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Estado de Minas

"Bruno j� est� condenado", diz promotor

Condena��o de Macarr�o complicou situa��o do goleiro, que n�o poder� mais negar que mandou matar Eliza Samudio, diz o promotor Henry Vasconcelos. Defesa critica j�ri


postado em 25/11/2012 06:00 / atualizado em 25/11/2012 12:44

Bruno no banco dos réus, antes do desmembramento do processo. Advogado diz que ele chorou ao receber a notícia da condenação de Macarrão.(foto: Paulo Figueiras/EM/DA Press)
Bruno no banco dos r�us, antes do desmembramento do processo. Advogado diz que ele chorou ao receber a not�cia da condena��o de Macarr�o. (foto: Paulo Figueiras/EM/DA Press)

A afirma��o do promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, ao analisar o j�ri de Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, condenado a 15 anos de pris�o, � contundente: “Bruno j� est� julgado e condenado!”. O advogado do goleiro, L�cio Adolfo da Silva, reagiu: “� uma afirma��o leviana. Meu cliente nem foi ouvido em plen�rio, quanto mais julgado”, disse o defensor, que acrescentou que Bruno chorou ao saber do resultado do j�ri por meio de um parente que o visitou na manh� de ontem na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem.

Henry anunciou novas investiga��es sobre a morte de Eliza Samudio, ex-amante do jogador, e admitiu que vai pedir apoio ao Grupo de Combate �s Organiza��es Criminosas da Pol�cia Civil (GCOC), que trabalha em parceria com o Minist�rio P�blico.

Para o promotor, a defesa de Bruno falhou ao permitir o desmembramento do j�ri. “Luiz Henrique n�o faria a confiss�o se Bruno e o Bola (o ex-policial Marcos Aparecido Santos) estivessem sentados no banco dos r�us ao lado dele”. Segundo Henry, a situa��o do goleiro se complicou com a condena��o de Macarr�o e, mesmo no caso de uma confiss�o, n�o ser� beneficiado com redu��o de pena. “A confiss�o seria irrelevante, pois ele j� est� mergulhado at� o pesco�o. Acredito que o �nico caminho da defesa ser� partir para o tudo ou nada, pois Bruno j� est� definido como mandante do assassinato praticado por Bola”, resumiu.

Macarr�o foi condenado a 20 anos de pris�o por homic�dio triplamente qualificado, praticado por motivo torpe, asfixia da v�tima e pela impossibilidade de defesa dela. Mas com a confiss�o, considerada parcial pela ju�za Marixa Fabiane, ele teve a pena reduzida para 12 anos pelo homic�dio, al�m de tr�s anos pelo sequestro e c�rcere privado, somando 15 anos de reclus�o. Fernanda Gomes de Castro foi condenada a cinco anos pelo sequestro e c�rcere privado de Eliza e do beb�. O promotor considerou adequada as senten�as, e as defesas disseram que iriam analisar a situa��o para entrar com recurso.

Henry Wagner destacou tamb�m que o j�ri de Macarr�o e Fernanda foi al�m de confirmar o envolvimento de Bruno como o mandante do crime. Segundo ele, o julgamento trouxe detalhes das apura��es nos autos, que ser�o investigados, como o envolvimento do policial civil aposentado Jos� Laureano, o Zez�, que na fase do inqu�rito policial aparece como a pessoa que apresentou o goleiro a Bola. “Luiz falou que entregou Eliza a uma pessoa num Palio preto. Zez� teria um carro com essas caracter�sticas”, sugere.

O promotor rebate a possibilidade de que haja lacunas nos autos. “A �nica pergunta para a qual n�o encontrei resposta nos autos e no j�ri � onde est�o os restos mortais de Eliza”. Henry admite que deve pedir apoio ao GCOC, grupo que trabalha por meio de parceria da Pol�cia Civil e Minist�rio P�blico, para apurar as informa��es complementares que surgiram.

Defesa

O advogado de Bruno, L�cio Adolfo, n�o poupou cr�ticas ao j�ri e � postura do promotor Henry Wagner. “O Minist�rio P�blico mineiro � maravilhoso, combativo. O promotor do caso � que n�o promoveu a justi�a, mas uma negociata, em que Macarr�o teve redu��o da pena com uma mentira, pois n�o foi uma confiss�o. Foi um balc�o de negocia��o na �rea penal”, definiu.

Segundo Adolfo, nos pr�ximos dias ele vai entrar com recurso de nulidade do julgamento, pela forma de condu��o do processo. Ele quer tamb�m que seja declarada a suspei��o da ju�za Marixa Fabiane para o j�ri de seu cliente em 4 de mar�o, o que impediria a magistrada de presidir a sess�o. Segundo o advogado, a ju�za n�o agiu de m�-f� no j�ri, mas cometeu “uma tonelada de erros”, com base no C�digo de Processo Penal. “Acho que n�o agiu mal-intencionada, mas por incompet�ncia”, alfinetou.

Quanto a Bruno, ele disse que um parente levou as informa��es sobre o resultado, mas amanh� vai conversar com seu cliente. “Ele est� triste, mas disse que confia em Deus, na Justi�a e em seus advogados”.

Como ser� o cumprimento das penas

Luiz Henrique Rom�o: Condenado a 15 anos (12 anos por homic�dio qualificado, em regime fechado, e tr�s anos por sequestro e c�rcere privado, regime aberto). Com a soma das penas, inicialmente cumpre a condena��o em regime fechado. A progress�o para o regime semiaberto ser� depois de cumprido 2/5 pelo homic�dio (hediondo) e 1/6 pelo sequestro, ou seja, cinco anos e seis meses. Macarr�o vai completar dois anos e cinco meses de pris�o no in�cio de dezembro. Assim, com mais tr�s anos e um m�s passa para o regime semiaberto, em que deixa a unidade prisional durante o dia e retorna � noite.
Nos fins de semana e feriados ficar� preso.

Fernanda Gomes de Castro: Condenada a tr�s anos pelo sequestro de Bruninho e a dois pelo de Eliza, em regime aberto, na somat�ria das penas chega a cinco anos e vai para o regime semi-aberto. Acima de quatro anos de senten�a, n�o pode ser regime aberto. Depois de cumprir 1/6 da pena (10 meses), pode ingressar no regime aberto. Como j� ficou quatro meses atr�s das grades, ter� de ficar mais seis meses. No regime aberto, cumpre a senten�a em pris�o domiciliar a partir das 21h, est� sujeita ao uso da tornozeleira eletr�nica e proibida de frequentar bares e casas de show, entre outros. Deve se apresentar bimestralmente � Justi�a, em per�odo determinado, para n�o retornar ao semiaberto.

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