A se��o mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu investiga��o para apurar a conduta do advogado Robson Pinheiro, acusado pela noiva do goleiro Bruno Fernandes de estar envolvido em suposta tentativa de suborno para libertar o atleta, acusado pela morte da ex-modelo Eliza Samudio. O plano, conforme den�ncia de Ingrid Oliveira � Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, envolveria ainda a ju�za da comarca de Esmeraldas, na regi�o metropolitana, Maria Jos� Starling. Tanto a magistrada quanto o advogado negam. O presidente da OAB-MG, Lu�s Cl�udio Chaves, afirmou que pediu a abertura do procedimento e que considera “graves” as den�ncias.
At� ontem, n�o havia sido entregue � OAB a documenta��o sobre o suposto esquema, o que provocaria a abertura do processo disciplinar por parte da Comiss�o de �tica da Ordem. De acordo com Chaves, a presid�ncia tem a prerrogativa de requerer a abertura da apura��o via of�cio, mesmo sem a formaliza��o de qualquer pe�a por parte da denunciante. O presidente da Comiss�o de �tica e Disciplina da OAB, Ronaldo Armond, ressalta que, caso comprovadas as acusa��es, o advogado pode “ser suspenso e, dependendo das circunst�ncias, at� exclu�do da OAB por conduta incompat�vel”.
O advogado do atleta, Cl�udio Dalledone, endossa as acusa��es e adianta que todos os �rg�os envolvidos ser�o acionados. “A Ingrid est� manejando uma apresenta��o na OAB, no TJMG e tamb�m no Conselho Nacional de Justi�a (CNJ). Ainda n�o foi apresentado nada porque isso n�o acontece da noite para o dia”, justifica o criminalista.
Na sexta-feira, Ingrid prestou depoimento �s comiss�es de Direitos Humanos e Seguran�a P�blica da Assembleia Legislativa e relatou que o advogado Robson Pinheiro e a ju�za Maria Jos� Starling teriam pedido R$ 1,5 milh�o em troca de um habeas corpus que tiraria Bruno da cadeia, possibilitando a fuga do r�u para fora do pa�s.
Em nota, Robson Pinheiro, ex-advogado de Bruno, voltou a negar irregularidades, tachou as den�ncias de “levianas”, afirmou desconhecer o que as motiva, mas insinuou que podem ter ocorrido por acionar o atleta pelo pagamento dos honor�rios, “cujas parcelas fixas at� hoje n�o foram honradas”.