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Estado de Minas

Depoimento de Macarr�o revela estrat�gia de se livrar da acusa��o de assassinato


postado em 23/11/2012 07:13

Por que Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, incriminou Bruno como mandante da morte de Eliza Samudio e afirmou desconhecer a participa��o do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, como assassino? Quem acompanhou as cinco horas de depoimento do ex-bra�o direito de Bruno percebeu que, ao tra�ar sua estrat�gia de defesa e tentar mostrar que � inocente, ele procurou se vingar do antigo patr�o e escapar da f�ria de Bola, citado como um homem cruel e capaz de cometer crimes b�rbaros. � preciso levar em considera��o tamb�m que, se confessasse ter encontrado Bola no dia em que Eliza foi morta, Macarr�o n�o poderia alegar inoc�ncia, pois o ex-policial s� aparece nas investiga��es no momento do assassinato.

Isso fica claramente percept�vel na maneira que Macarr�o escolheu para falar � ju�za, ao promotor e aos jurados: foi prolixo e duro ao citar Bruno e bastante econ�mico ao mencionar Bola, com quem negou qualquer tipo de contato mais frequente, apesar das provas coletadas durante a investiga��o.

Chamando Bruno de ex-patr�o e dizendo que era apenas um empregado do goleiro, deixando para tr�s os 18 anos de amizade, Macarr�o falou: “Se tem algu�m aqui que acabou com a vida foi ele (Bruno)” e “eu estou indo sim, como seu funcion�rio. Eu s� quero que voc� saiba que vai acabar com sua carreira”. Al�m disso, procurou mostrar o ex-goleiro como arrogante e que n�o ouvia ningu�m: “Bruno disse: ‘Eu sou p., deixa comigo, eu sou o Bruno, larga de ser bund�o, � comigo”.

Quanto a sua participa��o no caso, Macarr�o se mostrou seguro, mesmo ao ser questionado com provas que derrubavam sua vers�o. Foi assim ao negar que esteve na casa de Bola, em Vespasiano, no dia em que Eliza foi morta, de acordo com a pol�cia. Rastreamento do celular comprova este fato, mas o ex-empregado de Bruno continuou negando sua presen�a no local onde Bola morava.

Da mesma forma, Macarr�o negou os telefonemas entre ele e o ex-policial e disse que seu aparelho era usado por muitas pessoas no s�tio e que n�o sabe quem teria feito as liga��es. Entretanto, a pol�cia constatou que os dois se falaram 26 vezes depois da morte de Eliza. Macarr�o n�o confirmou tais telefonemas nem explicou as raz�es dos mesmos.

Sobre poss�veis amea�as � sua vida, ele disse se considerar um arquivo vivo e que teme ser morto. Mas, em vez de denunciar Bola como o principal interessado em sua morte, responsabilizou Bruno caso seja assassinado. Com rela��o a Bola, chegou ao exagero de dizer que � uma pessoa educada, que o tratou muito bem quando conversaram durante um banho de sol na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem.

FAMA

O temor de ser morto por Bola n�o � apenas de Macarr�o. A fama de violento do ex-policial assustou outros envolvidos no caso. O adolescente J., primo de Bruno e hoje sob os cuidados da Programa Nacional de Prote��o � Testemunhas, chegou a urinar na roupa no dia em que foi levado � casa do ex-policial. J. revelou todo o seu terror � delegada Alessandra Wilke, que o acompanhava no dia: “Se ele foi capaz de fazer isso com aquela mulher (Eliza), imagina o que pode fazer comigo, que o estou denunciando, e com minha m�e”.

Foi esse medo de morrer por ordem de Bola que levou J. a ingressar no programa de prote��o e se recusar a depor no julgamento.

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