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Estado de Minas CARREIRA

Nova divis�o do trabalho cria fun��es para o homem e a m�quina

A realidade do mercado j� est� modificada pela chamada quarta revolu��o industrial. Enquanto muitos s� falam em fechamento de vagas, dados do F�rum Econ�mico Mundial prev� 133 milh�es de novos postos at� 2022


postado em 02/07/2019 11:04 / atualizado em 02/07/2019 11:04

(foto: geralt/Pixabay )
(foto: geralt/Pixabay )


Para os pessimistas, a tomada de empregos por rob�s � uma realidade terr�vel. Mas an�lise t�o sombria cai por terra quando relat�rio feito pelo F�rum Econ�mico Mundial, no ano passado, o The future of jobs, previu que, ainda que as m�quinas assumam 75 milh�es de cargos no mundo, ser�o criadas mais de 133 milh�es de vagas. Nada como ver o copo mais cheio do que vazio. 

Ainda que at� 2025 a perspectiva seja que os rob�s ir�o desempenhar 52% das tarefas profissionais atuais, em compara��o com 29% atualmente, a expectativa para o futuro dos empregos ainda � positiva.

A quarta revolu��o industrial, termo usado por especialistas em refer�ncia � chegada de novas tecnologias, como intelig�ncia artificial, automa��o industrial, impress�o 3D, entre outras, constata que a chegada dessa onda est� mudando a forma como os povos vivem e trabalham.

Seguindo a linha otimista para a chegada da tecnologia, o levantamento aponta que 38% das empresas pesquisadas esperam estender sua for�a de trabalho � novas melhorias de produtividade e fun��es, e mais de um quarto espera que a automa��o leve � cria��o de novos pap�is em sua empresa. De acordo com o especialista em automa��o industrial, Marcelo Miranda, CEO e fundador da Accede Automa��o Industrial, o impacto social de qualquer nova tecnologia ou aplica��o de tecnologias existentes deve ter o impacto social avaliado e � nessa ocasi�o que temos a grande oportunidade de enxergar onde podemos contribuir para esse equil�brio. A automa��o e intelig�ncia artificial, mesmo tendo como objetivo melhorar a capacidade de m�quinas e sistemas, deve ser, sem sombra de d�vidas, aliada do desenvolvimento humano em sua ess�ncia.

“N�o teremos equil�brio se somente desenvolvermos mais e melhores sistemas automatizados e aplicarmos intelig�ncia artificial somente preocupados com os resultados dos neg�cios. N�o h� o que detenha o pensamento humano, por isso o desenvolvimento � um caminho sem volta. A tecnologia � nossa aliada e quanto mais difundida e, em alguns casos, regulamentada, nos trar� incont�veis benef�cios”, afirma o gestor.

Marcelo Miranda destaca que n�o h� porque temer as mudan�as proporcionadas pela tecnologia: “A quarta revolu��o industrial n�o tem foco em criar ou acabar com postos de trabalhos. O que se pode esperar � uma mudan�a significativa no uso da informa��o como aliada da produ��o. Como toda mudan�a, novas oportunidades e necessidades se mostrar�o e, consequentemente, v�o exigir m�o de obra qualificada e, com isso, novas �reas, novas empresas e novos empregos”.

O CEO destaca o valor de surgir novos cargos e fun��es e a necessidade (obriga��o!) de o profissional se preparar e qualificar. Segundo ele, � medida que os conceitos da ind�stria 4.0 s�o implementados, surge a necessidade de profissionais de outras �reas atenderem a novas demandas. E, muito em breve, eles ter�o de lidar com novas profiss�es que ser�o ensinadas. Criar as disciplinas e cursos j� �, por si s�, uma demonstra��o de novas oportunidades.

Sentir a mudan�a e reagir a tempo

Com tudo mudando t�o r�pido, a maior afli��o � dos mais jovens, que ficam inseguros na escolha de uma profiss�o. S�o muitas as d�vidas de qual carreira seguir, j� que daqui a pouco ela pode desaparecer. Para Marcelo Miranda, nada deve superar a aptid�o. A motiva��o � o principal fator para um profissional ser bem-sucedido e, consequentemente, ter oportunidades de bons empregos. “Passando essa fase de autoconhecimento, buscar a inser��o no mercado considerando sua aptid�o e havendo afinidade, diversas �reas se mostram promissoras: automa��o, levantamento e tratamento de dados, desenvolvimento de produtos customizados, desenvolvimento de software aplicativos e realidade aumentada s�o bons exemplos de �reas que teremos empregos no futuro.”

