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Estado de Minas

Pol�cia segue tr�s de 20 vers�es sobre morte do primo do goleiro Bruno

Investigadores acreditam que assassinato de S�rgio Rosa Sales foi a��o profissional


postado em 24/08/2012 06:00 / atualizado em 24/08/2012 08:13

Frederico Abelha investiga queima de arquivo, vingança ou tráfico (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press - 01/3/10)
Frederico Abelha investiga queima de arquivo, vingan�a ou tr�fico (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press - 01/3/10)


A Pol�cia Civil j� ouviu 20 vers�es para a execu��o de S�rgio Rosa Sales, de 24 anos, primo do goleiro Bruno Fernandes, mas o delegado respons�vel pelo inqu�rito, Frederico Abelha, disse ontem que vai seguir apenas tr�s linhas de investiga��o: queima de arquivo devido ao processo do desaparecimento e morte da ex-amante do goleiro Eliza Samudio, a que S�rgio respondia na Justi�a com outros sete acusados; envolvimento com o tr�fico de drogas; e vingan�a devido a uma suposta briga durante uma partida de futebol. “A cada hora surge uma hist�ria diferente e estamos checando o que h� de verdade. N�o temos nenhum suspeito. A equipe est� orientada a convocar para depoimento qualquer pessoa que tenha algo relevante para falar”, disse Abelha.

Policiais civis descaracterizados se infiltram ontem no vel�rio e sepultamento de S�rgio, no Cemit�rio da Saudade, na Regi�o Leste de Belo Horizonte, numa tentativa de obter informa��es com a fam�lia e amigos para esclarecer o crime. S�rgio foi assassinado com seis tiros na manh� de quarta-feira, no Bairro Minasl�ndia, Regi�o Norte da capital, quando sa�a de casa para trabalhar. Ele era considerado uma testemunha-chave no caso Bruno e havia conseguido liberdade condicional h� um ano. Bruno permanece preso na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

Segundo informa��es de policiais civis, a fam�lia de S�rgio n�o est� colaborando com as investiga��es por medo de vingan�a e receio de prejudicar o goleiro. “Quem matou S�rgio foi um ex-policial civil e a fam�lia sabe disso. Ele amea�ou matar a fam�lia inteira do Bruno, a come�ar pelas filhas, se o nome dele fosse divulgado”, disse uma pessoa ligada � fam�lia de S�rgio, que pediu para n�o ser identificada. O ex-policial seria Jos� Lauriano de Assis Filho, o Zez�, acusado por advogados de intermediar a contrata��o do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, para quem teria ligado 23 vezes no dia da morte de Eliza. “At� eu, que n�o tenho nada a ver com essa hist�ria, estou morrendo de medo”, acrescentou.

Estaca zero

Para a Pol�cia Civil, S�rgio acabou prejudicando o goleiro Bruno quando prestou seu primeiro depoimento. “Ele disse que viu Eliza sendo agredida no s�tio do Bruno e depois ainda ajudou os policiais quando eles foram ao local. Ele mostrou onde os pertences de Eliza foram queimados, para apagar vest�gios da passagem dela pelo s�tio, e tamb�m mostrou o quarto onde ela foi mantida em c�rcere privado. Para a cabe�a de muitos, aquilo foi uma dela��o”, afirmou um policial que trabalhou no caso e que pediu para n�o ser identificado.

Para a pol�cia, quem matou S�rgio � um profissional que n�o deixa pistas. “Foi uma execu��o. A pessoa fez o servi�o muito bem feito e usou um rev�lver calibre 38, que n�o deixa capsulas para tr�s. Se fosse uma pistola, por exemplo, poderia facilitar a identifica��o da arma depois”, disse o policial. Imagens de uma c�mara de seguran�a, instalada na rua onde S�rgio foi morto, foram analisadas, mas pouco ajudaram, segundo o policial. “O autor usava capacete e n�o deu para ver a placa da moto. Apesar de ser 7h, quando muita gente est� a caminho do trabalho ou da escola, a rua estava deserta no momento e n�o temos testemunhas”, acrescentou.

O chefe do Departamento de Investiga��es da Pol�cia Civil, delegado Wagner Pinto de Souza, afirmou que a investiga��o est� na estaca zero. “Estamos trabalhando, mas n�o temos novidades”, disse. Ontem � tarde, ele enviou uma equipe ao Bairro Minasl�ndia para apurar informa��o de que S�rgio havia se envolvido numa briga durante uma partida de futebol, o que poderia justificar uma poss�vel vingan�a. Outra not�cia � que S�rgio estaria se relacionando com uma mulher casada. “Vamos apurar tudo”, disse Wagner Pinto. O delegado Frederico Abelha come�a hoje a ouvir parentes de S�rgio e outras pessoas que possam ter informa��es relevantes para a elucida��o do caso.

Bruno chora

O advogado Francisco Simim visitou ontem o goleiro Bruno na pris�o e disse que seu cliente est� abalado com a morte do primo. “Ele chorava muito e dizia que S�rgio era mais do que primo para ele, que era um irm�o. Afirmou que os dois cresceram juntos e que levou S�rgio para morar com ele no Rio. Para Bruno, a morte de S�rgio � um caso isolado e n�o tem nada a ver com o processo”, acrescentou Simim. Segundo o defensor, o goleiro chegou a pensar em ir ao enterro, mas desistiu por causa da burocracia para conseguir permiss�o e tamb�m pensou na sua pr�pria seguran�a.

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