenagem a ela”, frisa. Marina deu uma desacelerada na carreira ap�s o nascimento das crian�as, mas n�o se queixa. “Estou voltando aos poucos, mas num tempo esparsado. Isso � algo que a maternidade e a idade d�o pra gente. N�o tenho mais pressa de nada. O sabor da vida � esse”, reflete.
A primeira vez a gente nunca esquece
A cantora Aline Calixto se prepara para um Dia das M�es �nico, j� que est� gr�vida do primeiro filho. Foi durante o Carnaval que a sambista de 38 anos anunciou a not�cia. Desde que descobriu a boa nova, assegura que todos os dias se tornaram diferentes e especiais. “E, com certeza, o dia 12, por ser uma data bastante emblem�tica, ter� tamb�m um sabor diferente pra mim”, frisa Aline, que vai passar o domingo com a fam�lia num restaurante em Belo Horizonte. Uma de suas lembran�as mais curiosas dessa data foi quando ela tinha por volta de 6 anos. “Na minha escola fizemos uma flor de chocolate para dar de Dia das M�es. Mas, no caminho de volta pra casa, na sexta que antecedia a data, n�o aguentei e comi parte, quer dizer, quase tudo (risos) da rosa. No final das contas sobrou apenas o caule pra minha m�e, que o recebeu com todo carinho e riu muito da situa��o”, diverte-se.
A cantora diz que sua rela��o com a m�e, S�nia, de 64, se estreitou ainda mais com a novidade e que a considera��o e o respeito por ela s� aumentaram. “Eu j� admirava imensamente minha m�e, por tudo que ela fez por mim e meus irm�os. Tenho gratid�o eterna por tudo que fez por n�s. A admira��o s� cresce, pois agora vejo na pele que gestar um ser n�o � tarefa f�cil. A sociedade tende a glamorizar muito esse momento, e � muito dif�cil. � lindo, mas extremamente complexo”, reflete. Mael, nome de origem bret�, nascer� em setembro. “Optamos por um nome que fosse f�cil para pronunciar tanto aqui como na Fran�a, de onde � meu marido Benjamin”, explica.
Para a escritora Paula Pimenta, de 44 anos, este 12 de maio tamb�m ser� o mais especial de sua vida. N�o s� porque estar� ao lado da m�e, Maria Eug�nia, mas principalmente, da filha, Mabel, que completa 1 ano em agosto. “Ano passado, eu meio que comemorei, porque a Mabel j� estava na minha barriga. O meu marido at� preparou uma surpresa. Mas, agora, o melhor presente com certeza � estar com ela do meu lado. Vai ser muito emocionante”, exalta. Paula estar� ao lado tamb�m da av�, Mary, de 95 anos. Ali�s, as comemora��es ser�o na casa dela. “A fam�lia estar� toda l�. Ser�o quatro gera��es reunidas”, celebra.
Assim como boa parte das pessoas, as mem�rias mais marcantes de Dia das M�es s�o dos tempos de escola. As festinhas e as lembrancinhas preparadas para Maria Eug�nia ainda est�o n�tidas na cabe�a da autora de best sellers como Minha vida fora de s�rie e Cinderela pop. “Minha m�e ficava emocionada, e como sou muito pr�xima dela, sempre fa�o quest�o de comemorar ao seu lado. Ainda mais agora que ela ganhou a primeira neta e est� curtindo muito ser av�”, conta. Paula Pimenta salienta como a maternidade a modificou e que os 8 meses de Mabel foram os mais intensos de sua vida. “� uma entrega, uma dedica��o total ao ponto de voc� se esquecer da sua vida e se dedicar a essa menininha. Fazendo um paralelo com o meu trabalho, a gente deixa de ser a protagonista da nossa vida e passa a ser figurante. A personagem principal da minha vida e da minha hist�ria � a Mabel. E a cada dia o amor s� aumenta”, festeja.
