No pr�ximo domingo (10/11) ser� o segundo dia de aplica��o do Exame Nacional do Ensino M�dio (ENEM) com os conte�dos mais extensos da prova. Um dos temas mais atuais com grande probabilidade de cair � Radioatividade, seja na Qu�mica ou na F�sica. Para voc� rever conceitos, est� disponibilizada abaixo uma aula completa com professor Jos� Hugo. Confira:
Radioatividade no ENEM
A radioatividade � conceituada no ensino m�dio como o fen�meno pelo qual um n�cleo inst�vel do �tomo emite part�culas e ondas eletromagn�ticas para atingir a estabilidade(desintegra��o ou decaimento nuclear). Logo, os �tomos dos elementos radioativos s�o muito inst�veis.
H� alguns �tomos mais leves com n�cleos inst�veis, em propor��es m�nimas. S�o os chamados is�topos radioativos ou radiois�topos. Os is�topos radioativos mais comuns s�o: ur�nio-238, ur�nio-235, c�sio-137, cobalto-60, t�rio-232, e outros. Sendo todos fisicamente inst�veis e radioativos e possuem uma lenta desintegra��o. H� tr�s tipos de desintegra��o radioativa: alfa (α), beta (β) e raios gama (γ).
A "meia-vida" � o tempo necess�rio para a metade dos is�topos de uma amostra se desintegrar. Essa propriedade � muito utilizada para determinar a idade de artefatos arqueol�gicos, plantas e animais.
A onda eletromagn�tica � uma forma de energia, constitu�da por campos el�tricos e campos magn�ticos vari�veis e oscilando em planos perpendiculares entre si, capazes de propagar-se no espa�o. No v�cuo, sua velocidade de propaga��o � de 300.000 km/s.

V�rios elementos radioativos fizeram parte da forma��o do universo e est�o presentes at� hoje na Terra. Come�amos a usar alguns desses elementos a partir do s�c. XIX com as pesquisas de Pierre Curie e Marie Curie, o casal Curie, estudou a radioatividade dos sais de ur�nio. Sempre aprendendo e desenvolvendo ainda mais as suas potencialidades, mas nunca esquecendo dos seus perigos e cuidados necess�rios. O contato da radia��o com seres vivos pode causar diversos males como c�ncer, altera��o gen�tica dos descendentes e at� mesmo a morte.
Na d�cada de 1950, o aproveitamento racional da energia nuclear possibilitou a cria��o das usinas nucleares. As usinas nucleares surgiram como uma fonte poderosa para atender � demanda de energia. Ela n�o requeriam caracter�sticas geogr�ficas espec�ficas ou �reas extensas (como as hidrel�tricas) e n�o utilizavam combust�veis f�sseis ou polu�am a atmosfera (como as termoel�tricas). Por outro lado, havia os altos custos de constru��o e manuten��o, os riscos de acidentes e os rejeitos radioativos gerados.
Dois acidentes foram decisivos para o questionamento da seguran�a nessas usinas.O primeiro ocorreu em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979, onde uma falha no sistema de refrigera��o acarretou a libera��o de uma quantidade de radioatividade. A r�pida evacua��o da popula��o ao redor da usina evitou a ocorr�ncia de v�timas fatais. Em 1986, em Chernobil, Ucr�nia, o descontrole da rea��o provocou um inc�ndio no n�cleo do reator e consequente libera��o de grande quantidade de material radioativo na atmosfera.

Em fun��o de mobiliza��es populares, muitos pa�ses come�aram a desativar seus programas nucleares. Mesmo com todos esses esfor�os, chegou-se ao final do s�culo XX com 130 mil toneladas de lixo nuclear. Devido � cont�nua emiss�o de radia��o, esse material deve ser isolado at� que a radia��o atinja n�veis toler�veis, o que pode levar alguns mil�nios. Desta forma, os atuais locais de armazenamento demonstram-se inseguros devido �s incertezas quanto �s condi��es geol�gicas � longo prazo.
Z� Hugo � professor de Qu�mica do Percurso Pr�-Vestibular e ENEM.