
A estudante do curso de farm�cia Fernanda Pantoja, 20 anos, conta que estava apreensiva em rela��o � decis�o que seria tomada. Ela afirma, por�m, apoiar a greve dos docentes. “N�o tiro a raz�o dos professores, faltam condi��es de trabalho”, diz. Francine Nabuco, 18, tamb�m estudante de farm�cia, tem uma opini�o diferente. A jovem � de Macei� (AL) e tem dificuldades para se manter em Bras�lia. Para ela, � importante saber o per�odo em que poder� tirar f�rias.
Francine n�o questiona o direito dos professores de fazer greve, mas acredita que este n�o � o melhor momento. “Eles acabaram de receber um aumento. Essa greve vai atrasar o andamento das aulas e, no fim, o conte�do ser� passado muito r�pido”, reclama. Ela se refere ao reajuste de 4% aos professores universit�rios, garantido pela Medida Provis�ria 568, que entrou em vigor na segunda-feira (14/5). Agora, os docentes buscam a reestrutura��o do plano de carreira.
Durante a assembleia, o estudante de educa��o f�sica Davi Leonardo pediu a palavra. Davi disse que, apesar de a greve n�o ser bem aceita na Faculdade de Educa��o F�sica (FEF), ele apoia o movimento, pois � um instrumento leg�timo de batalha dos docentes. O jovem acrescentou que precisa haver uma articula��o entre professores e estudantes. “Eu pe�o que os professores conversem com os estudantes. Essa greve discutir� a valoriza��o do professor e da educa��o”, disse.
PROFESSORES
O professor da Faculdade de Educa��o (FE) Erlando da Silva Reses, afirmou ser a favor da greve por causa da paralisa��o das negocia��es entre professores e governo. Ele explica que a carreira de professor tem pouco prest�gio se comparada a outras carreiras de ensino superior. Uma das reclama��es do professor � a diferen�a salarial entre professores adjuntos e associados. Para Reses, a reestrutura��o ir� aproximar esses dois n�veis.
O presidente da Associa��o dos Docentes da Universidade de Bras�lia (AdunB), Ebnezer Nogueira, esclareceu que as discuss�es sobre a greve iniciaram em mar�o, na primeira semana de aula. Segundo ele, ocorreram assembleias peri�dicas para discutir o tema. “N�s temos que entrar [na greve] sabendo o que fazer, n�o � s� porque outras universidades entraram em greve que vamos fazer o mesmo.”
Ebnezer Nogueira disse que o fim da greve depende do governo: “Esperamos que, desta vez, o governo possa agir de uma maneira mais clara e r�pida”. Ele informou que as faculdades t�m autonomia para decidir se param ou n�o as atividades. At� o fim do dia deve ser formado o comando de greve.