
De olho na flexibiliza��o das diretrizes de distanciamento social imposta pela Covid-19 – que ocorre conforme regras municipais e estaduais -, muitas empresas fizeram alguns ajustes na estrutura ou nos processos internos para voltar a receber os colaboradores com redu��o de risco de cont�gio.
De acordo com pesquisa da Robert Half, feita com 353 executivos do Brasil, sendo 90% com participa��o direta ou com influ�ncia em processos de recrutamento na empresa em que atuam, a principal mudan�a ser� permitir que os colaboradores trabalhem de casa com mais frequ�ncia (opini�o de 89% dos entrevistados). Os entrevistados foram ouvidos no per�odo de 11 de maio a 3 de junho de 2020.
A pesquisa mostrou que para 62% dos executivos houve uma mudan�a positiva em rela��o � expectativa sobre a capacidade de entrega de seus colaboradores e equipes trabalhando de forma remota durante a pandemia da COVID-19, enquanto apenas 10% notaram uma altera��o negativa e outros 28% n�o observaram diferen�a.
"Eu acredito que as pessoas que atuam em fun��es eleg�veis ao trabalho remoto v�o ter mais flexibilidade, principalmente enquanto ainda existir algum risco de cont�gio. Por�m, s� ser� poss�vel entender se esse novo modelo de trabalho ser� realmente incorporado � cultura da companhia quando for poss�vel escolher de maneira livre entre trabalhar remotamente ou n�o. Ou seja, quando a pandemia passar. Isso, tanto considerando a opini�o do profissional quanto do empregador", ressalta Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half.
O estudo aponta, ainda, que os gestores entrevistados t�m a inten��o de fazer menos reuni�es e treinamentos presenciais (73%), escalonar o hor�rio de trabalho dos funcion�rios (59%) e alterar o layout do escrit�rio (52%). Novos protocolos de limpeza (78%) e orienta��o para que os funcion�rios usem m�scaras (85%) tamb�m comp�em o pacote de iniciativa preventivas das companhias.
"A pandemia est� causando diferentes impactos no mundo corporativo h� tr�s meses. A situa��o que estamos vivendo n�o � opcional e, em muitas companhias, ainda ocorrem adapta��es. Em algumas organiza��es, h� atividades que n�o deixaram de ser presenciais em nenhum momento. Portanto, considero prematuro afirmar que os processos implantados agora ser�o mantidos no futuro. Mas, n�o tenho d�vidas de que se antes o virtual era pouco cogitado, ele passar� a ter mais relev�ncia", pondera Mantovani.
Outra preocupa��o dos executivos � sobre a sa�de mental e bem-estar dos colaboradores � medida que as pessoas come�am a voltar para o escrit�rio e/ou continuam a trabalhar remotamente.
Para amenizar poss�veis efeitos negativos, as principais iniciativas apontadas foram: uso de videoconfer�ncia para permitir que a alta administra��o transmita empatia e confian�a aos funcion�rios (64%); desencorajar ou limitar horas-extras para que os colaboradores possam manter um bom gerenciamento sua vida pessoal-profissional (49%) e benef�cios para a sa�de f�sica e mental como, por exemplo, bem-estar no local de trabalho, aulas de yoga, programas de mindfulness e resili�ncia (48%).
A pesquisa ainda mapeou que 65% dos executivos usaram plataformas de comunica��o e colabora��o (por exemplo: Microsoft Teams, Skype, Zoom) pela primeira vez durante a pandemia da COVID-19.
Os principais benef�cios apontados em raz�o do uso dessas tecnologias foram capacidade de trabalhar de forma mais flex�vel/remota (90%) e melhor comunica��o e colabora��o entre equipes (54%).