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Estado de Minas

Na falta da certid�o de nascimento de filho, Bruno ainda n�o pode pagar pens�o

Atleta tenta registrar em cart�rio ajuda para Bruninho, mas advogada do menino diz ser uma jogada para deixar cadeia


postado em 16/05/2012 07:09

Advogados do goleiro Bruno Fernandes tentaram ontem registrar em cart�rio escritura declarat�ria em que o atleta garante 10% dos rendimentos para as duas filhas, de 3 e 6 anos, e o filho da ex-amante dele, Eliza Silva Sam�dio, o Bruninho, de 2. Na falta da certid�o de nascimento do menino, o termo de compromisso n�o pode ser registrado. Pelo trabalho de faxina na pris�o, Bruno ganha tr�s quartos de um sal�rio m�nimo ( R$ 466) e um dia a menos na pris�o para cada tr�s trabalhados.

Eliza � a v�tima no processo de homic�dio que mant�m o atleta na cadeia h� quase dois anos. Ela desapareceu em junho de 2010 e foi dada como morta pela Justi�a. Na escritura p�blica registrada ontem � tarde pelo advogado Francisco de Assis Simim no Cart�rio Amaral, no Centro da capital, o atleta esclarece que os 10% dos seus ganhos ser�o divididos igualmente entre as tr�s crian�as.

Essa pode ser mais uma estrat�gia da defesa para tentar a liberta��o do goleiro no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve julgar o pedido de habeas corpus ainda esta semana. No m�s passado, o passaporte dio goleiro foi anexado processo, como forma de convencer a Justi�a de que o atleta pode ficar em liberdade.

Para Francisco Simim, garantir a pens�o das crian�as foi um entendimento entre a defesa e o goleiro. O goleiro treina diariamente para voltar a jogar. “Bruno ser� solto em breve e h� v�rios clubes interessados em contrat�-lo”, disse Simim. “ A expectativa � de que Bruno seja solto nos pr�ximos dias. Todos os pedidos foram negados, mas em hora nenhuma observaram os direitos constitucionais do cliente, que � prim�rio e tem profiss�o definida”, disse o advogado.

SUMI�O

 

De acordo com o Minist�rio P�blico, Eliza foi morta porque suplicava a Bruno que reconhecesse a paternidade da crian�a e pagasse pens�o. “Bruno, insatisfeito, resolveu engendrar o plano diab�lico. Uniu-se aos outros denunciados no planejamento e na execu��o do homic�dio”, afirmou o promotor Gustavo Fantini em sua den�ncia. Segundo ele, todos sabiam que Eliza seria morta e que seria dado um sumi�o em seu corpo. “O torpe motivo do crime era o desejo de Bruno de retaliar Eliza, em face de sua postura de m�e obstinada na defesa dos direitos do filho”, afirma.

Bruninho mora em Campo Grande (MT) com a m�e de Eliza, S�nia F�tima Moura, que tem a guarda provis�ria. At� hoje, Bruno n�o ofereceu material para exame de paternidade. A ex-amante dele entrou com processo de paternidade e sumiu quando o beb� tinha quatro meses.

Segundo a advogada Maria L�cia Borges Gomes, que defende os interesses de Bruninho, a decis�o de garantir a pens�o nada mais � do que uma estrat�gia para libertar o goleiro. “H� quanto tempo o pedido para que ele reconhe�a o menino como filho corre na Justi�a? Eliza moveu o processo ainda gr�vida e sofreu as consequ�ncias. O que eles pretendem � passar a imagem de pai amoroso, mas tudo � uma jogada”, disse. Maria L�cia explicou ter sido procurada h� dois meses pelo advogado Rui Pimenta, propondo pagar pens�es atrasadas.

Na semana passada, os advogados de Bruno estiveram no f�rum de Jacarepagu�, no Rio, para estudar outro processo contra Bruno e Luiz Henrique Ferreira Rom�o, o Macarr�o, acusados de agredir Eliza em 2009. Ela denunciou os dois por sequestro e tortura, al�m de ser obrigada a tomar subst�ncia abortiva, quando gr�vida de cinco meses. Os advogados querem a transfer�ncia do processo de condena��o para a Justi�a de Contagem, onde tramita o processo da morte de Eliza.

Sem liga��o com o Flamengo

A ex-mulher de Bruno, Dayane Rodrigues, concorda com a decis�o do ex-marido. Segundo ela, o casal ficou sem nada depois de preso. “Tudo que a gente ganhar futuramente ser� vantajoso. Hoje, ele n�o manda nada para as filhas. Trabalho como vendedora em loja de roupas e dou aulas particulares para estudantes”, disse.

A ju�za Maria Cristina de Brito Lima, da 1ª Vara de Fam�lia da Barra da Tijuca, determinou em abril de 2011 que o Flamengo descontasse para os filhos 17,5% do sal�rio do goleiro. O clube recorreu alegando que o contrato do jogador estava suspenso. O advogado Rafael Depiro, do Flamengo, informou ontem que se o goleiro for solto pode voltar ao clube.

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