As primeiras horas do julgamento sobre a morte e sumi�o de Eliza Samudio foram marcadas por manobras da defesa dos cinco r�us que v�o a j�ri a partir desta segunda-feira. O pol�mico advogado Ercio Quaresma, que defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi quem comandou as discuss�es. Os defensores ainda n�o sabem se v�o continuar no plen�rio, j� que ficaram insatisfeitos com o tempo dado pela ju�za Marixa Rodrigues para as preliminares – 20 minutos para cada r�u.
Caso os advogados abandonem o caso, um defensor p�blico ser� nomeado para defender os r�us. Por�m, se os r�us n�o aceitarem a mudan�a, o j�ri pode ser suspenso.
O advogado Zanone Emanuel, que tamb�m defende Bola, criticou a postura da ju�za.“A doutora, querendo inovar processualmente, restringiu a palavra dos advogados em 20 minutos. N�s n�o vamos cadenciar com isso. Para voc� ter uma no��o, n�s ficamos reunidos por mais de nove horas analisando jurisprud�ncialmente cada nulidade. S�o 34 e, se elas n�o constarem na ata, n�s iremos abandonar o plen�rio”, afirmou.
Come�o do j�ri
Logo quando os trabalhos foram iniciados, a defesa j� come�ou a mostrar que iriam tumultuar o julgamento. Entre pedidos, amea�as de recurso e exposi��es orais, o advogado �rcio Quaresma tomou a frente. A primeira pol�mica foi em rela��o aos acessos �s filmagens. A ju�za Marixa Rodrigues esclareceu que essas imagens sempre estiveram dispon�veis para as partes e que “cada v�rgula dita pelas testemunhas” foi reduzida a termos e est� presente no processo.
Quaresma insistiu que precisa fazer c�pias para ter acesso � fala das testemunhas com fidelidade. A magistrada falou que o pedido para copiar as imagens n�o foi feito em dois anos de processo e, por fim, cassou a fala do advogado.
At� mesmo uma cadeira foi motivo de pol�mica. Os advogados Rui Pimenta e Ercio Quaresma chegaram a discutir sobre o o local onde iriam se sentar. Depois de um tempo de conversa, os dois acabaram se acertando.
Amea�a de deixar o j�ri
O primeiro a falar, quando o j�ri comecou oficialmente, foi o advogado do goleiro Bruno Fernandes, Rui Pimenta. Ele afirmou que � imprescind�vel a presen�a da testemunha chave, o primo de Bruno, J.L. que era menor na �poca do crime. Ele n�o compareceu ao f�rum, porque � testemunha protegida e n�o pode aparecer em p�blico.
O segundo a falar foi �rcio Quaresma, que defende o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Ele entregou a defesa e disse que sairia do processo. A ju�za disponibilizou defensores p�blicos, presentes na sess�o, para defender Bola – levando em conta que Quaresma, muito revoltado, abriu m�o dos trabalhos. O advogado Fernando Magalh�es, tamb�m defensor do r�u, tentou mediar com a ju�za a quest�o do abandono, mas n�o conseguiu. Quaresma chegou a deixar o local mas, como sua sa�da n�o foi oficializada, ele poder� voltar.
Tamb�m h� ind�cios que a defesa de Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, vai abandonar o julgamento. Se os defensores realmente deixarem o caso, o processo pode ser desmembrado.
Para um dos advogados de Bruno, Rui Pimenta, se Macarr�o e Bola forem julgados separadamente, n�o haver� nem preju�zo e nem benef�cio a defesa do goleiro.
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