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Estado de Minas

Enem 2019: tema de reda��o politiza falta de acesso �s artes, dizem professores

Professores dizem que democratiza��o do acesso ao cinema � mais f�cil que o tema do ano passado. Candidatos podem argumentar a partir da Constitui��o


postado em 03/11/2019 14:54 / atualizado em 03/11/2019 16:27

Reprodução/Inep
(foto: Reprodu��o/Inep)

 

A defesa do presidente Jair Bolsonaro de n�o politizar a reda��o do Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem) trouxe grande expectativa em rela��o ao tema.  Democratiza��o do acesso ao cinema no Brasil � um tema social e a reflex�o deve passar por uma avalia��o cr�tica. Os professores ouvidos pelo Estado de Minas lembram que os candidatos devem fazer reda��o dissertativa, o que faz com que os argumentos passem necessariamento pela reflex�o sobre � falta de acesso no pa�s. "Todo tema do Enem � pol�tico, mas esse n�o deve levantar pol�mica", afirma Janiny Nominato professora de reda��o da rede Chromos.

 

Janiny lembra que os alunos podem argumentar que a Constitui��o Federal de 1988 garante acesso pleno � cultura, inclusive ao cinema. Um caminho sugerido para problematizar � apontar que o acesso ao cinema ocorre de forma desigual entre as regi�es do pa�s.

"O argumento pode partir de um vi�s geogr�fico. No nosso pa�s,  o Norte e Nordeste t�m menos locais de acesso do que o Sul e o Sudeste", afirma. Ela lembra que o candidato precisa expressar opini�o, sem ferir os direitos humanos.

 

Para ter uma boa pontua��o o aluno deve apresentar uma proposta de interven��o. "O candidato pode apresentar alternativa para minimizar os impasses, os problemas relacionados ao tema. Ele pode sugerir a cria��o de um vale cinema ou pode solicitar ao governo cria��o de disciplina nas escolas para falar sobre cinema", diz Janiny. Ela n�o se surpreendeu com o tema, que inclusive foi trabalhado em sala com os alunos da Rede Chromos. 

 

Para Anna Carolina Ara�jo, supervisora de reda��o da rede Coleguium, o assunto surpreende, mas traz menos dificuldades que o do ano passado, quando o Inep colocou a “manipula��o do comportamento do usu�rio pelo controle de dados da internet” em pauta.


“Foi uma surpresa. Eu n�o acho que est�vamos esperando. Por coincid�ncia ou n�o, trabalhamos esse tema, a import�ncia do cinema para a cultura nacional. Eu fiquei satisfeita com a abordagem, porque n�o � um tema que venha a gerar muitos problemas, diferente do ano passado, que tivemos um tema bastante t�cnico, que limitou os meninos. Quando falamos de arte, os meninos conseguem desenvolver alguma coisa a respeito”, opina a professora.


Segundo Anna, uma estrat�gia que pode trazer sucesso aos estudantes � construir a argumenta��o a partir dos filmes nacionais de proje��o mundial. “Faria uma introdu��o por flash, dando exemplos de filmes nacionais que alcan�aram proje��o internacional, mas que retratam realidades nacionais”, explica a especialista, citando t�tulos como “Cidade de Deus (2002)”, “O Auto da Compadecida (2000)” e “Central do Brasil (1998)”.


Quanto a poss�veis “pegadinhas”, Anna contou que uma dificuldade pode ser uma eventual refer�ncia ao Minist�rio da Cultura como agente fomentador do cinema. Isso porque a pasta deixou de existir no governo Jair Bolsonaro (PSL).


Por isso, o ideal � que o aluno se refira � Agencia Nacional do Cinema (Ancine). “Definir o agente � uma dificuldade, porque nem todo mundo conhece a Ancine, apesar dela ter vindo � tona recentemente, h� dois meses, com pol�micas sobre filmes LBTBQ e censura. Quem falar da Ancine, com certeza, se deu muito bem”, ressalta Anna Carolina Ara�jo.


Outro poss�vel erro, segundo Anna Carolina, � que o estudante se concentre na arte como um todo, de maneira ampla, e desvie do assunto principal, que � o cinema como transformador social.


A professora ainda pontua a necessidade do pautar pol�ticas p�blicas para facilitar o acesso da popula��o em vulnerabilidade social ao cinema.

N�o perca, nos dois domingos, gabarito extra oficial das provas do Enem 2019, parceria Chromos/Portal Uai


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