Depois de condenados os tr�s principais acusados da morte de Eliza Samudio – Bruno Fernandes, Luiz Henrique Rom�o e Marcos Aparecido –, dois funcion�rios do goleiro v�o se sentar no banco dos r�us em 15 de maio. O motorista Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, de 26 anos, e o caseiro Elenilson Vitor da Silva, o Vitor, de 29, ser�o julgados pelo sequestro e c�rcere privado de Eliza e o filho dela, ent�o beb�. Apesar da menor gravidade do ato, os acusados s�o levados a j�ri popular por ser crime conexo ao assassinato. H� ainda um procedimento em sigilo, requisitado pelo Minist�rio P�blico, que apura o envolvimento dos policiais civis Jos� Lauriano de Assis Filho, o Zez�, j� aposentado, e Gilson Costa com a trama de sequestro e morte da ex-amante de Bruno.
O criminalista Rodrigo Bizzotto Randazzo prev� uma pena de restri��o de direito para os dois. Por�m, o advogado alerta para a possibilidade de que as apura��es em torno de Zez� e Gilson tragam mudan�as significativas. “A defesa de Marcos Aparecido, no j�ri, apontou que as caracter�sticas descritas do executor de Eliza, pela testemunha, se aproximam do policial investigado. Caso as apura��es se confirmem que o suspeito � o executor, o j�ri de Bola ser� anulado por of�cio. E Bruno pode ter aumentada sua pena, pois sua confiss�o seria falsa. Por�m, s�o hip�teses”, destacou Randazzo.
RECURSOS
Com apenas a senten�a de Luiz Henrique transitada em julgado, os outros condenados v�o aguardar decis�es de tribunais superiores para ser beneficiados. O criminalista Guilherme Marinho avalia que as defesas s� devem contar com decis�es favor�veis em Bras�lia, no Superior Tribunal de Justi�a (STJ) ou no Supremo Tribunal Federal (STF). “Esses tribunais n�o julgam provas, e sim mat�ria jur�dica. Se a defesa construir uma tese jur�dica consistente, pode avan�ar em quest�es que levem � nulidade do j�ri”, sugere. Mesma opini�o tem Rodrigo Randazzo, que n�o acredita que a 4ª C�mara do Tribunal de Justi�a de Minas, que tem julgado os recursos do caso, venha mudar sua postura. “As defesas n�o tiveram �xitos em seus pedidos no TJ”, pontuou.