
Bruno deve assinar contrato com o Boa amanh�, podendo ser apresentado oficialmente na ter�a-feira. A expectativa � que o jogador realize os exames cardiol�gicos numa cl�nica em Varginha e, em seguida, fa�a testes f�sicos num instituto federal em Muzambinho, tamb�m no Sul de Minas. Dever� retornar aos gramados em at� dois meses.
“O passado do Bruno foi conturbado, pol�mico, com um ato extremamente grave e que gera revolta em muitas pessoas. Mas cabe salientar que foi a Justi�a que o libertou, tendo em vista que j� cumpriu parte de sua pena, continua sob pena, mas em trabalho de ressocializa��o. E o trabalho faz parte desta nova fase da sua vida. Nossa empresa acredita na ressocializa��o e � a favor de (dar ao goleiro uma) segunda chance”, escreveu G�is.
O executivo confirmou que o grupo concordou com a contrata��o do ex-jogador de Atl�tico e Flamengo: “Se a Justi�a o liberou, quem somos n�s pra o subjugar. Temos de ser conscientes do passado (do Bruno), mas temos como obriga��o sermos humanos em comunidade, conceder esta nova chance e a oportunidade de ele reescrever sua hist�ria”.
G�is admitiu que a contrata��o do goleiro pelo Boa teria grande repercuss�o. Muita gente elogiou. Outras tantas criticaram. Houve at� quem postou mensagens contr�rias na p�gina social do grupo. Destacou, contudo, que o patroc�nio � ao time do Boa e n�o ao atleta. “Acreditamos no esporte do Brasil e, por isso, h� tr�s anos mantemos nossa parceria com o time. Sim, vamos continuar com a parceria”.
O empres�rio acredita que Bruno ser� importante para projetar o clube nacionalmente. “Vale salientar que nossa marca est� na camisa n�o s� do Bruno, mas de todos os jogadores, que s�o �timos no que fazem. Podem at� n�o ser famosos, mas s�o bons jogadores e, at� hoje, representaram muito bem a nossa marca. O Bruno vai gerar pol�mica, mas n�o vamos prejudicar todo um time. Por isso, vamos acreditar. Vamos dar uma chance!”.

Na sexta-feira, o atleta e seu advogado, L�cio Adolfo, foram a Varginha negociar as bases do acordo. O encontro com diretores do clube de futebol ocorreu num badalado restaurante, no Centro, em frente ao hotel onde muitos jogadores residem.
V�rios curiosos tiraram fotos com Bruno e as postaram nas redes sociais. Em pouco tempo, torcedores contr�rios � contrata��o criticaram o patrocinador master. Regis Silbar, por exemplo, escreveu: “G�is & Silva merece a nossa rejei��o. Patrocinador de assassinos, empresa que enoja os brasileiros. Boicote”. Outro internauta, Pedro Duarte, foi direto: “Patrocinadores de assassino”.
Por sua vez, o executivo disse que respeita todas as opini�es divergentes mas defendeu a contrata��o de Bruno. “Vivemos num mundo repleto de opini�es diversas e conflitantes. Respeito todas. N�o vejo erro em contratar o Bruno. Como eu disse, acho que ele merece uma segunda chance. Afinal, quem nunca errou que atire a primeira pedra”.
UM FICA, OUTRO SAI
Uma das empresas que apoiava o Boa Esporte decidiu, na noite deste s�bado, deixar de estampar a sua marca na camisa. A Nutrends Nutrition afirmou, depois de reuni�o, que n�o vai mais patrocinar o Boa. Por meio de nota publicada na p�gina oficial da empresa no Facebook, a Nutrends anunciou o fim da parceria. “Em reuni�o extraordin�ria, a diretoria da Nutrends Nutrition decidiu que, a partir de hoje (s�bado, 11/03), a empresa n�o � mais patrocinadora/apoiadora do Boa Esporte Clube”, diz o documento. A marca era estampada no ombro da camisa do time.
PRIS�O
Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de pris�o pela morte, sequestro e oculta��o de cad�ver de Eliza Samudio, com quem teve um filho, Bruninho. A pena inclui o sequestro do garoto. Ele cumpriu 6 anos e 7 meses, sendo libertado, em 24 de fevereiro, por meio de liminar assinada pelo ministro Marco Aur�lio Mello, do Superior Tribunal Federal (STF), uma vez que sua apela��o ainda n�o foi julgada.
Na sexta-feira, o ministro negou o seguimento de peti��o da m�e de Eliza, S�nia de F�tima Moura, que pleiteava o retorno do Bruno para a cadeia. Ela alegava que a demora na aprecia��o da apela��o de Bruno foi provocada “dilig�ncias procrastinat�rias” da defesa do goleiro.
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SOBRE O GRUPO G�IS & SILVA
A holding � especializada em adquirir parte de empresas com dificuldade financeiras e reergu�-las, mantendo o dono com uma pequena participa��o. Entre os neg�cios do grupo h� escola, f�brica de cigarro, fazendas com gado de corte e alambique. Rafael G�is, o CEO, � casado e tem tr�s filhos. Come�ou seu imp�rio captando alunos para escolas de inform�tica. Fez o mesmo para cl�nicas odontol�gicas e, em alguns anos, montou uma rede com 37 consult�rios. Vision�rio, ele n�o tem diploma de curso superior.