Para Marcelo Miranda, CEO da Accede, cada profissional tem de buscar formação constantemente, procurar se antecipar, sentir a mudança e reagir a tempo (foto: Hugo Lins/OnevoxPress)
Para Marcelo Miranda, CEO da Accede, cada profissional tem de buscar forma��o constantemente, procurar se antecipar, sentir a mudan�a e reagir a tempo (foto: Hugo Lins/OnevoxPress)


Por outro lado, quem est� no mercado ou foi demitido, tamb�m deve definir com rapidez e clareza qual caminho seguir. Conforme Marcelo Miranda, � importante buscar melhor forma��o constantemente. Primeiramente, � preciso identificar o motivo da perda do emprego para entender se a causa foi realmente o uso de uma nova tecnologia. Antes de se ver nessa situa��o, o melhor a fazer � buscar informa��es sobre a sua �rea e procurar se antecipar, sentir a mudan�a e reagir a tempo. Muitas vezes, diz o CEO, sua profiss�o pode estar passando um processo de adapta��o e correndo o risco de desaparecer. Ent�o, ter uma alternativa dentro da mesma empresa pode ser uma sa�da.

Para n�o ficar defasado e ser preterido pelo mercado, Marcelo Miranda aponta quais compet�ncias e habilidades ser�o fundamentais para esse cen�rio de mercado: “Sem d�vida, compet�ncias em que as habilidades mentais s�o destaque ser�o fundamentais. Capacidade de cria��o e ser interdisciplinar continuar�o a ser importantes. P�r em pr�tica a intelig�ncia artificial, dizer �s m�quinas o que, quando e como fazer s�o exemplos de compet�ncias fundamentais. N�o far� sentido ser fisicamente extraordin�rio para desenvolver uma atividade onde um rob� ou outro equipamento poder� executar a mesma tarefa. Mesmo habilidades como capacidade de interpreta��o correm o risco de n�o ser utilizadas no futuro, uma vez que cada vez mais os softwares fazem isso por n�s”.

Brasil avan�ado ou atrasado?

Diante dessa revolu��o, o que dizer do Brasil? O pa�s est� acompanhando ou figura entre os mais atrasados em termos de tecnologia e automa��o? Temos muito a avan�ar? Marcelo Miranda afirma que o Brasil � uma das na��es mais t�midas quanto � implanta��o da quarta revolu��o industrial. O que � pode ser devastador tanto para empregador quanto para empregados. “O maior risco que vejo �, sem d�vida, a perda da competitividade. Em 2016, a Organization for Economic Cooperation and Development (OECD), em seu relat�rio Science, technology and innovation outlook 2016, citou oito megatend�ncias, sendo que duas est�o diretamente relacionadas ao uso de tecnologias digitais. S�o elas: economia, emprego e produtividade, que continuar�o sendo afetados pelo uso de tecnologias digitais; e globaliza��o, que j� � um caminho sem volta e que continuar� facilitando amplamente a difus�o do conhecimento, tecnologias e novas pr�ticas de neg�cios, aumentando a competitividade e a competi��o. Informa��es como essas nos ajudam a entender os pr�ximos passos.”

Para Marcelo Miranda, um pa�s n�o pode se apoiar em elevados impostos de importa��o e proteger o mercado interno. “Temos que ser competitivos e estar em fase com o mundo. A chance de utilizarmos a mesma tecnologia usada nos pa�ses mais desenvolvidos nunca foi t�o expressiva. Felizmente, hoje, falamos muito mais a respeito de ind�stria 4.0 e as institui��es come�aram a fazer o seu papel. Cabe aos empres�rios, como parte de suas miss�es, situarem-se e entenderem onde seus atuais modelos de neg�cios ser�o (ou j� est�o sendo) alterados, e buscar se inserir nessa mudan�a.”

A quarta revolu��o industrial n�o tem foco em criar ou acabar com postos de trabalhos. O que se pode esperar � uma mudan�a significativa no uso da informa��o como aliada da produ��o. N�o h� o que detenha o pensamento humano, por isso o desenvolvimento � um caminho sem volta. A tecnologia � nossa aliada e nos trar� incont�veis benef�cios

Marcelo Miranda, CEO e fundador da Accede Automa��o Industrial

Conforme Marcelo Miranda, hoje, no Brasil, j� contamos com linhas de cr�ditos para investimento em ind�stria 4.0 por meio do BNDES e, organiza��es como a Abimaq, ajudam a difundir essas informa��es por meio de seus associados, que s�o empresas fabricantes de m�quinas, consequentemente, os primeiros na esteira do desenvolvimento que devem estar aplicando novas tecnologias e conceitos. “Estar conectado a essas organiza��es � uma forma de receber informa��es e muito mais, de cooperar e capilarizar no seu meio.”

Para o especialista em automa��o industrial, empresas, governos e organiza��es est�o lutando para seguir o passo acelerado da implementa��o tecnol�gica da ind�stria 4.0 e n�o deixar que o Brasil fique para tr�s nessa revolu��o, que � a primeira do mundo globalizado. “Ao passo que a intelig�ncia artificial ir� eliminar alguns empregos, uma nova demanda por novas habilidades humanas est� surgindo.”

Marcelo Miranda, que tem experi�ncia de mais de 20 anos no segmento industrial, alerta que � o momento de focar no aumento do valor econ�mico por meio de novas atividades e melhorar a qualidade do trabalho tradicional. Como? “Aumentando as habilidades de seus funcion�rios, colocando-os como extraordin�rios, executando tarefas de alto valor agregado, que precisam ser feitas por trabalhadores humanos.”








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