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Estado de Minas

Ju�za garante que execu��o de S�rgio n�o prejudicar� o processo do Caso Bruno

Presidente do Tribunal do J�ri de Contagem afirma que primo do goleiro sabia demais. Testemunha-chave n�o contava com prote��o.


postado em 23/08/2012 06:00 / atualizado em 23/08/2012 08:55

Na audiência de instrução e julgamento com a juíza Marixa Rodrigues em novembro de 2010, Sérgio Sales mudou sua versão sobre o crime(foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 10/11/10)
Na audi�ncia de instru��o e julgamento com a ju�za Marixa Rodrigues em novembro de 2010, S�rgio Sales mudou sua vers�o sobre o crime (foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 10/11/10)


A ju�za do Tribunal do J�ri de Contagem, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, acredita que a morte de S�rgio Rosa Sales n�o v� trazer preju�zos ao processo sobre a morte da modelo Eliza Samudio. Segundo ela, que vai levar sete acusados a j�ri popular, “S�rgio era um arquivo vivo e sabia coisa demais”. A magistrada chegou a negar pedido de liberdade para o primo do goleiro, temendo inclusive pela sua seguran�a. Ela afirma, por�m, que os depoimentos dados pela testemunha bastam para o julgamento.

“Sempre fui contra a liberdade do S�rgio e um dos motivos era a seguran�a dele. Soube pelo notici�rio, mas seria leviano fazer qualquer liga��o. Ele era uma das pessoas mais importantes do processo, mas os depoimentos e as altera��es significativas que fez em ju�zo n�o causam preju�zos. Estou esperando o processo retornar do tribunal para marcar o julgamento”, disse a ju�za.

Conhecido como Camelo, o primo de Bruno n�o estava inclu�do em nenhum programa de prote��o de testemunhas. Apesar de ser apontado como testemunha-chave no processo sobre o sequestro e execu��o de Eliza, a Justi�a, o Minist�rio P�blico e a pol�cia n�o ofereceram o benef�cio do Estado. A defesa de S�rgio, que tamb�m respondia por homic�dio qualificado, sequestro, c�rcere privado e oculta��o de cad�ver, n�o solicitou a prote��o.

Em seguran�a

O rapaz confirmou ter visto Eliza ferida no s�tio do goleiro Bruno, mantida em cativeiro. Disse que tamb�m viu quando ela foi levada com o beb� e sua mala vermelha por Macarr�o e outro primo, adolescente, ent�o com 17 anos. E garantiu ter visto Bruno, Macarr�o e o menor. terem queimado a bagagem de Eliza. S�rgio contou que questionou o atleta, perguntando se n�o era melhor ter resolvido na Justi�a e que a resposta do goleiro foi: “J� era. Acabou o tormento”. Em ju�zo, contudo, ele mudou a vers�o e disse ter inclu�do o primo famoso na trama porque foi pressionado e agredido pelos delegados. Segundo S�rgio, tudo o que ele relatou � pol�cia, ele ouviu do menor.

Solto havia mais de um ano, S�rgio deveria ter sido monitorado pelo Estado, segundo o delegado Edson Moreira, que comandou as investiga��es � frente do Departamento de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DIHPP). “Houve alguma falha. A investiga��o se desdobrou principalmente a partir do depoimento dele e por isso alguma coisa deveria ter sido feita para garantir a seguran�a da testemunha”, afirma Moreira. Questionado se n�o deveria ter requisitado a inclus�o do r�u no Programa de Prote��o � Testemunha, ele explicou que S�rgio estava preso � �poca. “Depois que a Justi�a decidiu pela soltura, algu�m deveria ter tomado uma provid�ncia que garantisse sua integridade.”

Menor n�o teme ser assassinado

O advogado do adolescente, hoje com 19 anos, n�o acredita que S�rgio tenha sido assassinado como queima de arquivo. Segundo Eliezer de Almeida, os relatos do menor, que cumpre medida socioeducativa h� dois anos, foram fantasiosos. “Como nada do que ele e S�rgio disseram aconteceu, n�o acredito que tenha sido por isso”, disse ele, depois de visitar o cliente. “O adolescente n�o est� sendo amea�ado. Ficou triste com a not�cia, mas n�o tem receio nenhum. Pelo contr�rio, est� ansioso para ser reintegrado � sociedade.”

O menor � primo de Bruno e S�rgio e chegou a morar na casa do goleiro, na Barra da Tijuca, no Rio, porque estava sendo amea�ado por traficantes do munic�pio vizinho de S�o Gon�alo, onde residia com a m�e. “O adolescente s� participou do traslado de Eliza at� Minas e a atingiu com uma coronhada, usando uma arma sem muni��o, porque eles se agrediram e ela tentou saltar do carro. Ele tamb�m viu que ela frequentava a piscina do s�tio em Esmeraldas de short jeans, no fim de semana. Depois, voltou para o Rio com o time de futebol. No depoimento � Justi�a, ele foi coeso e firme. O resto foi invencionice (sic); praticamente colocaram aquilo na boca dele”, afirmou Almeida.

De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), h� programas que recebem testemunhas ou v�timas amea�adas de morte, mas para que isso ocorra, o �rg�o precisa ser acionado pelas autoridades. Atualmente, h� em Minas 82 pessoas atendidas pelo Programa de Prote��o a V�timas e Testemunhas Amea�adas de Morte (Provita).

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