
De acordo com este informe, em setembro houve uma alta nas taxas de juros em todas as categorias de cr�dito consideradas. Para pessoa f�sica � considerado os juros do com�rcio, do cart�o de cr�dito, do financiamento de ve�culo e dos cr�ditos pessoais, fazendo diferen�a entre empr�stimos liberados por bancos ou por financeiras.
Para pessoa jur�dica as categorias de cr�dito consideradas s�o: capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida.
Em setembro, d�cimo m�s de suba constante, a taxa de juros m�dia ficou em 6,13% ao m�s e 104,20% ao ano, um aumento de 0,07 pontos percentuais em rela��o ao m�s de agosto. Nos �ltimos doze meses, em novembro do ano passado foi registrada a menor taxa, de 5,51% ao m�s e 90,34% ao ano.
O aumento das taxas n�o afeta os contratos j� estabelecidos entre as institui��es financeiras e seus clientes, no entanto, quem fez a compra de um ve�culo, usou o cart�o de cr�dito ou fez algum tipo de empr�stimo em setembro deve considerar que pagar� um pouco mais do que se a opera��o fosse feita em agosto ou antes.
Por que acontece este aumento?
Segundo especialistas, o
aumento das taxas de juros
das opera��es de cr�dito acontece pelo aumento da taxa b�sica de juros, a Taxa Selic. Desde dezembro de 2020 o Banco Central vem aumentando este instrumento, passou de 2% em janeiro para 6,25% ao ano no m�s de setembro, nesses nove meses o aumento foi de 4,25%. Atualmente, com as previs�es de aumento da infla��o e a possibilidade do aumento da inadimpl�ncia dos clientes, h� expectativas de novas eleva��es das taxas destas opera��es.
Se bem que a inadimpl�ncia registrada est� em queda nos �ltimos meses, o que preocupa � o fato da redu��o dos prazos de car�ncia dos empr�stimos, a redu��o do aux�lio emergencial e o �ndice de desemprego que pode aumentar. Com o aumento da inadimpl�ncia, os riscos das institui��es financeiras tamb�m se elevam, como consequ�ncia h� maior seletividade na hora de liberar cr�ditos e tamb�m aumento do custo da opera��o.
Os dados exatos de outubro ainda n�o foram apurados, mas � conveniente prestar aten��o nas taxas de juros e no Custo Efetivo Total (CET) antes de fazer qualquer opera��o financeira que comprometa a renda futura. Para isso � conveniente
simular o empr�stimo pessoal
, o financiamento do ve�culo novo ou a compra no cart�o de cr�dito para evitar complica��es no or�amento dos pr�ximos meses.
Evolu��o das taxas para pessoa f�sica
O cart�o de cr�dito � uma das principais ferramentas utilizadas pelos brasileiros, dado que permite que o cliente fa�a suas compras sem demoras, sem nenhum processo burocr�tico, basta que estejam dentro do limite de cr�dito.
No entanto, de acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimpl�ncia do Consumidor) de setembro deste ano, 84,6% dos entrevistados possuem d�vidas com o cart�o de cr�dito. Por este motivo � conveniente prestar muita aten��o aos custos deste tipo de opera��o.
De agosto para setembro o aumento da taxa de juros foi de 2,08%, passando de 12,50% ao m�s para 12,76% ao m�s (de 310,99% ao ano para 322,53% ao ano). Desde janeiro tem acumulado 175,86% de aumento.
Isto �, uma compra de R$ 500 feita em agosto para pagar em seis meses, com essas taxas mensais, teria parcelas de R$ 123,34, em setembro a mesma opera��o teria 6 parcelas de R$ 124,24, a diferen�a no total da opera��o � de apenas R$ 5,40, no primeiro caso se pagaria de juros R$ 240,04 e no segundo R$245,44.
O Cheque Especial tamb�m � uma das modalidades de cr�dito mais usadas. N�o tem taxas de juros t�o altas quanto o cart�o de cr�dito, mas continua sendo uma op��o cara. As taxas de juros passaram de 7,42% ao m�s e 136,06% ao ano em agosto para 7,48% ao m�s e 137,65% ao ano em setembro. O aumento foi de 0,81%.
O financiamento de ve�culos � a terceira forma de endividamento dos brasileiros de acordo com os dados da Peic, 13,2% das pessoas entrevistadas tiveram sua renda comprometida com o pagamento das parcelas da compra de um ve�culo.
Este tipo de opera��o teve um aumento de 2,53%, chegou a setembro com taxas de 1,62% ao m�s e 21,27% a.a., � a maior taxa desde maio de 2019. Em agosto, comprar um ve�culo de R$ 50 mil, com taxas de 1,58% ao m�s, parcelado em 4 anos implicaria pagar 48 parcelas de R$ 1.493,95 (total da opera��o R$ 71.709,60).
Esse mesmo ve�culo, comprado em setembro com as mesmas condi��es j� teria parcelas de R$ 1.506,64. No final do financiamento o cliente teria pago em total R$ 72.318,72.
Os empr�stimos pessoais, oferecidos por diferentes institui��es financeiras, mostraram um aumento de 0,04 pontos percentuais das suas taxas de juros. Na pesquisa de juros da Anefac s�o considerados dois segmentos.
Por um lado, os empr�stimos feitos por institui��es banc�rias que, em m�dia, s�o os mais baratos. Em setembro mostraram uma eleva��o de 1,16%, os juros passaram de 3,45% a.m. (50,23% a.a.) em agosto para 3,49% a.m. (50,93% a.a.) em setembro.

Por outro lado, as opera��es de cr�dito pessoal oferecidas por financeiras. O aumento mensal foi de 0,61%. de 6,52% para 6,56% a.m. em setembro (113,39%a.a. para 114,35%a.a.).
Cada institui��o financeira tem a liberdade de colocar as taxas que acharem convenientes nos seus servi�os. Mas, se fiz�ssemos um empr�stimo de R$ 5.000 em setembro para pagar em 2 anos com as taxas m�dias indicadas na pesquisa a op��o banc�ria teria 24 parcelas de R$ 311,04, ap�s esses dois anos o valor total pago seria de R$ 7.464,96.
Se a opera��o fosse feita em uma financeira o valor das parcelas ficaria em R$ 419,24, o total pago R$ 10.061,76. No primeiro caso a soma dos juros � de R$ 2.464,96 e no segundo R$ 5.061,76, mais que o dobro.
Em algumas opera��es de cr�dito o impacto do aumento das taxas de juros n�o � t�o sentido, mas em outras sim. Por esse motivo � fundamental analisar a situa��o atual do cliente, no momento de fazer o cr�dito, e tamb�m a situa��o futura e o pagamento das parcelas.